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A diferença entre perdoar de coração e perdoar da boca para fora

Atualizado dia 12/07/2011 08:01:17 em Espiritualidade
por Aurora de Luz


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Existe uma diferença entre perdoar de verdade, de coração e perdoar da boca para fora, para se fazer de lindinho para o mundo. Existem pessoas, e não são poucas, que guardam rancor, raiva e até mesmo ódio por pessoas que a prejudicaram, que a fizeram sofrer. Alguns fazem isso abertamente, outros já o fazem veladamente, não dizem nada para o mundo e às vezes nem para si mesmos.

Algumas vezes não ousam sequer admitir para si mesmo o rancor por determinada pessoa. Mas bem que exibem aquele maroto sorriso interno quando ficam sabendo de algum tropeço na vida do desafeto.

Não existe diferença entre aqueles que admitem abertamente o rancor ou mágoa por pessoa ou aquele que sequer tem consciência disto. A necessidade do perdão é a mesma para ambos.

E essa necessidade do perdão é premente, pois as matrizes energéticas envoltas nessa ligação de ódio, rancor e mágoa são de energias deletérias. Essas energias ligam uns aos outros como uma grossa corda de aspecto preto e gosmento que fica passando energia de um ao outro, alimentando o ódio e a desgraça na vida das pessoas envolvidas, encarnadas ou não. 

Em geral, essas ligações são tão grandes que se assemelham a grandes bolas pretas grudadas ou em volta da pessoa que alimenta o sentimento. Outras vezes se dão como grandes teias negras ligando muitas pessoas, algumas vezes milhares delas. Isso acontece quando muitas pessoas se ligam no mesmo sentimento, de revolta, por exemplo, por determinado crime hediondo noticiado na televisão ou outras tragédias quaisquer onde as pessoas se condoem e se revoltam ficando com o pensamento ligado naquilo por horas, dias seguidos, interiorizados inconscientemente naquilo ou até mesmo conscientemente comentando com os outros.

Outras vezes, as teias se dão por encarnações a fio ligando pessoas em conseqüentes reencarnações de ajustes buscando o perdão e falhando, na sua maioria das vezes, por isso existem tantas tragédias familiares por aí. Afinal, este é um planeta de provas e expiações e a maioria das ligações que temos com as pessoas são para reajustes, principalmente os casamentos e as famílias.

Ou você pensava que ia encontrar sua alma gêmea e ser feliz para sempre em um planeta de provas e expiações? Afirmo com segurança que 99% dos casamentos e das ligações familiares são para reajustes. Parabéns para você se está conseguindo se reajustar adequadamente ao ponto de poder conseguir experimentar relativa felicidade ao lado dessas pessoas, atualmente, pois não é o caso da maioria da população.

Não raro em meus trabalhos extrafísicos noturnos visitamos pessoas durante o sono em busca do perdão necessário para determinado desafeto desencarnado que precisa de ajuda para conseguir sair do umbral. E, assim, quebrar a ligação que existe entre ambos e que alimenta de energia deletéria a vida, não somente do desencarnado em situação crítica no umbral, mas também faz da vida do encarnado um inferno a céu aberto.

Afinal, é onde está ligado o encarnado, ao umbral. E vive seu dia-a-dia como se por lá estivesse, com as conseqüências no corpo físico e mental, trazendo diversas doenças físicas e psicológicas advindas dessa perniciosa ligação que insiste em manter.

Muitas vezes, essas pessoas visitadas em desdobramento não admitem de maneira alguma o perdão, não importando o quanto isso faça mal à sua vida consciente. Não raro, se indagarmos essa pessoa ao acordar se já perdoou seu antigo desafeto desencarnado afirma que já o perdoou, no entanto, há pouco tempo atrás em desdobramento era irascível na sua negação ao perdão.

Por isso mesmo eu repetirei sempre: é necessário nos interiorizarmos para nos conhecermos melhor. Ao entrarmos em contato conosco, nas profundidades do nosso ser vamos conhecendo melhor a nós mesmos, as nossas reais tendências e não apenas aquilo que está na superfície, que não raro, é apenas uma camada de verniz social, moldada desde a infância por nós mesmos e muitas vezes sabotada por nosso eu interior que permanece irascível às coisas que de fato veio fazer nesta reencarnação. Pois ao desencarnar não serão os diplomas, os bens materiais ou os afetos que você irá apresentar como conquistas, mas sim, as aquisições do espírito, conseguidas através da reforma íntima.

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