A Teosofia e a Reencarnação

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Autor Amigos da Teosofia

Assunto Corpo e Mente
Atualizado em 9/24/2012 11:11:27 PM


Autor: Carlos Cardoso Aveline 

(...) O conceito de reencarnação está presente na cultura ocidental desde o seu berço. Seiscentos anos antes da era cristã, a metempsicose ou reencarnação era ensinada por Pitágoras. O Cristianismo dos primeiros tempos conhecia e ensinava a reencarnação sob o nome de "ressurreição".  

Foi durante o processo de montagem política do cristianismo como religião imperial e dominante que as passagens sobre reencarnação foram radicalmente distorcidas ou eliminadas do Novo Testamento.

O conceito atual e convencional de ressurreição é destituído de sentido e contraria as leis da natureza.   Ele supõe que em algum momento futuro os mortos sairão fisicamente vivos das suas sepulturas, usando os mesmos corpos que morreram e apodreceram longo tempo atrás. Além de absurda, tal idéia é de um evidente mau-gosto. O conceito original de ressurreição, por outro lado, corresponde à idéia de reencarnação, não entra em choque com as leis da natureza e faz todo o sentido do ponto de vista da visão evolutiva das coisas.  Dele restam alguns indícios nas escrituras cristãs.   

No capítulo 15 da primeira epístola de Paulo aos Coríntios, Jesus é descrito como o ser que abre espaço para a ressurreição de todos. Segundo a leitura esotérica dos evangelhos, "Jesus" é na verdade um símbolo do sexto princípio, Buddhi, a sede da alma espiritual. É,   realmente, através e a partir deste princípio divino na consciência humana que se dá a reencarnação ou ressurreição. Em 1 Co 15: 44, vemos:

"Semeia-se o corpo natural, ressuscita o corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual."

A frase significa que, conforme o corpo natural é semeado, o corpo espiritual "ressuscita" ou reencarna.    

Em 1 Coríntios 15: 36-42, por exemplo, vemos: 

"O que você semeia não readquire vida a não ser que morra. E o que você semeia não é o corpo da futura planta que deve nascer, mas um simples grão, de trigo ou de qualquer outra espécie. (...) Há corpos celestes e há corpos terrestres. São, porém, diferentes o brilho dos celestes e o brilho dos terrestres. Um é o brilho do sol, outro o brilho da lua, e outro o brilho das estrelas. E até de estrela para estrela há diferença de brilho. O mesmo se dá com a ressurreição dos mortos." 

No primeiro livro de Samuel, vemos outra passagem que, apesar do "pente fino" que eliminou a idéia da reencarnação do velho testamento, ainda sugere este conceito:

"O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir." 

Também em Eclesiastes, apesar da censura dos teólogos, a reencarnação permanece implicitamente presente. Ali, no capítulo um, versículo nove, vemos:

"O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol".

De fato, seria absurdo imaginar que cada vez que um feto é concebido uma nova alma imortal é "fabricada", e que esta alma só terá uma única chance de viver, no máximo cerca de cem anos, e jamais terá a possibilidade de retomar e prosseguir sua evolução natural em direção à libertação. As leis da natureza apontam na direção oposta. Como diz a lei de Lavoisier, "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"; e as almas humanas não são uma exceção à regra.

2. Morte do Corpo é Apenas Uma Passagem

O estudo da reencarnação, feito do ponto de vista da teosofia clássica, permite obter uma visão completa e de 360 graus do processo de vida, morte e renascimento.

Um dos momentos decisivos ocorre com a passagem definitiva da consciência individual do mundo denso da matéria para o mundo sutil do astral.  Este é o momento da morte física, que, na verdade, constitui mais um nascimento.  A filosofia teosófica ensina que o ser humano não morre, se pelo verbo "morrer" entendemos uma cessação da vida. Ao contrário, o ser humano passa por três tipos de nascimento, rompendo três "placentas" em um ciclo que se renova sempre em espiral, até a sua auto-libertação final da roda do carma.  

Vejamos quais são estes três nascimentos:

1) Ao romper a placenta que durante alguns meses lhe permitiu viver dentro do corpo da sua mãe, a alma imortal nasce para a vida física e adquire um novo corpo. Durante os sete primeiros anos de vida, aprenderá gradualmente a associar-se ao novo corpo e a dirigi-lo no "novo mundo".   

2) Setenta, noventa ou cem anos mais tarde, chega-se ao outro extremo da vida.  Ao libertar-se do velho e gasto corpo físico (agora transformado em uma segunda placenta) a mesma alma humana nasce para o mundo mais sutil da vida astral. 

3) Finalmente, ao romper a sua casca astral, algum tempo depois da morte física, a alma imortal passa a preparar-se para nascer no Devachan, o "local dos deuses". Ali viverá um descanso abençoado até o momento de preparar-se para um novo nascimento no plano físico. Isso ocorrerá quando a individualidade "despertar" do Devachan, em média entre mil e quatro mil anos depois da morte física.    

Fica claro, pelo estudo da reencarnação tal como ensinada pelos mestres dos Himalaias,  que existe uma relação direta entre rumo da vida física e o rumo da vida no pós-morte. E uma das lições práticas desse estudo é que, já que a vida pós-morte é imensamente mais longa do que a vida física, vale a pena fazer um esforço concentrado para alcançar a paz interior e a sabedoria. Assim é estabelecida uma tendência firme na direção correta, que se desdobrará durante os milhares de anos seguintes.  Para estar à altura deste desafio e desta oportunidade, o aprendiz deve ouvir o seu próprio coração e agir de acordo com a voz da sua consciência. Mas também é recomendável estudar e refletir sobre o funcionamento das leis ocultas do universo, inclusive a lei do carma e da reencarnação. O processo da reencarnação está ligado à lei mais ampla da manifestação periódica de toda vida. Esta lei se aplica tanto a seres humanos como a animais, a vegetais, a planetas e ao próprio universo. Sua abordagem se faz através da chamada Doutrina dos Ciclos.   

Talvez o instante mais decisivo de todo o processo humano seja o minuto final e o ponto culminante da vida física. Veremos a seguir um trecho de uma carta de um Mahatma que traça uma fotografia do momento em que a alma termina sua experiência terrestre e faz uma recapitulação detalhada do que viveu, antes de iniciar o longo e complexo processo que ocorre entre duas vidas físicas. (...)


  Leia aqui o artigo completo:

https://amigosdateosofia.blogspot.com.br/2012/09/a-teosofia-e-reencarnacao.html

https://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=729#.UF8w0Y1lST9

E o texto, "O Que é Que Reencarna?" de Robert Crosbie, no link relacionado: 

 


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