Percepção Holística, Harmonia e Desapego

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Autor Marcelo Hindi

Assunto Corpo e Mente
Atualizado em 13/08/2012 14:51:05


Quando atuo por meio da Psicoterapia holística, dirijo esforços no sentido de restabelecer a harmonia do indivíduo em sua totalidade, pois é uma condição natural de cada pessoa: em sua estrutura nuclear, essencial, cada um de nós é um Princípio Inteligente pleno de Paz e Contentamento verdadeiros, incondicionados. E para conseguir este intento, um dos recursos é contar com reflexões baseadas em valores universais, de ordem filosófica, muitos deles milenares, como por exemplo a transitoriedade e a impermanência. Tudo na sua vida está em constante movimento, e no mundo das aparências e impressões - neste mundão sensorial e aparente, em que a mente acostumada a controlar, tenta a todo custo capturar cada impressão, gostos e sensações - tudo tem um começo e um fim. A árvore começa em uma semente lançada a terra, e perfazendo seus ciclos, à terra retornará. Cada forma na natureza, cada animal, planta, fruto, pedrinha até, iniciou e terá seu fim. Nada que é irreal permanece. O Que nasce, morre; o que começa, termina. Somente o que é Real permanece.

Este é um princípio da Lei dos ciclos, é uma condição natural do que existe. E sua utilidade é múltipla. Lembre-se de que o que é real não perece, permanece, o restante cessa, por não ser real. O SER é Real. O Estar, não. O mundo aparente, sensorial, dos fenômenos, com todas as formas e graus de manifestação de energia, tem um começo e, por isso mesmo, um fim. Este é o mundo do ‘Estar. Nós, essencialmente, somos inteligências emanadas do Sagrado Absoluto, da Consciência Universal, e assim como essa Eterna Fonte e Sabedoria, somos imortais, sempre existimos, inatingíveis, invulneráveis, em crescente autopercepção e compreensão de nossa integração com o Todo (Somos Todos Um), e esse é o mundo do ‘Ser.

Do mundo aparente, perecível, extraímos a experiência de integração, a Sabedoria e o reencontro com o Amor Universal (no qual estão inseridos os vínculos Reais), somente. Todo o restante é transitório. Tudo o que você acha que possui, que lhe pertence, foi confiado a você e confiado por um tempo. Pertence ao Universo, é energia condensada formando algo a que o ser humano atribuiu algum valor. Aquilo que é objeto de desejo projetado ou até efetivado é do Universo, do mundo das imagens, dos fenômenos, como o dinheiro, os bens materiais, até mesmo o status e a posição social, tudo transitório e apenas e tão somente meios, não Razão. Mas o sentimento de posse é muito profundo, arraigado, e por conta disso, os desejos desenfreados sustentados pela ilusão do possuir, levam ao medo de deixar de possuir. Quem deseja ganhar, em algum momento temerá perder.

Uma reflexão simples e profunda; uma analogia para tudo o que é vivido: o vaso é feito do barro da terra , e quando o vaso se quebrar, deixar de atender à função atribuída a ele e voltará à terra. Todo vaso quebra. Cedo ou tarde. É só uma questão de tempo. Nem a própria terra permanece. É muito útil compreender esse fato, para compreender as circunstâncias, eventos, objetos, projeções e desejos experienciados.

Então não venere seus objetos, considere-os vasos de barro. Seu computador, seu carro, seu dinheiro. Use com sabedoria - que significa extrair a utilidade daquilo que temporariamente está sob seus cuidados (que você acha que possui)- e se desapegue, pois uma das grandes causas do sofrimento, assim como o desejo de ter é o medo de deixar de ter (apego). O desejo carrega em si mesmo a rejeição de todos os riscos projetados à estabilidade daquilo que é desejado, por exemplo, o desejo de ser amado (desejo do prazer), carrega em si a rejeição do desprazer de não ser amado. O desejo e o medo andam de mãos dadas, pois onde há o desejo (que quer satisfazer a busca de prazer, de estabilidade), há o medo do que é rejeitado (desprazer, instabilidade). E status, posses, posição social são meios, e não validam ou justificam a importância do Ser. Esta é absoluta e incontestável.

Olhe para tudo aquilo que você tem: são vasos de barro. Se pergunte qual a utilidade e faça jus à utilidade de cada vaso. Considere tudo aquilo que deseja possuir: são vasos. Se questione sobre qual a utilidade do que deseja ter - de pronto perceberá que parte do que deseja, nem necessário é.

Por isso, para caminhar no sentido do restabelecimento da harmonia integral, pare de perseguir miragens, ilusões. Realize o uso dos vasos que a você foram confiados, sabendo que eles quebram. Estão seus. Não são seus. Não dependa do ‘ter e não tema ‘não ter. Não sofra por desejar possuir e não sofra por temer deixar de possuir. A realidade, a verdade profunda e incontestável, é que tudo o que perece, todos os vasos de barro, pertencem ao universo. Transporte o Real: você, seus princípios, sua honra, sua percepção e sua disposição, seu amor e saber.

Um forte abraço

Marcelo Hindi - Psicoterapeuta Holístico



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