A Boa Morte de um Cão Andarilho
Autor Íris Regina Fernandes Poffo
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/16/2021 12:24:13 PM
Altruísmo, discernimento, comunicação intuitiva, e amparo espiritual foram essenciais para ajudar na passagem de um cãozinho muito querido.
A relação entre a tutora e seu amiguinho de quatro patas é muito antiga. Quando ela completou 11 anos de idade, ganhou de sua mãe um cão pequinês, que logo se tornou um companheiro muito especial, o Shaylon. Porém, o convívio feliz durou apenas seis meses. Um dia, ela voltou da escola e ele havia sumido. Procuraram por toda vizinhança, por dois anos, sem encontrá-lo. Ela sofreu muito com o que aconteceu.
Em 2004, mais de 20 anos depois, Marlene, agora casada, ganhou um poodle de presente. E, quando o pegou no colo, sentiu nitidamente, que seu antigo amigo estava de volta. Por isso, lhe deu o nome de Shaylon II. Ele trouxe muita alegria para o lar.
Quando estava com seis anos, ele desenvolveu a Síndrome de Cushing, também denominada de hiperadrenocorticismo (HAC), ou seja, o organismo produz cortisol em excesso. Recebeu tratamento alopático, por um ano, e os efeitos colaterais estavam sendo severos. Certo dia, uma amiga sensitiva da tutora, Camila, foi visitá-los, e conversou, telepaticamente, com Shaylon sobre o tratamento. Ele se queixou das dores e do mal estar. Desejando proporcionar uma melhor qualidade de vida, optaram pela homeopatia e acupuntura. Ele voltou a ser um cãozinho alegre e ativo.
Em 2020, o marido de Marlene faleceu, em função do Covid 19, e ele sentiu bastante, a ausência do tutor. Tive a oportunidade de auxiliá-los, com aromaterapia vibracional, tanto à tutora, quanto aos Shaylon e aos outros dois cães da casa. Em pouco tempo, o tutor, agora sem o corpo físico, acompanhado de mentores, visitou seu lar, demonstrando que estava em processo de recuperação no plano astral. Sua presença espiritual foi sentida pelos companheiros de quatro patas, e pela esposa que ficou emocionada, e mais tranquila por sentir que ele estava bem.
Em 2021, com 16 anos, Shaylon era um cãozinho idoso, com vários problemas de saúde: estava cego das duas vistas, sentia dores na coluna, os dentes caíam e, para complicar ainda mais, havia desenvolvido a Síndrome do Andarilho, também denominado de "Alzheimer Canino".
Devido a esta doença neurológica, ele andava em círculos pela casa, e caía muitas vezes. Carinhosamente, Marlene estava sempre ao seu lado, para levantá-lo e ampará-lo no que precisasse. Como não enxergava, batia nos móveis e nas paredes. Para evitar que se machucasse, ela colocou várias almofadas e caixas de papelão pela sala. A situação foi se agravando. Amigos, familiares e veterinários sugeriram abreviar o sofrimento dele. A tutora estava aflita sobre qual decisão adotar. Deixar a morte natural ou não?
Ofereci auxilio à minha amiga, por meio da comunicação intuitiva. Com a permissão dela, perguntei como ele se sentia, e qual seria sua opinião sobre a eutanásia. Segue, em síntese, o que ele me disse:
-"Eu me sinto confuso, tonto, não consigo andar direito, minhas pernas não me obedecem. Estou velho e doente. ... Agradeço muito à ela (tutora). Muito mesmo! Fico chateado, aborrecido, com todo trabalho que estou dando. Ela sempre vem em meu auxílio, com aquela voz sempre doce, e com aquele jeito todo meigo. Os outros companheiros da casa também estão percebendo o quanto estou doente. ... Sei que em breve partirei, de uma forma ou de outra. Sei que ela está sofrendo muito por me ver assim, neste estado. Sei que ela só quer o melhor para mim. Se ela tomar esta decisão, quero que saiba que não ficarei magoado. Nem precisa pedir perdão. Peço apenas mais uns dois dias, para que possamos ir nos preparando. Vou ficar bem! Não tenho apego a este corpo. Tenho apego à ela. Sei também que já cumpri meu papel nesta casa. Sentiremos saudades um do outro. Sabemos que voltaremos a nos reencontrar. A vida é assim! Muito obrigado! Preciso descansar um pouco agora."
Então, no dia 26.02. 2021, respeitando os dois dias, como seu estado se agravara ainda mais, com muito carinho e respeito, foi feita a eutanásia, na própria casa da tutora, com a família presente, em oração. Tudo sucedeu de forma tranquila e serena, e Shaylon fez uma boa passagem.
Eu acompanhei o processo à distância, doando muita energia amorosa a todos. Pude perceber, pela clarividência, a presença espiritual de um amparador, em um dos cantos da sala. Entendi que era um dos mentores dos Poodles, que fora recolher aquele ser amado, desprendendo-o do corpinho físico.
Marlene me disse depois, que "sentiu a presença do Amor naquele momento da passagem, e que ele se foi, consciente de ter cumprido sua jornada aqui na Terra, nos dando muito Amor!" Contou também algo curioso. O Obama, outro "filho peludo", ficou por perto, e manteve o olhar fixo, em um dos cantos da sala, durante todo o processo. Como ela mesma me escreveu: "ele estava dando sinais de ver, o que nossos olhos não conseguiam ver."
Dias depois, recebemos notícias da espiritualidade, contando que Shaylon estava bem recuperado, e que desejava transitar entre os dois planos, ora fazendo companhia ao tutor também desencarnado, ora à Marlene.
Pessoas queridas, desejamos que estes relatos possam ajudar, de alguma forma, a outros companheiros de quatro patas, e a outros tutores, que se encontram, ou já se encontraram na mesma situação que Shaylon II e Marlene.
Biól.Iris Fernandes Poffo - SP, 04.04.2021
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected], | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
