SEXUALIDADE E AFETO
Atualizado dia 07/06/2010 15:31:09 em Corpo e Mentepor BRISA - Taróloga
A educação é a meta.
E falar em educação sexual sem referir-se ao esforço de elevação dos sentimentos é adiar a severa doença. A renovação afetiva é trabalho árduo de aprimoramento no tempo e requer condições específicas, similares a rigoroso tratamento médico hospitalar da alma.
Primeiro é essencial "assumir" a condição pessoal de carne, sem desamor e sem a vergonha que costuma criar muitos esconderijos para esse tipo de problemática. Sem culpas e sem medos, apelar para o auxilio, mas com plena disposição de tratar-se e despender o esforço requisitado. "Assumir" é iniciar o compromisso de luta, é acionar a vontade ativa na melhora, é parar de fugir da responsabilidade pessoal que a cada um de nós está conferida em tomar conta da nossa existência , sem os subterfúgios e desculpas.
Se tivermos que "assumir" algo em torno das questões da sexualidade seja, portanto, o "lado nobre" que todos possuímos e podemos desenvolver.
Essa convivência dignificadora é a argamassa sobre a qual construiremos os novos "moldes afetivos" que serão, pouco a pouco, enrijecidos como sólidas balizas morais das atitudes no dia-a-dia, onde estivermos.
Quanto à virtude e conquistas, porém, especialmente nessa área da sexualidade, somente com tempo, e ainda assim, se continuarmos correndo cada vez mais das astutas imperfeições...
Nossas lutas nas questões da sexualidade obedecem, antes de tudo, à necessidade de reorientação, da afetividade mais do que contenção de impulsos. Aprender a desenvolver sentimentos nobres será o caminho amplo para melhor utilização das forças genéticas.
O sexo não tem sido um tema suficientemente debatido por quantos foram abençoados com a luz espírita. Sem diálogo e discussão, como ocorre em qualquer campo, engrandece a hipocrisia e a desorientação. As opções, então, são pelos extremos do sentimento angelical ou do desanimo.
Deixando de tratar a questão, foge-se da possibilidade de analisar soluções coerentes e razoáveis para a pressa e as dúvidas que povoem os raciocínios, incendiados pelas múltiplas carências já trazidas de outras vivências carnais e da infância atual. Surgem então, entre alguns poucos que arriscam algum palpite ou uma análise, visões nem sempre maduras que causam mais aflição e dureza nas almas, através dos mecanismos de culpa automáticos ou pela ansiedade de encontrar caminhos palpáveis para as angustias silenciosas de cada um.
Tem havido, portanto, muita confusão ente a libertação espiritual e a negação de impulsos.
Negar sentimentos e desejos não significa evolução assegurada ou conquista definitiva.
A natureza, em milênios de edificação, consolidou a carga erótica como divino patrimônio da criação para assegurar à perpetuidade da espécie e dar oportunidade à bênção da co-criação, além disso, pela troca de estímulos e sensações de energias, com o qual o corpo e a alma se manifestam nas movimentações de todos os instantes.
Cabe-nos o desafio de refazer caminhos. Sexo responsável, eis o grande desafio que nos espera!
O que importa é estar bem consigo mesma(o), e não para atender às convenções e conveniências do grupo a qual você faz parte ou a padrões pré-estabelecidos que, possivelmente, sua própria interpretação tenha analisado de forma incompleta.
A construção de uma visão imortalista da vida e de um projeto de vida espiritual nos conduz a uma noção sagrada da sexualidade e fortalece nossa vontade para o exercício do sexo com amor, em favor de nossa evolução.
Fonte de estudo: "Unidos pelo amor" de Wanderley S. de Oliveira
Texto revisado
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