Buscando dentro de si a energia da transformação
Atualizado dia 10/03/2008 21:17:54 em Corpo e Mentepor Keli Miranda CRT 44622
E sabe por que? Porque lidar com aquilo que já conhecemos é fácil, mas lidar com aquilo que não sabemos como pode ficar depois de uma mudança, é muito conflituoso na cabeça das pessoas. E, nisso, elas acabam deixando de viver. Conheci um caso que ainda acontece na vida de uma pessoa que para manter sigilo à sua identidade darei aqui o nome fictício de Paloma.
Hoje ela tem 34 anos de idade sendo que a situação obrigou-a a uma mudança quando tinha 13 anos. Resultado? Ela vive na mesma. Não vivencia nada, não muda nada, não interage com nada nem ninguém, tudo em função disso que ela deveria ter transformado 21 anos atrás.
Paloma sabe que tem que acabar com isso, tem consciência disso mas mesmo assim prefere ficar no sofrimento. Foi um caso sentimental que viveu na época de adolescente, mas o rapaz resolveu terminar para se casar com outra pessoa. Pessoa esta que era amiga de Paloma na época. Brincavam de boneca juntas. Infelizmente Paloma ainda o procura, mesmo sendo nítido como água que o sentimento acabou, o que o provoca a sair com ela de vez em quando.
O pior não fica nisso, mas na idéia que Paloma mantém de que a situação não mudou desde a época em que namorava o rapaz. Mesmo ele sendo muito claro com ela, dizendo que não pode ter nada mais do que alguns encontros, de vez em quando. Na realidade eles encontram-se uma vez a cada três ou quatro meses (isso porque ela força a situação). E ela fica a contar no calendário quando será a próxima noite. Sabe dizer claramente quantos dias e horas desde seu último beijo com ele.
O mais estonteante dessa realidade que ocorre com nossa amiga Paloma é que ela sabe que a culpa é dela, que é ela que força a situação para que haja pelo menos uma noite de amor, que isso não vai mudar, mas mesmo nesse sofrimento ela não consegue se ver livre dessa situação que a aprisiona preferindo viver com ela. Inclusive isso me lembra de algo relatado no artigo "Você é aquilo que come", onde digo de coisas e fatos que só ficam em nossas vidas a partir do momento que permitimos sua entrada. Se lembra, leitor?
O nome Paloma aqui é ficção, mas a história é verídica, sem aumento algum de informação. Infelizmente, caros leitores, situações parecidas em outras áreas da vida acontecem diariamente com muitas pessoas por aí afora. E isso chama-se somente uma coisa: MEDO DE MUDAR!
Não que eu seja insensível ou que nunca tenha amado. Mas para amar alguém em primeiro lugar você precisa amar a si próprio e tudo aquilo que o aprisiona trazendo sofrimento não é amor, como no caso infeliz de Paloma. E se você permitir que aconteça consigo, então, você não se ama. E eu pergunto: quantas Palomas devem estar neste exato momento sofrendo sem saber como se libertar por terem medo de se transformar?
Essa jovem, uma vez, falou bem claramente comigo que quer dar uma guinada em sua vida matando essa postura com o rapaz, mas ela não sabe se conseguiria viver com o novo, pois mesmo com esse sofrimento todo é uma situação que ela consegue lidar. E com o novo, acredita que não conseguiria.
Não somente em casos extremos assim, mas em situações pequenas, mais simples de resolver, nos pegamos com uma certa cautela de fazer uma modificação. Entra aquela frase no meio: Deixa para amanhã. Ou então: Ai, depois eu vejo isso aí. E nisso, passam dias, semanas e assim por diante. Alguma vez você já deve ter passado por isso. Vivenciar uma situação que chega num momento em que pede para ser colocado um ponto final e quando é chegado o momento para tal, você não fez porque não saberia ficar sem aquilo. Por pior que seja uma situação, às vezes as pessoas não tomam a iniciativa de mudança justamente por isso: MEDO. Pois por pior que seja a situação, enquanto ela está daquele jeito mesmo, você consegue dribla-la por já conhecê-la. Mas incomoda o fato de saber que tem que terminar aquilo. A fase, o problema, enfim, a situação.
Vamos um pouco mais longe: como seria seu organismo se você não eliminasse o que come? Para isso existe o metabolismo que é responsável pela assimilação de tudo o que se passa. Você come e enquanto isso o estômago processa o que deve ser processado: passa a parte oleosa para a vesícula fazer a parte dela; é feita a divisão do que serve para ser aproveitado, do que não serve para o organismo eliminar e assim sucessivamente. E se de repente o estômago tivesse medo de transformar a comida que chega até ele? Já pensou? Como seria? Ou seja, até nosso organismo faz a transformação! E nós muitas vezes não fazemos em nossas vidas por medo ou comodismo ou falta de energia para transformar.
A tão maravilhosa máquina chamada corpo humano é perfeita a ponto de fazer todo um trabalho orgânico que por mais sábio que seja um homem, ele não conseguirira fazer sozinho. Nosso organismo faz transformações todos os dias e nós levamos às vezes anos para fazer uma mudança! E com isso deixamos de viver novas coisas, aprender novas coisas por nos agarrarmos em paradigmas que nos aprisionam.
Então, declare agora para si mesmo que a mudança pensada, calculada e consciente será sua aliada a partir de hoje. E não se preocupe pois ela sempre avisa quando é chegada a hora de seu manifesto. Pois inerente à nossa vontade, quando chega a hora da mudança, ela grita em nossa consciência quando deitamos a cabeça no travesseiro.
Autoria: Keli Cristina Miranda
Taróloga , Terapeuta holística e Ayurveda
Extraído do livro em preparação, "A COZINHA DE DANWANTARI - cuidados alimentares pela medicina ayurveda", da autora.
(11)95454-2068
Texto revisado por Cris
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Keli Cristina Miranda C R T 44.622 Taróloga e terapeuta holistica Contato (11)95454-2068 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |