Estudante – sentido e foco resultam em sucesso
Autor Renilson Alves Durães
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 11/18/2013 1:47:37 PM
Que os estudantes sofrem pressão de todas as partes, todos sabemos. As exigências podem vir da família, amigos, escola, sociedade e, principalmente de si mesmos, dado o elevado grau de autocobrança que geralmente acomete os adolescentes e jovens.
Exatamente nesta fase, em que as vontades e interesses são transitórios, em que estão combinadas questões biológicas e energéticas de difícil contenção, os jovens, ainda não prontos, são compelidos a tomar decisões importantes, gerando ainda mais conflitos. Afinal, as escolhas e atitudes de agora poderão direcionar as ações futuras, sendo que a profissão é o novo divisor de águas em suas vidas. E não sejamos ingênuos: há um mercado muito competitivo pela frente.
Porém, estudo e qualidade de vida não podem ser situações excludentes. Aliás, qualidade de vida não deveria estar ausente em nenhuma etapa da vida. Mas, se o estudo começar a gerar problemas insuperáveis, se consumir toda a energia, alegria e expectativa do jovem, é possível que ele venha a sofrer com a dispersão, insuficiência de memória, insônia e outros desconfortos físicos. Algumas vezes nos deparamos com pessoas frustradas, desencantadas, inseguras e insatisfeitas, chegando a evadirem-se da escola.
Um ou outro de nós conhece alguém que se deixou envolver até atingir elevados níveis de estresse, depressão do sistema imunológico e algumas neuroses, interferindo até mesmo nos relacionamentos interpessoais.
O processo é crítico e parece inevitável. Então, o que fazer?
Administrar, da melhor forma possível, os períodos de estresse, incertezas e angústias, adequando-se às facilidades ou dificuldades que se apresentarem, parece-me a orientação mais razoável. A principal forma de fazer isso é ter um foco adequado, natural e concentrado. O foco é adequado quando a pessoa vê sentido no que faz, tem um objetivo claro e metas tranquilas, realizáveis. Sendo bem direcionado, o esforço pode ser intenso que não produzirá estresse. Pode gerar cansaço, mas não aquela tensão extrema. Com foco naquele interesse que vem da alma, toda a ação é agradável e o desempenho e a aprendizagem são facilitados.
Porém, concentrar-se, mesmo com muitos anos de prática, não é tarefa fácil. Expectativas, conflitos, excesso de informações, tantos fatores que contribuem para a dispersão. Mas há um caminho – as práticas que constituem o Yoga podem ajudar a controlar o estresse, que naturalmente acontece no momento das provas, exames e em toda a atividade estudantil.
Os exercícios de equilíbrio trabalham a concentração, os pranayamas ajudam na estabilidade dos pensamentos e emoções. Também nesse caso, ajudam muito os assanas de força, as torções, as retroflexões, os abdominais e exercícios de tonificação. Na medida em que o jovem ganha flexibilidade e equilíbrio postural, aumenta a oxigenação do cérebro e eles terão mais energia e disposição para continuar os trabalhos.
O ideal é praticar durante todo o ano, pois assim o jovem poderá obter resultados mais profundos e prolongados, como estudante e na vida como um todo. Não sento possível, de qualquer forma, que faça o seu melhor, na atual condição em que se encontra. Fazer o melhor é cumprir as suas escolhas com esmero, entusiasmo, confiança. Sobretudo, é preciso descobrir um sentido para o que se faz, ou atribuir-lhe um sentido. E as coisas acontecerão com maior fluidez.
RENILSON DURÃES
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