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POR QUE SOMOS VIOLENTOS?

Atualizado dia 19/10/2008 23:31:10 em Corpo e Mente
por CARLOS MARTINS (NÚCLEO UNIVERSO DE TERAPIAS)


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Na  realidade, somos seres portadores de ações e reações negativas e positivas. Enquanto o cérebro cognitivo é responsável pelas nossas boas ações e emoções positivas, ligadas à prática do amor, do afeto e carinho, o cérebro límbico fica responsável pelas  emoções negativas e ações impulsivas e desastrosas, quando não filtradas pela consciência. De uma forma geral, todos temos essa dualidade de personalidade. Em alguns casos elas são menos perceptíveis, mas se observarmos no nosso comportamento e nas nossas preferências, elas se manifestam a toda hora. Quando nos emocionamos com fatos positivos, quando somos solidários com nosso próximo, quando sorrimos e cantamos, estamos manifestando sentimentos ligados ao nosso cérebro cognitivo. Porém, essa mesma pessoa pode, minutos depois, estar rancorosa, agressiva e cometer atos absurdos ligados ao cérebro emocional primitivo que fica ali adormecido, sempre em guarda, pronto para ser disparado ao primeiro sinal de perigo. Isso explica o motivo de valorizarmos tanto os fatos negativos e  trágicos. Quando compramos o jornal, paramos nas praças ou acionamos o controle remoto da nossa televisão em reportagens que retratam a violência, estamos inconscientemente não só alimentando nossa patologia como também colaborando para que os meios de comunicação aumentem seu ibope e invistam cada vez mais  nas manchetes sensacionalistas, verdadeiras bombas de energia negativa no inconsciente coletivo. Se analisarmos racionalmente poderíamos fazer a seguinte pergunta: "Por que as reportagens trágicas nos excitam tanto?  Por que não conseguimos deixar de ver ou comentar fatos trágicos que, de certa forma, afetam o nosso estado emocional e não acrescentam nada de positivo e muito menos servem para resolver a situação?" O cérebro emocional tem o poder de paralisar o cérebro pensante. O córtex pré-frontal é a região do cérebro responsável pela memória funcional, mas quando os circuitos que vão do cérebro límbico aos lobos pré-frontais são paralisados por fortes emoções – ansiedade, raiva ou medo - impedem o lobo pré-frontal de manter a memória funcional, e essa perturbação emocional cria deficiência nas funções racionais, fazendo com que uma pessoa anteriormente pacata perca totalmente o controle de suas emoções e passe a cometer atos desastrosos.  Conclusão: podemos ser lobos ou cordeiros, depende de qual lado da nossa personalidade está agindo no momento.

 
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Texto revisado por Cris


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