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A vida é uma novela...

Atualizado dia 10/09/2009 15:40:12 em Espiritualidade
por Jaime Benedetti


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E somente eu sou capaz de interpretar o meu papel!

Em um tempo etéreo, antes mesmo de nascer, estudei muito para participar da grande novela da vida. Passei por aperfeiçoamentos e testes em diferentes áreas, interpretações de incontáveis papéis, leituras e mais leituras de capítulos e mais capítulos que pareciam não ter fim. Esse tempo parecia não ter fim! Sequer teve começo. Nele, tive muitos professores, mestres da interpretação, da cenografia, da coreografia, das imagens fotográficas e cinematográficas, diretores experientes, tudo orientado e escrito pelo único autor da vida: Deus!

Nesse tempo de pré-estréia, muitos estavam lá: grandes autores como Ivani Ribeiro, Janete Clair, Dias Gomes, tantos outros, também atores fantásticos e seus inesquecíveis personagens, todos lá, junto comigo, reaprendendo novos papéis que em breve iríamos todos interpretar. Tudo era deslumbrante e o enredo, espetacular.

Os últimos nove meses foram realmente extenuantes, mas meu personagem estava pronto para entrar em cena.

A grande estréia estava marcada. Seria no dia do meu nascimento!

Na última reunião, fizemos a checagem geral, leitura final dos papéis – que naquele momento já eram calhamaços de textos – tudo pronto e amarrado, aguardando apenas a minha assinatura no contrato; aguardando apenas as minhas respostas:

Eu realmente estava preparado? Queria mesmo participar da novela? Estava de acordo com tudo que havia estudado? O tema era adequado? Os personagens que encontraria naquela jornada atendiam às expectativas do meu papel? Afinal, encontros e reencontros seriam vividos ao longo de uma vida inteira.

Era isso o que eu realmente queria?

Estava bem claro que o meu papel teria altos e baixos, pontos gloriosos que me levariam ao sucesso, e também muitas dificuldades a superar. Ainda era tempo de desistir. Mas eu estava confiante, estudara muito, praticara bastante e tinha todo o decorado. Com certeza me sairia bem nessa empreitada.
Ainda tive a oportunidade de saber tudo o que aconteceria do primeiro ao último capítulo. E decidi:

Sim, aceito o papel!

Foi, então, que nasci; minha estreia, minha primeira cena no primeiro capítulo na novela da vida.
Em 10 de março de 1955 dei por mim, sozinho num imenso palco, sem , sem ninguém ao lado que reconhecesse, sem lembranças... Essas regras também estavam no contrato. Nas letras miúdas que diziam: Ao nascer, tudo será esquecido.

E agora?

Ao nascer, entramos num determinado capítulo da novela de Deus que vem sendo rodada desde o princípio e que nos reserva um único papel para o qual tanto estudamos. Mas na condição sine qua non de não ter lembrança alguma de tudo que aprendemos. Tudo está apagado das nossas mentes para que tudo permaneça gravado apenas em nossos corações.

Coisas de Deus!

Nascemos com um Projeto de Vida a ser interpretado nessa novela. Mas ao entrarmos na cena física, ficamos privados da memória anterior, cegos para todas as imagens que conhecíamos. Todo conhecimento desse grande Projeto sobrevive silencioso apenas em nossos corações, pronto para ser recordado a cada cena vivida e, justamente por isso, temos de seguir de acordo com o que trazemos gravado. Somente assim, conseguiremos seguir adiante, interpretar nosso papel, fazer nosso personagem acontecer!

Certamente, muitos desempenharão seu papel igualzinho ao roteiro, terão sucesso, superarão adversidades inerentes ao papel, se tornarão atores de renome, até mesmo internacionalmente, levando o personagem a muitos lares e fazendo com que muitas pessoas sigam seu bom exemplo.

Outros tantos não conseguirão sequer lembrar que têm um papel a interpretar, seu próprio papel. Não convencerão seus pares, se tornarão simples coadjuvantes ou até mesmo sairão logo de cena. Esses serão os esquecidos pelo tempo! E por não conseguirem seguir as lembranças de seus corações, farão o papel dos outros, trocarão suas cenas, vão meter os pés pelas mãos e acabarão brigando com o autor simplesmente porque não entenderam nada!

Saibam que só existe uma maneira de interpretar nosso papel: seguir nosso coração, orientar-nos pela intuição, pelo Eu Interior, rumar pela nossa própria cabeça, trilhar pelo caminho do bem e sempre buscar meios adequados para cumprir com absoluto sucesso nosso papel na novela da vida, que nos marcará para sempre por toda a eternidade!

Portanto, lembrem-se logo qual é o seu papel e interprete-o com o seu melhor, em toda a sua perfeição!

É certo que muitos acreditam na vida além da vida. Outros tantos, que também são muitos, duvidam. Para os que crêem será fácil entender. Para os descrentes, que se abriguem sob a lógica da ciência ou do que preferirem, não importa. Aqui, crer ou não crer não é a questão, pois a resposta é a mesma para todos:

Compreender, aceitar e desempenhar nosso papel na vida, pois somente nós somos capazes de interpretá-lo.


Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Jaime Benedetti   
Jaime Benedetti é uma pessoa comum como você e esta foi a maneira que ele encontrou de falar a todo mundo daquilo que considera muito importante. A Vida! www.jaimebenedetti.com.br
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