A PRÁTICA DO ABORTO, NO LADO ESPIRITUAL
Autor Florencio Antonio Lopes
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 23/11/2016 21:58:57
Abordando o tema Aborto, me veio a história de Maria, uma coleguinha da minha infância, o pai dela era guarda-civil, naquele tempo, os guardas-civis recebiam pela prefeitura Municipal, hoje são conhecidos como “marronzinhos”, é uma cópia daquela guarda civil, eles eram muito respeitados e exerciam um belo trabalho, nunca tomavam atitudes mais enérgicas, somente quando a situação carecia em ser usada.
O pai de Maria se chamava Ismael e a sua mãe Zulmira, que se dedicava ao lar e a criação das duas filhas.
Quando eu conheci Maria ela tinha dois anos e sua Irma Darci com três meses de idade e eu tinha sete anos.
Maria desde pequena gostava de brincar de casinha e ela era sempre a mãe e o pai era um menino chamado Vitor e assim as brincadeiras se repetiam durante as semanas.
Dona Zulmira ficava sossegada porque a filha brincava em um dos cômodos no fundo da casa que morava, muitas vezes eu era o padre que realizava o casamento e batizava os filhos de Maria e do Vitor, e os anos foram se passando e a brincadeira continuava, Dona Zulmira e seu Ismael estavam sossegados porque a sua filha mais nova Darci, já fazia parte das brincadeiras.
E eu como tinha que trabalhar, não tinha tempo para brincar, principalmente de casinha, mas Maria e Vitor foram eliminando os outros colegas meninos e meninas e ficando só os três Maria, Vitor e Darci, foi aí que já existia a malicia de ambos, dormiam a tarde toda abraçados, beijando e se esfregando, foi quando Dona Zulmira percebeu que as notas de Maria caíram muito, viviam num mundo, segundo a época, no “mundo da lua”.
Dona Zulmira levou ao conhecimento de seu esposo Ismael e esse passou a tomar providencias mais enérgicas e os dois perceberam que a filha Maria já com doze anos, estava apaixonada por Vitor, como o seu Ismael por guarda civil, era enérgico, expulsou Vitor de sua casa proibindo-o de vir em sua casa e a Dona Zulmira passou a ser a guardiã de Maria, então começou o sofrimento de Maria que me procurava para desabafar e eu sempre a orientava que ela tinha que respeitar os seus pais, mas Maria só chorava e chamava por Vitor, seu Ismael com Dona Zulmira resolveram mudar para outro bairro, mas nas crises de Maria, Dona Zulmira mandava me chamar, nem todas as vezes eu podia dar atenção.
Foi daí que certa noite seu Ismael com a família apareceu em minha casa para se despedir, eles iam para cidade de São Paulo tinha dado baixa na policia civil e partiram. Fiquei um bom tempo sem saber de notícias da família, até que um dia seu Ismael apareceu em minha casa procurando por Maria, ele falou que ela tinha pedido para vir me visitar, então eu falei para ele: “Não apareceu por aqui e nem tive noticias dela", ele me perguntou: "Vitor mora no mesmo endereço?”
Eu sabia que Vitor tinha se mudado para o Mato Grosso porque tinha vindo se despedir há mais de ano e o único endereço que tinha deixado era que ia morar numa vila perto de Cuiabá, ficou desesperado o senhor Ismael.
Passaram muitos anos eu tive notícias de Vitor e Maria, os pais de Vitor voltaram para Ribeirão Preto e falaram que Maria só queria o Vitor e ele foi buscá-la em São Paulo e fugiram para Mato Grosso e após tantos anos chamaram os pais de Vitor para o enterro de Maria que morreu no décimo aborto, porque ela queria só o Vitor e não queria ter os filhos e Vitor foi morto a tiros pela polícia porque era um grande ladrão.
Fiquei muito preocupado com o lado espiritual de ambos e procurei investigar espiritualmente até que depois de muitos anos eu os localizei, Maria o espírito por um motivo até simples, esse espírito há dez anos não falava outra coisa a não ser no Vitor. Ela nesse tempo todo não tinha percebido que tinha desencarnado e pensava que Vitor a tinha abandonado. Para doutrinarem o espírito de Maria não foi fácil, mas a luta de um mês, começou a dar resultado.
Maria foi caindo na realidade que não pertencia ao mundo dos vivos, aí entreguei para corrente e fui atrás do espírito de Vitor, não foi difícil encontra-lo ele me explicou que nunca amou de verdade Maria, ela que o perseguia.
Bem para doutriná-lo bastou 24 horas, mas o que mais me impressionou foi um relato de Vitor que Maria caiu na prostituição e que ele se casou com uma moça com o nome de Iracema e teve cinco filhos com ela, e que Maria na prostituição mantinha as relações com outros homens chamando pelo nome de Vitor. Maria sofreu por dez anos de torturas espirituais por não se desligar da parte terrena e Vitor sete anos, mas num bom espírito gozador, mas que perturba à beça.
É isso que acontece, tanto no lado feminino como para o masculino que provocam o aborto, eles porque provocam as moças praticarem e elas por praticarem.
Mas, fica aqui meu conselho para as moças: “se ninguém lhe ajudar ficará sofrendo, até que um espírito bom tenha piedade de ti, senão levara bem mais de dez anos de sofrimento” e os mesmos acontecem para os homens que incentivam o aborto.
Assim expliquei o lado material e espiritual querem sofrer e passar por tudo isso? Muitas vezes para isso tem que ter e procurar uma casa de Fé que possa ajudá-lo. E o castigo não termina por aí, ao reencarnar vão abortar como espírito de criança, quero dizer, nascer antes do tempo e não viver.
Abraços
Florêncio Antonio Lopes - Professor Espiritualista - link - [email protected]
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Florêncio Antonio Lopes, nos seus 88 anos de vida, faleceu em 06/09/2024, foi fundador da religião espiritualista Amor Entre os Povos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
