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Acredite no Amor

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Autor Gilberto Cabeggi

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 12/12/2008 6:23:05 PM


Um sábio chamado Jonas Pahnu passeava pelo mosteiro com Daniel, seu discípulo. Falavam sobre a beleza do Jardim da Paz Celestial, um recanto nas montanhas, destinado ao aprimoramento de aprendizes em um nível mais elevado. De repente, Jonas propôs ao discípulo levá-lo ao tão cobiçado jardim.
- Mas, Mestre, será que eu já estou preparado? - argumentou Daniel.
- Não... Creio que não!
- Então, vamos para lá - concluiu o mestre. E se puseram a caminho.

Chegando às portas do jardim, Jonas comunicou ao discípulo que haveria uma condição, para que ele pudesse entrar ali.

- Eu aceito qualquer condição, para poder conhecer as belezas que se escondem aí dentro! – disse Daniel, apontando para a cerca viva que marcava os limites do jardim. E, surpreso, o discípulo viu seu mestre passar uma venda sobre seus olhos, que o lançou na mais completa escuridão.

- Agora podemos ir... - disse Jonas, apoiando o braço no ombro do discípulo e começando a guiá-lo em direção ao portão.

Durante todo o trajeto, Daniel caminhava calado, remoendo-se por finalmente estar no interior do Jardim da Paz Celestial - um privilégio para poucos escolhidos - porém na mais absoluta impossibilidade de admirar suas belezas. Não se conformava com sua má sorte, não compreendia o porquê de o mestre ter-lhe pregado essa peça. Teria cometido algum deslize, para que seu tutor o punisse não permitindo que ele visse o jardim? O que diria aos seus companheiros, quando lhe perguntassem sobre essa sua aventura? Angustiado e trôpego, acompanhava Jonas, perdido na sua escuridão, envolto nos sentimentos mais estranhos e inadequados a qualquer dos aprendizes no mosteiro.

Já próximos de sair do jardim, pararam. O mestre finalmente removeu a venda do discípulo, permitindo que ele visse a luz. E o que Daniel viu foi de tanta beleza que com palavras ele jamais pôde explicá-lo a quem quer que fosse. Então, disse-lhe o mestre: Agora vá para um retiro, isole-se por dois dias e pense sobre tudo o que viveu hoje... E assim Daniel o fez.

Dois dias depois, Jonas e Daniel voltaram a se encontrar. E em meio à conversa que tiveram, o mestre perguntou ao discípulo: - Por que você mesmo não retirou a venda, quando ainda estava no interior do jardim?

Daniel, espantado, argumentou: - Mas, Mestre, essa era a condição para eu entrar no jardim... Que eu estivesse vendado!
- Sim, mas você acredita no meu amor por você? - perguntou Jonas.
- É claro que sim, Mestre! - Daniel respondeu atônito, à pergunta.

- Então, por que acha que eu o levaria até o Jardim da Paz Celestial, se não fosse para que você pudesse apreciá-lo?
- Mestre, eu pensei que...

- O que você pensou foi fruto de sua frustração... Por isso cedeu aos seus próprios condicionamentos. E deixou de confiar no amor que existe entre nós  concluiu Jonas, com a voz carregada de ternura.
Daniel abaixou a cabeça, envergonhado. O mestre tinha razão!

- Toda beleza que o Criador coloca no mundo é para ser admirada e vivida com deleite por Seus filhos - continuou Jonas. Essa é a maior manifestação de Seu amor por nós! A nós bastaria confiar e nos entregar a esse amor... Mas o homem coloca - ou deixa que lhe coloquem - uma venda sobre os olhos, a venda do orgulho e do egoísmo, de maneira que permanece boa parte de sua vida na escuridão. E na maioria das vezes, apenas se livra dessa venda quando está preste a sair do jardim... Um grande desperdício, se levarmos em conta as belezas que deixa de viver em sua vida! Principalmente se lembrarmos que tirar a venda é uma decisão unicamente do próprio homem. É ele quem determina o momento de tirá-la, ou se a usa ou não!

- Então, Mestre, quer dizer que eu poderia ter tirado a venda a qualquer momento que quisesse? - perguntou Daniel, tentando consolar a si próprio.

- Sim, Daniel... Se você tivesse acreditado, confiado, no amor que nos une. Porém, agora o mais importante é assimilar o que essa lição lhe pode ensinar: A escuridão em que você mergulhou é a escuridão da alma, também chamada de egoísmo - procure lembrar dos pensamentos e sentimentos que teve enquanto esteve vendado e você entenderá... Já a luz, que lhe proporcionou a maravilhosa visão do Jardim da Paz Celestial após a venda ter sido retirada, simboliza a plenitude da vida, também conhecida como amor: uma dádiva de Deus, para fazer frente ao egoísmo em que o homem incorre quando em vida neste mundo.

O jardim sempre esteve ali, belo como sempre foi, porém você só pôde vê-lo quando recebeu a luz que tornou tudo visível a seus olhos... E isso simboliza uma verdade absoluta: quando cegos pelo egoísmo, deixamos de enxergar os verdadeiros valores da vida.
Deixamos de amar verdadeiramente, quando o egoísmo toma conta de nosso Coração.
 
Gilberto Cabeggi é escritor, autor do livro
“Todo Dia É Dia de Ser Feliz”, pela Editora Gente.

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