ALMA DE ARTISTA
Atualizado dia 7/11/2009 2:45:18 PM em Espiritualidadepor Silvana Giudice
OBRA DE REYNALDO GIUDICE - "A SOPA DOS POBRES"
Todos nós, de uma maneira ou de outra, temos capacidade inata de nos expressarmos com criatividade.
Fui criada no meio das artes. Meu tataravô pintava quadros, bem como meu bisavô, meu avô e meu pai, que vinha completar a quarta geração de pintores, todos argentinos, exceto meu pai que nasceu no Brasil.
Meu pai, realmente sempre foi uma pessoa diferente, especial...
Muitas vezes, quando criança ficava observando-o pintar. Ele se desligava do mundo. Parece que viajava em fração de segundos para algum lugar distante, em que lhe “ditavam” as próximas pinceladas.
Seu olhar era distante, vago, mas absorto do mais profundo prazer em dar vida, luz e cor a sua obra.
Eu sempre o admirei. Não só pela sua “alma de artista”, mas por algo que emanava muito além de sua presença física.
Nunca em nenhum momento de minha vida, ouvi meu pai julgar ou fazer uma crítica a alguém. Muito menos o vi falar um único palavrão, ou erguer a voz contra alguém.
Meu pai jamais levantou um dedo sequer para mim, nem para o meu irmão, mesmo nas nossas mais irritantes traquinagens.
Sua calma e paciência sempre foram um traço característico de sua personalidade. Uma pessoa admirada pelo seu indiscutível talento, mas também por sua placidez.
Quantas vezes não desejei ter a sua calma, o seu equilíbrio!
Não desenho, nem pinto uma simples casinha, embora reconheça que tenho outras aptidões. Mas, gostaria de ter herdado a sua candura e o seu natural equilíbrio.
A arte o acompanhou e dela ele fez a sua religião, o seu legado, a sua história e a sua reflexão de vida.
Perfeccionista, sempre aprimorou os seus conhecimentos. Crítico, apenas de si mesmo, muitas vezes foi incompreendido por sua total ausência de ambição.
A vida para o meu pai, sempre pareceu estar boa do jeito que estava. Eu o sentia fluir com os acontecimentos, como um pássaro voa no espaço, livre e natural, sem questionar o “porquê” de ter asas e voar...
Hoje meu pai está com 79 anos de idade e muito doente, embora concretamente não tenha um problema físico. Deprimido, ele passa os dias chorando, mais distante ainda de tudo, do que no tempo em que pintava.
A sensibilidade de um artista é mesmo diferente!
O mundo talvez não o compreenda, mas ele também não compreende o mundo. Para quem tem “alma de artista” é difícil entender aqueles que passam uma vida acumulando riquezas, status ou reconhecimento público, porque seu espírito vai muito além do que se ouve, do que se vê e dos pobres desejos terrenos.
Meu bisavô Eduardo Giudice foi professor de pintura de um dos filhos do escritor "Euclydes da Cunha", em São José do Rio Pardo, e presenciou toda a tragédia vivida por aquela família. A cidade muitas vezes lhe prestou homenagens na "SEMANA EUCLYDIANA".
Pesquisando na internet "ao acaso" encontrei um site de "Grandes pintores da História da Argentina" em que consta entre vários e famosos pintores o nome do meu tataravô e a ilustração de algumas de suas obras. No museu de Belas Artes da Argentina, em Mar del Plata existe um, que escolhi para ilustrar este artigo e homenageá-lo por sua tématica ...singular! " A sopa dos pobres"...
Silvana Giudice
Terapeuta Metafísica
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Tel.(011) 3586-8885 e 9590-0515
São Paulo- SP.
Texto revisado por: Cris
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