VAMOS DANÇAR?
Atualizado dia 12/6/2009 2:24:43 PM em Corpo e Mentepor Pizzuto Consultoria Pessoal
Adentra o salão, ao som do bolero, de rosto colado, um passo à frente, outro atrás, dama sai ao lado, um giro e os corpos falam uma linguagem sem palavras, através da música, cada um no seu ritmo, adaptando-se um ao outro e cada par buscando se encontrar no ritmo da banda.
Parece tudo perfeito, faz bem aos olhos e ao coração, é a Dança de Salão.
Originada no século XIX, a dança aos pares, como a valsa, a polka, o tango, é uma das modalidades deste universo tão genial que integra corpo, emoção e mente num processo de socialização.
A Dança é Arte e Divertimento, hoje considerada um Esporte, tem como núcleo o movimento através da expressão corporal, orientada ou não pela música, uma combinação de coreografia, musicalidade, e pura criatividade.
A dança de salão tem como característica a condução, ou seja, o cavalheiro é quem faz a dama dançar. Para que a dama realize os movimentos de acordo, é necessário que o parceiro saiba como conduzi-la, de modo claro, firme e educado, e o mais importante, saiba conquistar sua confiança, digo, que ela aceite o seu comando.
É um exercício onde a pessoa desenvolve um trabalho simultâneo do centro mental, emocional e físico através da energia, que o torna um recurso terapêutico holístico.
O exercício físico é contínuo, respira, transpira, aquece, relaxa, o toque de leve ao forte, o ritmo de lento ao agitado, o som do romântico ao forró, de uma salsa ao pagode, do rock ao samba, uma articulação entre tempo e espaço, de possibilidades múltiplas, proporcionando muito prazer.
Emociona, cria expectativas, nos remete a outros momentos, desperta sentimento de poder, sedução, realização.
Estabelece e desenvolve a percepção de si mesmo na relação pessoal, através da confiança, colocando a aceitação no lugar dos preconceitos, a entrega no lugar das resistências, e o mais importante “o ceder no lugar de controlar”.
Superar os medos de não ser aceito, do ridículo, de errar.
Aprende a lidar com situações como inveja, competição, brigas, frustrações, decepções, gente ciumenta. Ensina a cooperar e respeitar o espaço do outro.
Na mente produz uma verdadeira higiene mental; o efeito assemelha-se ao da meditação, trazendo uma sensação de leveza, limpeza, como o frescor da água que cai da cachoeira.
Socialmente falando, abre canais de contatos internos e externos, olhares, encontros, desencontros, integração das pessoas e relacionamentos como amizade e namoro.
Constata-se o processo de participação ativa, onde freqüentar é um investimento, e a conquista é resultado da persistência, tanto na dança como nos relacionamentos, até o estabelecimento dos vínculos, mesmo assim, considere a possibilidade de cada situação ser única, cada dança é uma dança, e sempre surge o inusitado, vale lembrar que “O Espírito da Dança é Universal”.
Silvia Pizzuto
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 6
Psic.Silvia Pizzuto Consultora Pessoal e Organizacional www.facebook.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |