A NECESSIDADE DO INFINITO - Autor: Carlos Cardoso Aveline
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Autor Amigos da Teosofia
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 01/03/2013 15:17:36
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:: Victor Cousin Discute a Relação Entre o Ser Humano e a Infinitude ::
Autor: Carlos Cardoso Aveline
Um céu estrelado à noite pode causaruma sensação de confronto com o infinito "Onde não existe uma concepção do infinito, nem amor pelo infinito, não há religião." Victor Cousin O filósofo eclético francês Victor Cousin foi um dos primeiros pensadores ocidentais que abriram as portas para o pensamento oriental e reconheceram que a filosofia não começou na Grécia, mas muito antes. Ele parece estar ligado à edição ocidental de obras orientais que influenciaram o pensamento de Emerson e outros filósofos transcendentalistas dos Estados Unidos.
NOTAS:
[1] "Du Vrai, Du Beau et tu Bien", em "Oeuvres de Victor Cousin", Société Belge de Librairie, Haufman et Co. , Bruxelles, 1840, três volumes. Ver Tome I, 526 pp., p. 373. A coleção reúne algumas de suas obras em volumes de grande porte, com texto em duas colunas. As aulas do curso foram dadas na França entre 1815 e 1818.
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Artigo publicado originalmente em www.Filosofiaesoterica.com .
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No início do século 19, Cousin proferiu um curso intitulado "Sobre o Verdadeiro, o Belo e o Bom". Durante o evento ele abordou a relação do ser humano com o Infinito, e defendeu a tese de que as noções de bom, belo e verdadeiro são pontes de contato com a infinitude. [1]
Cousin escreveu: "O eu, a natureza e o absoluto são os três elementos da vida intelectual". E ainda:
"Não há pensamento sem o EU e o NÃO-EU finitos, isto é, sem uma dualidade fenomênica, e sem uma substância infinita que dá as condições para a existência deles."
Segundo Cousin, é importante lembrar que tudo o que há de Finito existe no Infinito. O que é Finito surge do Infinito, e ao Infinito retornará. O planeta Terra e cada ser humano existem situados inevitavelmente no Infinito. O Espaço e o Tempo ilimitados nos incluem. Eles permeiam nossa consciência, e nos rodeiam. O Infinito Absoluto investigado por Cousin corresponde ao Parabrahm da filosofia oriental.
Para o pensador francês, os três famosos temas da filosofia clássica grega - o bom, o belo e o verdadeiro - são aspectos externos do infinito. Cousin afirma que o infinito é uma necessidade humana básica, e está presente de modo oculto - simbolicamente ou potencialmente - naquilo que é bom, verdadeiro e belo. Ele escreve: "Assim como o amor e a razão constituem a vida humana, eles também constituem a religião e a arte, que são expressões desta vida. Explico: a razão concebe o infinito; o amor tem uma aspiração pelo infinito; o que pode haver, além disso, na religião? Onde não existe uma concepção do infinito, nem amor pelo infinito, não há religião. (...) A religião é um olhar em direção ao infinito, lançado desde o âmago do finito; e a arte é uma reprodução do infinito, através do finito." [2]
O infinito não pode ser encontrado no mundo externo e tridimensional. O que é bom, belo e verdadeiro no mundo apenas aponta e sinaliza para o que é ilimitado. E este só pode ser investigado se voltarmos nossa atenção para o mundo interno. O céu estrelado à noite, por exemplo, pode ser uma imagem que sugere a infinitude universal: mas o infinito só será encontrado com a visão da alma.
[2] "Oeuvres de Victor Cousin", Tome I, ver p. 378.
Avaliação: 5 | Votos: 2
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