A Deusa e o DEUS
Atualizado dia 1/25/2013 1:45:16 PM em Espiritualidadepor Marisa Petcov
Uma segunda divindade representando os aspectos masculinos da criação é igualmente celebrada: o Deus Cornífero, muitas vezes chamado simplesmente de o Deus, protetor das florestas e dos animais, senhor da caça. Seu culto foi proeminente durante o período Paleolítico, aproximadamente 12 mil anos atrás, quando os homens o representavam nas paredes das cavernas. Desse modo, mesmo sendo considerada uma religião centrada no Sagrado Feminino, a Wicca é baseada na dualidade que reflete o equilíbrio e a energia da natureza: a Deusa é considerada a doadora da vida enquanto o Deus é o fertilizador. Em muitas civilizações antigas Ela era simbolizada pela Lua e Ele pelo Sol, expressando mais uma vez a perfeita harmonia entre as forças naturais. A Deusa e o Deus são considerados parte de nós e estão vivos em todas as coisas e lugares, uma vez que a Wicca encarna o Divino de forma panteísta. Como os diferentes Deuses são apenas a forma como muitos povos compreendem o Divino, há uma crença comum em grande parte das vertentes da Arte que afirma que todas as Deusas são a Deusa e todos os Deuses são o Deus.
O Deus Cornífero é o filho da Deusa e seu consorte, senhor da fauna e da flora e protetor da criação da Deusa. É necessário deixar claro que a visão do Deus na religião Wicca em nada se parece com o Deus patriarcal expresso pelas religiões judaico-cristãs. O Deus da Wicca é forte, vivo, sexual, ligado aos animais; em nada semelhante ao assexuado e transcendental Deus monoteísta. Ele representa tudo que é bom e prazeroso como a vida, o amor, a luz, o sexo, a fertilização.
Com a chegada do Cristianismo na Europa, junto com todo seu conjunto de pecados, proibições e tabus sexuais, o Deus Cornífero foi transformado na figura do Demônio e do Mal pelos primeiros cristãos. Até, então, o Diabo jamais fora representado com chifres na cabeça, e isso só aconteceu para denegrir a imagem do Deus dos Bruxos.
Os chifres que ornam o Deus Cornífero não aludem ao Diabo - entidade que não faz parte da crença Wiccaniana - mas sim à ligação do Deus com os animais e a caça. Ele não é de forma alguma o Demônio, muito menos o Deus cristão.
Por ser simbolizado pelo próprio Sol, o Deus mostra suas diferentes faces através da viagem do astro pelas quatro estações do ano. Isso reflete as mudanças dos ciclos sazonais. Ele nasce no Solstício de Inverno como um bebê, cresce na Primavera, tornando-se um jovem viril. No Verão, ele atinge sua maturidade e no Outono torna-se o sábio ancião, preparando-se para retornar ao ventre da Deusa e renascer no primeiro dia do Inverno. A união da Deusa e do Deus traz vida e luz à Terra e por isso ela é sagrada. Eles estão ligados a todos os aspectos da vida humana e a tudo o que existe.
Baseado na obra de Claudiney Prieto: Wicca para bruxos solitários
Marisa Petcov
Elder do Grove Tocado pela Lua, Sacerdotisa da Tradição Diânica Nemorensis
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