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A Vida e as estações do Ano

Atualizado dia 7/31/2019 6:19:03 PM em Espiritualidade
por Florencio Antonio Lopes


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O funcionamento do cérebro ainda é um mistério para a ciência. Ainda engatinhamos na tentativa de entender o funcionamento daquele que é reconhecido como o centro da nossa racionalidade. Mas, numa analogia simples, gosto de dizer que o nosso trabalho cerebral percorre, ao longo de nossas vidas, caminho semelhante às estações do ano.

A Primavera é o período dos estudos, da aprendizagem. Esse tempo não é desprovido de chuvas nem de desânimos. Não sentimos ainda a utilidade desse desenvolvimento que nos pede tantos esforços e o estado, por vezes, nos parece sem encantos. Mas devemos aprender a conhecer a sentir a julgar.

Com o Verão, a força é das novas descobertas, que o nosso espírito faz cada dia. Elas são um constante encorajamento e o entusiasmo que nos produz é uma força quase invencível.

O verão, por sua vez, é o surto final do espírito daquele que, seguro de si mesmo, renuncia muitas vezes ao estudo dos livros para correr ao das experiências pessoais.

Então, os entusiasmos queimam como o sol de junho e, se eles não são contidos pela razão e um sábio domínio de si mesmo, arrisca a destruir pelas chamas bruscas todo o labor do ano. É o momento em que nos agarramos tanto aos erros como as verdades. É preciso, então, aprender a refletir.

As reflexões aparecem com o Outono. É a idade madura, a expansão das faculdades. Não é mais o esplendor cruel de julho, porém, uma claridade mais doce. Que belas horas dá àquele que sabe compreendê-lo. É a estação em que as flores e os trabalhos do ano que temos vivido começam a frutificar para uma vindima (colheita das uvas) futura.

No Inverno, depois de cumprida a tarefa, é o momento de gozar da vitória obtida e esperar, serenamente, o desaparecimento. Por contraditório, é o momento da felicidade, porquanto aquele que chegou a esta concepção da vida, não perdeu a faculdade de se interessar pelos estudos, pelos trabalhos daqueles que o rodeiam. Sua vista se apura e vai além dos limites ordinários; ele vive lá no absoluto.

No aspecto sentimental, podemos utilizar a mesma analogia. Pois, vejamos:

A Primavera da primeira mocidade é a estação das ilusões. É a estação das longas esperanças e dos vastos pensamentos; ela nos dirige mais do que nós dirigimos; ela nos faz ver todas as coisas através de um prisma de mil cores e somos, muitas vezes, o joguete de suas generosas loucuras.

Mas, com as chuvas de abril, as lágrimas da mocidade secam ao primeiro raio de Sol. O tempo, inimigo das outras estações é precioso auxiliar da Primavera. A louca ilusão torna-se prudente e aprende a seguir o ritmo.

O estio nos traz a alegria, a completa expansão dos sentimentos. Este coração que tem lutado e que aprendeu a sentir, abre-se voluntariamente e dá de bom grado, o melhor de si mesmo aquele que sonhe fazê-lo palpitar. O Sol das paixões é ardente no coração e as tempestades o acompanham.

É o momento de saber, entretanto, que as próprias borrascas têm a sua utilidade e que as chuvas que trazem grossas lágrimas, àquelas que penetram nosso coração, são necessárias à vida suprema. É preciso saber servir-se das borrascas, não negar seu curso e sua força, como bem sabe o Verão.

O pacífico outono nos dá a doçura de sermos compreendidos, de não haver mais necessidade de palavras para comunicarmo-nos na mesma emoção, em um pensamento semelhante; somos unos na alegria e diante da natureza.

O inverno vem achando os seres unidos e fundidos, apesar das inevitáveis separações. Há também alegrias bem doces no inverno do coração. Aquele que soube moderar os arroubos da idade juvenil sabe guardar, durante toda a vida, a felicidade que soube criar e conquistar.

Como um fator de mitigação dessas características, temos sentimentos e posturas como o egoísmo e o interesse. Quem opta pelo segundo terá estações mais amenas, já quem opta pelo primeiro, são endurecidos no mal para os ouros; os revezes de sua ambição lhes deram ideias negras, mergulharam na neura e são velhos, tanto no espírito como no coração, que nada isenta além da voz da desilusão.

Vale lembrar ainda que o ciclo de nossa vida orgânica é aquele que segue as nossas forças intelectuais e morais. Podemos ser velhos de corpo e não termos querido nunca sofrer nem refletir; têm-se, neste caso, todos os inconvenientes da infância, sem termos as belas esperanças e lembranças do inverno.

Outros souberam desde os seus primeiros anos, compreender ao menos sentir que o trabalho e a dor não são seus inimigos. Sentiram, mesmo que alguém não lhe tenha dado a chave desse mistério, que a mágoa era necessária. Assim, a aceitam, pois, como vinda de uma vontade mais clarividente que a sua, e fazem esforço para beneficiar a outros, para pensar-lhes as feridas, para evitar o sofrimento. É o caminho para a maturidade.

Se cada um aplicasse à evolução de todas as forças do espírito e do coração, este mundo tenderia a tornar-se um paraíso. Muitos ignoram, entretanto, essa evolução benéfica. Mas não se pode negar que o bem que fazemos ao nosso redor com desinteresse, é a maior felicidade que podemos experimentar. Felicidade que não pode ser experimentada quando chegamos ao nosso inverno sem nunca termos nos preocupado com outra coisa além do nosso próprio bem-estar. Nesse caso, morrem sem nunca se ter verdadeiramente vivido.

Se conselho pode ser dado, serei direto: “Ame aos animais, ame as plantas, ame aos elementos! Faça com que dentro de você só o amor palpite! Amor puro, intenso, sincero, verdadeiro, e terá dado um passo no caminho da Espiritualização. Só é possível conhecer a Deus se o Amor sentir. Só se alcança a perfeição quando, com amor puro, divino, pudermos abraçar sinceramente tanto o rico como o pobre; tanto o católico, como protestante; tanto o judeu, como o maometano, e sentirmos por todos eles o mesmo puro, alcantilado afeto”.

Quem ama a Saúde, atrai para si seres que tem muita vitalidade.
Quem ama o Amor, atrai para si seres que vêm amá-lo.
Quem ama a Evolução Espiritual, atrai para si a proteção dos Iluminados.
Quem ama a Evolução Material, atrai para si a proteção dos sábios.
Quem ama a Harmonia, atrai a si os seres com que simpatiza.
Quem ama a Justiça, é protegido pela mão invisível de Deus.
Quem ama a Paz, é procurado pelos espíritos verídicos.

Não admitindo em nossos corações senão as afeições de puro Amor Altruísta, colocamo-nos em Harmonia com o Espírito Infinito da verdade e a Justiça da Lei Eterna, com a Evolução Espiritual e Material, que é o Verdadeiro Caminho que Deus nos traça. E essa é a chave para que a fé e a felicidade estejam presentes em todas as estações das nossas vidas.

Nosso endereço: Amor Entre os Povos, Rua São José, 247 – centro – Ribeirão Preto - SP, fone: 16 3625-0574.

Abraços

Florêncio Antonio Lopes
Mestre Espiritualista
www.aep.org.br
[email protected]

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Conteúdo desenvolvido por: Florencio Antonio Lopes   
Florêncio Antonio Lopes, nos seus 88 anos de vida, faleceu em 06/09/2024, foi fundador da religião espiritualista Amor Entre os Povos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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