A maior missão de Jesus: Resgatar a dignidade feminina
Atualizado dia 12/25/2009 10:32:27 PM em Espiritualidadepor Vera Godoy
O Natal nos faz refletir sobre Jesus Cristo. Lembramos suas mensagens, o que ensinaram, mas, como elas ressoam hoje, nos corações humanos? Gostaria de enfatizar aqui, nesse momento, uma das particularidades do Querido Mestre, pouco comentada. Fala-se sobre todos os seus milagres, mas, agora seria útil para o momento atual lembrar um dos ensinamentos que foi por Ele trazido, porém, que ficou esquecido, relegado a 2º plano, sem lhe darem a importância merecida, 1º pela igreja católica, depois, pela conveniência dos homens, e os hábitos instalados na sociedade, etc. E, sem desconsiderar nada do que foi ensinado, esse, talvez, tenha sido o mais importante ensinamento, a chave para abrir as portas da Nova Era: "A Identidade Feminina segundo Jesus Cristo". Foi com Ele que a mulher passou a ser notada como ser humano, mas, até hoje, tenta conquistar o respeito dos homens.
Jesus trouxe um novo modo de olhar para a mulher. O mundo, antes do Cristo, não considerava as mulheres como seres humanos, elas não passavam de servas mudas, destinadas ao trabalho extenuante e obrigações de casa. Cristo restituiu a elas a dignidade tirada. A partir Dele, o destino feminino mudou. Por isso, no grupo dos seus seguidores mais íntimos vemos muitas mulheres. É lamentável a realidade de humilhação, exploração e rebaixamento que ainda hoje, milhares de mulheres sofrem ao redor do mundo, sob a justificativa sórdida de alguns, que elas só estão tendo o que merecem, pois, as mulheres já viveram tempos de muito poder e atitudes de muita manipulação em relação aos homens. A vinda do Cristo mudaria isso, mas, pelo contrário, a discrinação ainda existe na sociedade.
Hoje, a mulher cumpre dupla jornada de trabalho, e, com raras exceções, consegue ser bem sucedida em todas as áreas de sua vida, sempre uma é sacrificada. Em seus relacionamentos sofrem em função dos rótulos nelas colocados. É vista como masculinizada, de atitudes grosseiras e os entendidos no assunto são capazes de resumir suas dificuldades assim: "também, qual é o homem que quer se relacionar com outro homem?" se referindo às posturas femininas minimizadas, para atuarem de igual para igual num território antes, considerado dos homens. Encontramos muitas mulheres hoje, responsáveis pelo sustento da família, responsáveis pela educação dos filhos e administração do lar. Sem defender, nem ser radical, pois sei que as mulheres possuem muitas coisas para serem revistas e transmutadas, por que será que a mesma coisa não acontece com relação aos homens? Por que eles não observam neles próprios as posturas que também precisam ser mudadas? Qual é verdadeiramente o papel masculino na nossa sociedade? E, se, nem esse papel ainda não é bem definido, como saber o que é o Masculino Sagrado?
Diante de tantos desencontros, percebemos que a sociedade, até hoje, não deu a importância devida ao relacionamento de Jesus Cristo com as mulheres e Sua missão perante o feminino sagrado, deixando em sua mensagem a maior palavra de libertação para nós todos: "Aquele que resgata o projeto da Criação perde uma escrava e encontra uma companheira".
Jesus demonstrou sua coragem ao incluí-las em sua peregrinação, tratando-as com dignidade. Deu vários exemplos disso: após a ressurreição, apareceu 1º às mulheres; foi para uma mulher samaritana, que revelou ser o Messias. Na hora da sua provação, as mulheres não o abandonaram, como o fizeram os discípulos homens. Elas estiveram no Gólgota na hora de sua morte e acompanharam o seu corpo até a sepultura, e também receberam o mistério da ressurreição em primeiro lugar. Jesus confiava nelas. Nenhuma outra figura masculina sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que Jesus.
Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir esta distorção com a imagem da mulher. O Rabi de Nazaré resgatou a mulher. Ali estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres como seres humanos. Mas, Jesus se foi... e as mulheres ficaram. E, onde estão os homens que falam em Seu nome para preservá-las em seus verdadeiros ministérios?
Às portas de 2010, como estes homens que se dizem Cristãos continuam agindo com relação às mulheres? Será que Cristo alguma vez humilhou, menosprezou, gritou, foi autoritário, desleal ou usou de violência com algum ser humano, principalmente mais frágil ou em situação desfavorável? Não!
Então, os homens que assim agem não têm Cristo direcionando seus caminhos. Só falam em nome Dele, mas, estão muito longe de seguirem seus passos. Seria maravilhoso se daqui para frente todos conseguissem compreender a mais poderosa das energias: o aspecto do Divino Feminino. Que entendam que ela não ancorou somente agora, mas que foi proclamada há mais de 2000 anos. Que possam os homens de boa vontade lembrarem-se disso e saírem da ilusão da dualidade para celebrarem a volta da energia Crística, dignificando o feminino e, assim, passarem a merecê-lo.
VERA GODOY
Texto revisado
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