Fé em dois tipos

   

Autor Xenon M Gilg

Gostaria de propor, apenas para fins de análise, que há dois tipos ou "campos de testes" para o exercício da fé, um é a fé na possibilidade de realização material, isto é, o alcance da felicidade, saúde, prosperidade, etc, através do uso correto do poder da mente - presente de Deus - e o outro é a fé imprescindível à elevação espiritual, salvação ou iluminação, motivo da encarnação dos espíritos nesta dimensão terrena e objeto da prática religiosa.  Ambos são fé em Deus (por favor, dê a Ele/Ela o Nome que você quiser).

Todas as coisas provêm de Deus que é a causa primordial, logo, não há negar valor espiritual à fé necessária para conseguir progresso, seja material e/ou espiritual.

A pessoa que tem fé já está próxima das suas qualidades internas, transcendentais, quer chame isso de religião ou não.  Essa proximidade, essa interiorização, sugere que o próprio fato de se estar vivendo experiências de fé - em qualquer área - demonstra que a fé sempre tem valor na caminhada do ser humanizado em direção às importantes coisas do espírito.  Entenda "caminhada" e "em direção" apenas no escopo do assunto proposto.  Se a pessoa em pauta faz uso de sua fé de forma egoística, sem incluir elementos gregários de amor e união, certamente estará atraindo também, com esta fé, elementos controversos à sua vida, mas mesmo assim estará lidando com os fatores internos de sua personalidade levando-se inexoravelmente à reflexão sobre o que é sua essência verdadeira.

Eu diria, só para ilustrar, que a "prova" ou "teste" que Deus colocaria no colo de uma Esther Hicks ou Lauro Trevisan, cujos nomes ponho aqui apenas para ajudar no esclarecimento da matéria - sem entrar em outros méritos, seria a não-realização de algum intento material por ela ou ele mentalizado, ao passo que, para uma Irmã Dulce ou Chico Xavier (idem, só para ilustrar) a prova seria cair no seu colo uma grande realização material de ordem financeira não pedida conscientemente.  A prova seria que eles demonstrassem onde está seu verdadeiro tesouro, onde põem seu coração, o que é que priorizam.

Como, pela imagem passada por estes seres, eles já estão ligados ao exercício cotidiano da fé, tenho certeza de que apenas sorririam e prosseguiriam sua jornada sem dar importância demasiada ao fato.  Fé é isso.

Daí podermos concluir que é absurdo desprezarmos tanto um quanto outro modo de expressar sua fé.  Quando alguém se aproxima da divindade confiando plenamente na Sua providência, tanto faz o que esteja pedindo: Seu anseio já haverá de estar presente no mundo ideal à espera da hora certa para florescer no seu mundo sensível.  A "hora certa" consta da ordem cósmica, sem a qual tudo já teria explodido.

Sem ignorar os conceitos de ateus, céticos, satanistas, materialistas, positivistas, etc, a verdade é que todos eles também pensam e realizam, embora dêem nomes diferentes às origens de suas realizações. Mas para mim tudo são questões semânticas.  Os nomes não são a coisa em si, logo, tudo é fé, por isso que a falta de fé é a fé nessa "falta".

Muito obrigado,

Xenon, o Mentalista.

https://www.mentalismo.net/

Avaliação: 5 | Votos: 3

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xenon M Gilg    Visite o Site do autor e leia mais artigos..    Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui.