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Questionaram-me e eu respondi

Atualizado dia 22/01/2013 01:43:33 em Corpo e Mente
por ANGELLA LEMOS


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A questão foi: Como construir uma escola dos sonhos?

Compartilho com meus leitores amigos o que respondi. Sabem, mesmo eu sabendo o que eu gostaria de realizar dentro de uma escola, parei! Precisei pensar. Ali, de repente me deparei com a realidade que tornava o meu sonho difícil de atingir. Pensei em tudo que eu desejo numa escola, professores com empatia, com a inteligência emocional e raciocínio trabalhando juntos, alunos capazes de enfrentar situações críticas com equilíbrio. E sendo eu educadora ele provavelmente me perguntaria o que eu faço para que isso aconteça. Resolvi pensar mais um pouco. Além disso, estamos numa sociedade de consumo com um sistema de educação encaixotado que leva a imaginação, a curiosidade dos alunos a um beco sem saída. E também esse sonho sempre foi interrompido pelo desgosto de ter encontrado  professores com pouca vontade de acompanhar as transformações dessa nova época.

Então, antes de responder, descrevi que para construir a escola dos meus sonhos, admitiria professores que abraçam sua profissão com amor, dispostos a praticarem a empatia junto com seus alunos e parceiros de profissão. Agora, se ele me perguntar o que estou fazendo para que isso aconteça? Eu respondo.

Para isso coloquei a mão na massa. Há 16 anos, criei a classe dos meus sonhos, tornei-me uma professora flexível, decidida a mudar algo que eu senti com o meu coração. Gerei a aula de Educação Emocional. Uma vez por semana cada aluno respirava suas emoções, reconhecendo-as, aprendendo a compreendê-las, aceitá-las e a transformá-las. Contemplávamos a natureza, sentíamos o planeta, escutávamos o próprio coração e o do outro.

Compus músicas que estimulam os bons pensamentos. E esse trabalho acabou se infiltrando nos lares de nossos alunos e se alastrando por algumas outras escolas da região. Trabalhei muito como voluntária, criava planos de aula com amor, dedicação. Muitas vezes acordava de madrugada para escrever uma dinâmica, uma história. E daí nunca mais parei, escrevi livros paradidáticos para a educação infantil e fundamental. Consegui editar dois livros até agora, e eu mesma os editei e comercializei, não houve interesse das editoras. Não tinha um tostão, corri atrás de patrocínio e consegui pessoas generosas que compreenderam o valor desse projeto. Ministrei muitas palestras e aulas gratuitas por escolas públicas.
Dia após dia, dedico-me ao desenvolvimento da inteligência emocional das crianças. Hoje não consigo mais dar aulas para as crianças, pois agora estou na adolescência da melhor idade, pronta para editar meus outros livros e ministrar muito mais palestras, aulas para professores, criar uma consultoria dos meus sonhos, consultoria de educação emocional onde de lá sairão professores com a competência de perceberem as necessidades de sua classe com o coração, e assim exercerem  sua função usando a coragem de questionar situações presentes, de romper sistemas vislumbrando um futuro melhor para as crianças, para a humanidade. Ajudar um docente a desenvolver sua inteligência emocional, auxiliando-o a ter uma mentalidade aberta, flexível e compreensiva, acentuará sua inteligência interpessoal, isto é, terá facilidade em relacionar-se com os pais de seus alunos,  com seus colegas, principalmente com seus alunos sem se estressar. Terá uma aptidão investigadora. Terá a humildade de observar e aprender com as experiências de outros  cujo  amadurecimento profissional acrescente aprendizagem. Terá desprendimento intelectual, fará com que sua conquista não seja pessoal e sim coletiva dentro da sua escola. Apresentará sensibilidade às mudanças, competência para perceber os valores do outro e saber lidar com eles sem abrir mão dos seus próprios. Saberá mexer com outras energias que estão adormecidas a milênios, que é a liberdade de questionar, a liberdade de imaginar. E esse educador, essa educadora será capaz de ser assim também na sua vida pessoal.

E agora respondo. Eu sonho com uma escola onde os professores se dediquem à educação emocional entre os seus trabalhos, desenvolvendo a inteligência emocional  de seus alunos no dia a dia, e que estejam dispostos a preservarem a tradição autêntica da comunidade que provém os seus alunos. Respeitá-la e trazê-la para a sua escola, não a deixando perdida ou deformada em meio a tantas "tradições" que foram criadas para defender interesses.

Sem dúvida nenhuma, a escola dos meus sonhos, dos sonhos do Frei Beto <https://www.bancodeescola.com/freibeto.htm>, dos sonhos de Rubem Alves existirá e professores dos sonhos de Daniel Goleman existirão.

Professores, vamos arregaçar as mangas, abrir os braços e girar, girar, girar e gritar: "Vamos construir juntos a escola dos nossos sonhos".

Com carinho, Angella Lemos, para o meu questionador Educador, escritor e empresario Almir Vicentini,  <https://twitter.com/almirvicentini>

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: ANGELLA LEMOS   
Consultora Emocional/Numerologista Sistêmica/Pedagoga-Especializada em Ed. Emocional/ Palestrante / Escritora/ Professora Geradora de planos de aulas específicos de Ed. Emocional na Ed.Inf. e Fund.I/ Objetivo: ativar o poder interno; emoções e pensamentos conscientes e harmônicos, desde a tenra idade. Trabalho de qualidade desde 1996.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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