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Quem é você?

Atualizado dia 21/05/2014 14:56:54 em Corpo e Mente
por Margareth Maria Demarchi


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Eu e você vamos caminhar juntos pelo pensamento, seguir o movimento. Sabe, amiga, não é uma tarefa fácil a que vamos fazer, mas o importante é ter clareza sobre a origem dos nossos sentimentos, isso sim, acalma e tranquiliza a nossa alma. Até aqui, estamos praticamente no pensamento e entrar no sentimento é necessário outro caminho.

- Coloco uma música de fundo para despertar o sentimento.

Ouço a música e digito as letras que se seguem uma após a outra, vem em sintonia com o sentimento. O pensamento se mistura com sentimento e as letras vão saindo mais rápidas, num toque contínuo, as vezes, paro; o pensamento retorna no controle.

- Ah, Sentimento.

Ficamos totalmente entregues aos pensamentos e os sentimentos, nem sabemos a sua origem. Estamos aqui, agora, para juntos com os pensamentos evocarmos sentimentos que nos agradam ou desagradam, por esses dois critérios, os sentimentos desagradáveis entregamos a chave ao pensamento para que ele possa controlar, porque os agradáveis nós deixamos livres.

Anos, após anos, eu e você , caminhamos em um mar de pensamentos que se misturam e que às vezes se tornam incompreendidos pelos nossos sentidos. Os pensamentos tentam por anos conter esses sentimentos. Podemos ouvi-los, mas sem permitirmos que eles fiquem soltos por ser difícil de controlá-los, também depois de tantos anos sem reconhecer sua origem e necessidades, perdemos flexibilidade.

Eu olho para você, que me acompanha, percebo o quanto são pesados os nossos pensamentos e descobrimos algo muito estranho ao caminharmos pelos pensamentos, ficamos distantes da nossa verdade, do nosso verdadeiro ser. A parte desagradável habita separada de nós.
Deixamos a chave ao pensamento, mas agora nossos pensamentos estão confusos e a verdade quer descobrir o caminho para neutralizar nossos sentimentos e liberar da necessidade do controle do pensamento.

Caminhando na música que segue junto com o pensamento; ela proporciona que os nossos sentimentos possam se acalmar; enquanto isso, buscamos resposta para como se relacionar com os nossos sentimentos de forma a não temê-los.

- Ei!

Acho que descobri algo, vamos juntos. Descobrirmos que podemos libertar aos poucos os nossos sentimentos, deixando apenas um a um, entrar em nossas mente. Olhamos, a imagem capturada na mente fica diferente, porque estamos em outro tempo, onde muitas regras mudaram no curso do tempo da vida. Já não temos os mesmos sentimentos dos nossos pensamentos. Ao olhar no momento presente, entendemos o sentimento de outra forma e agora pode ser mudado, podemos senti-lo até o momento que podemos deixá-lo.

- Ao deixá-lo neutraliza o sentimento.



- Sim ou não.


- Não.


- Eu espero você na ação.


Você busca outro sentimento através do pensamento em que consegue deixar.


- Sim.

Vamos juntos novamente. Agora posso compreender que o nosso sentimento estava cheio de pensamentos e muito pouco do verdadeiro sentimento; os nossos sentimentos foram verdadeiros e nossos pensamentos sobre o desagradável catalogou com a marca da culpa, inocência perdida, medo, vergonha, ridículo, raiva, orgulho, mesquinhez, inveja entre outros. Assim, o sentimento ficou catalogado pelo pensamento, e o pensamento nos avisa quando algo pode ser parecido e cobre nossos sentimentos, até esquecermos a real origem do sentimento no momento real.

Estamos ainda juntos, sei que percorre comigo esses movimentos e agora nos perguntamos o que é a real origem do sentimento?

- Quando estamos completamente no sentimento, sentindo com todos os sentidos. O momento em que pensamos sobre algo, deixamos o sentimento, nesse momento podemos ter sido capturados por algo desagradável e passamos a julgar, nesse instante, desfaz-se o sentimento e entra o pensamento com a ação.

Eu e você sabemos agora que os nossos sentimentos foram aprisionados e controlados, e pouco ou nada temos da origem do sentimento na real situação.
Ainda podemos seguir pelos sentimentos.

Quando temos sentimentos na real situação, é como fazemos agora com o som da música, entrando em sintonia e nos deixando fluir até sermos a música. Quando isso acontece, somos a música e estamos com os sentimentos sem palavras e sem nenhuma definição a ser seguida.

Olhamos juntos bem nos olhos de uma criança e lá encontramos os nossos pensamentos, é porque ainda olhamos para o que estamos vendo dentro de nós, mas quando simplesmente olhamos a criança ela e nós somos uma coisa só esse é sentimento.

Assim também, quando estamos nos relacionando e completamente entregues, cessa qualquer insegurança, sentimos a sintonia e profunda paz interna no contato.

Podemos aos poucos compreendermos que o sentimento é o que dá sentido às coisas que estão fora de nós. O pensamento em um determinado sentimento que foi por nós catalogado e guardado, ao fazer o contato com ele, é gerado uma emoção através da marca que colocamos, essa marca incompreendida é que devolve o controle ao pensamento e a origem do sentimento ainda ficará guardada.

Sabemos quando estamos com sentimento que nos coloca em paz e quando estamos com algum sentimento que percorre a mente de informações passadas, sendo capturada pelo pensamento, impedindo-nos de estarmos totalmente no aqui e agora; deixamos de ouvir e respondemos pelo pensamento controlado.

O pensamento cresceu pelo medo de encararmos nossos sentimentos, mas agora que eu e você olhamos para os nossos sentimentos, um a um, podemos entender as circunstâncias que aconteceram, e assim, consigo olhar para você como é, porque estou assumindo os meus sentimentos sem transferir para você. Agora estamos sem necessidades de julgar ou nos defender, podemos ouvir sem interromper e falar sem expectativas de que você tenha que aceitar todas as minhas ideias.

- Ei!



- Agora vejo você.


- Nossos caminhos foram diferentes e os nossos sentimentos como são iguais.

- Eu posso me amar pelo que sou, mas se não me amo, é porque não amo aquilo que o pensamento me transformou.

Você agora sabe que caminhamos com os nossos pensamentos e sentimentos.
Olhamos juntos para alguns sentimentos e descobrirmos que podemos ser culpados ou inocentes a partir dos julgamentos dos nossos pensamentos realizados ou sentidos. Aceitar essa verdade é olhar para os sentimentos e compreendê-los; assim, podemos nos amar e o amor em nós nos tranquiliza.

Somos seres divinos em plena evolução, compreender que muitas das nossas ações estão vinculadas a esses pensamentos controlados pelos sentimentos incompreendidos. Olhar para os sentimentos sem a necessidade de que eles sejam puros ou impuros, isso traz a vontade para compreender a verdade em nós. Ao compreender, podemos aceitar e deixar livre para o caminho se fazer na vontade de viver o agora com o sentimento do amor, trazendo a sabedoria para dialogar com os nossos sentimentos e o pensamento aberto para que o novo se faça em nós.

- Ei!



- Quem é você que me acompanha nessas linhas?


- Sou sua Consciência.

- Puxa! Até que enfim você parou para me ouvir.


Texto revisado

 


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