Aprender Novo Idioma Faz Bem à Saúde Mental



Autor IZEF
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 31/10/2012 11:10:46
Aprender Novo Idioma Faz Bem à Saúde Mental
Juntamente com as vantagens óbvias de comunicação e cultura, aprender um novo idioma pode fazer muito bem ao cérebro.
Pesquisas realizadas por cientistas de várias partes do mundo comprovaram que ser multilíngue tem benefícios significativos sobre a saúde mental. O processo de aprendizagem de uma língua não natal, unido ao descobrimento de uma nova cultura, é estimulante, envolvente, desafiante, enriquecedor e gratificante.
Diferentes idiomas são armazenados em diferentes áreas do cérebro, ao conciliá-los no método de aprendizado, podem ser criadas ligações antes inexistentes ou inoperantes, essenciais para uma mente lúcida por mais tempo.
Em outras palavras, os bilíngues exercitam mais o seu cérebro, enquanto os monolíngues não estão tirando total proveito da região dedicada à linguagem e do processamento cognitivo que a natureza tem potencialmente disponível.
Uma pesquisa realizada em Tel Aviv, iniciada em 1989 com pessoas de idades entre 75 e 95 anos, revelou que quanto mais línguas uma pessoa falava, melhor era seu estado cognitivo. Um estudo canadense indicou uma diferença de 4 anos a menos no estágio de progressão de demência em bilíngues comparados a monolíngues. Concluiu-se que, apesar do cérebro físico ter sido destruído pela doença, a função cognitiva das pessoas bilíngues foi significativamente melhor preservada do que a dos monolíngues.
Aprender novas habilidades pode manter a demência e a doença de Alzheimer afastadas. Estudiosos afirmam que as escolhas de estilo de vida também são importantes para manter a mente afiada, além de exercícios regulares e alimentação saudável. A interação social e a aprendizagem constante são tão importantes quanto comer direito e fazer exercícios, para garantir um cérebro saudável e produtivo à medida que se envelhece.
Bilíngues também são considerados melhores em multitarefas do que os monolíngues. O malabarismo necessário entre suas línguas ajuda o bilíngue a ignorar informações irrelevantes e a priorizar as tarefas importantes.
Foi publicado na revista Nature o resultado de uma pesquisa que tomou scans de 25 britânicos que não falam uma segunda língua, 25 pessoas que tinham aprendido outra língua europeia antes da idade de cinco anos e 33 bilíngues que aprenderam uma segunda língua entre 10 e 15 anos de idade. As imagens revelaram que a densidade da massa cinzenta no córtex parietal inferior esquerdo do cérebro é maior em bilíngues do que naqueles sem uma segunda língua.
O efeito foi particularmente visível nos bilíngues precoces.
A forma como o cérebro pode aprender um novo idioma em idade avançada tem levantado muita discussão sobre como é importante que as crianças cresçam bilíngues. Sendo assim, os pais que ensinam seus filhos múltiplos idiomas a partir da infância, criam cidadãos com cérebros potencialmente mais desenvolvidos.
No entanto, em qualquer idade, aprender uma nova língua é uma forma maravilhosamente rica e interessante de se manter o cérebro em forma e saudável. Um artigo do professor Fred Genesee afirma que "o ensino e os professores podem fazer a diferença no desenvolvimento do cérebro, e que eles não devem desistir de seus alunos mais velhos."
Se é verdade que, como afirma o artigo, até mesmo as partes visuais do cérebro podem se religar ao processar uma informação auditiva, e que o mapa cortical do cérebro pode mudar até mesmo na idade adulta em resposta ao enriquecimento ambiental ou em experiências de aprendizagem, então os exercícios de audição e a pratica do segundo idioma podem ajudar diretamente na melhor assimilação de uma língua estrangeira. Em termos de aprendizagem na idade já avançada, a probabilidade de se tornar verdadeiramente fluente em uma língua nova é baixa, porém os cientistas acrescentam que a capacidade natural de cada estudante pode ser mais importante do que a idade em si.
Ações que estimulam a atividade mental equilibrada, assim como uma boa circulação sanguínea, contribuem fortemente para que o cérebro funcione adequadamente. Outro interessante fator se dá ao processo de se dedicar em uma aprendizagem. A atenção e humildade do estudante dedicado, necessárias para se conhecer uma nova cultura, abrem um mundo de possibilidades talvez nem imaginadas anteriormente. Estas características ampliam o horizonte e dão a oportunidade ideal para um posterior conhecimento mais significativo e prático.
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