Jogos Mentais
Autor Rodrigo Viana
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 19/08/2016 18:16:12
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro vão deixar um legado brutal à humanidade neste momento de transformação por que passa o planeta. Certamente foram os Jogos mais Mentalistas de toda a história, coincidindo com o Mentalismo Aquariano. O exemplo mais emblemático talvez seja o do ginasta Diego Hipólito que, até o ano passado estava prostrado numa cama, sofrendo de Depressão. Trocou de técnico colocou foco mental na Superação e subiu ao pódium olímpico num feito considerado anormal para a idade dele e para o pensamento cartesiano. Ainda na Ginástica e passando pela Natação temos os exemplos fora de série do brasileiro Arthur Zanetti e do maior medalhista olímpico de todos os tempos, o nadador Michel Phelps. Os dois anunciaram que além dos treinos convencionais, fazem uso da hipnose como ferramenta para potencializar sua concentração e resultados. Atletas tem naturalmente uma maior facilidade que não-atletas para se colocar em um estado alterado de consciência – leia-se transe. É bom deixar claro que alguns tipos de hipnose , como Eriksoniana por exemplo, não fala em “estado de inconsciência”, ao contrário, é uma hipnose consciente que se faz através de metáforas e contação de histórias. Muito bem, na maioria das vezes, os atletas, em transe, respondem melhor a estímulos cinestésicos. Eles precisa ter uma consciência corporal altamente desenvolvida para obter o melhor de sua técnica, afinal quando falamos de alto rendimento, milésimos de segundo fazem diferença. Quando qualquer pessoa está em um estado alterado de consciência, em que o crivo da mente consciente diminui, as sugestões são aceitas com muito mais facilidade – o que explica em grande parte um pouco da história do fracasso do Futebol Feminino nestas Olimpíadas, por exemplo. Uma linguagem apropriada produzirá um resultado muito mais expressivo, uma vez que mantém o foco positivo exatamente naquilo que o atleta deseja alcançar. Nesse ponto, um especialista em Desenvolvimento Pessoal, ou Coach Mental como gosto de chamar, pode auxiliar o atleta a construir o cenário ideal para sua modalidade, fornecendo – ou desenvolvendo – ferramentas para melhorar o controle emocional, aumentar a concentração e diminuir a influência de fatores externos. Recordo-me de uma entrevista do atacante da Seleção Brasileira de Vôlei, Lipe. Ainda nas quartas de final, ao ser questionado pelo repórter sobre as chances do Brasil, ele disse: “ninguém tira da gente!”. O que para alguns era uma autoconfiança excessiva, que podia soar até como arrogância, para outros era puro mentalismo quântico. Horas depois fui saber que Lipe faz outro tipo de treinamento mental: o da visualização imagética. Passa horas e horas do dia imaginando os lances da final, o grito da torcida, o jeito que vai ser. Isto faltando dois jogos para o Brasil se classificar para a final. Horas, está literalmente criando a realidade,colocando a Lei da Atração pra funcionar através do Esporte. Mas há também outra forma muito efetiva em que os Estados Mentais podem ser utilizados por atletas. Desenvolver ou melhorar uma parte técnica específica, por exemplo. O atleta pode realizar mentalmente uma tarefa que busca aprimorar, como um arremesso. Isso condiciona a mente para replicar no “mundo real” o que o atleta já faz (seja bem feito ou não) em seu mundo particular. Como isso é possível? A imagética do Lipe ou a hipnose do Phelps e do Zanetti proporcionam uma experiência muito rica em detalhes, muito vívida. Desta forma, a mente não difere muito bem entre algo que foi imaginado com tamanha intensidade e uma lembrança, tornando o resultado visualizado mais fácil de ser executado na prática. Lembra de um dos princípios básicos da Lei da Atração? A mente não acredita em sim ou não, certo ou errado. A mente acredita naquilo que é posto pra ela. Outro trabalho possível quando falamos de Mentalismo e esporte é a programação de diversas âncoras fortalecedoras para serem acionadas em determinado momento (âncora é o termo utilizado para definir um sinal neuroassociativo que produzirá uma reação específica quando acionado, desenvolvido a partir do conhecido trabalho de Pavlov com os cães e amplamente difundido pelos praticantes da PNL - Programação Neurolinguistica). Após descobrir quais são os estados apropriados em cada momento da competição dentro de uma modalidade específica, o coach mental pode instalar as âncoras para que o próprio atleta dispare-as durante a competição, criando e reforçando assim o estado ou a reação que o atleta deseja em determinado momento. . Os trabalhos possíveis no cenário esportivo usando o mentalismo são diversos. No entanto um fator importante que deve sempre ser lembrado é, antes de ser um atleta ele é um ser humano. Se o ser humano está com algum problema, ou conflito os resultados do atleta, muito provavelmente, serão afetados também. Nesses casos, antes mesmo do auxílio esportivo, existe a necessidade do auxílio humano. Afinal, não é assim conosco também, independente de qual é nosso trabalho? Neste caso, e continuando no campo mental, temos uma imensa gama de técnicas energéticas que podem curar o problema. No Mentalismo Esportivo, indico, sobremaneira, duas delas fundamentais, porque profundas: a Nova Medicina Germânica e as Constelações Sistêmicas Familiares. Em momento oportuno nos dedicaremos a estes assuntos com mais profunidade. Rodrigo Viana é especialista em Desenvolvimento Humano e Coach Mental.
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