Aniversários
Atualizado dia 1/24/2013 8:24:46 AM em Espiritualidadepor Verônica Dutenkefer
Todos sabemos que o tempo cronológico quase sempre não se sincroniza com o tempo psicológico. Podemos ser jovens e nos sentirmos velhos e vice-versa. E hoje eu aprendi que só nascemos e renascemos verdadeiramente, quando deixamos de ser ou ter algo. Quando deixamos para trás alguma bagagem que já não nos serve mais. E essa sensação nem sempre combina com a data cronológica.
"A ave nasce do ovo. O ovo é um mundo. Quem quiser nascer, tem de destruir um mundo". (Herman Hesse).
Há poucos dias, conversando com uma amiga querida que também fará a mesma idade que eu nesse ano, eu disse que não trocava a minha idade atual, por nenhuma outra da minha vida. Felizmente é essa sensação que trago em mim neste ano.
Recordo que quando eu tinha 22 anos (exatamente a metade da idade que alcanço hoje) meus alunos costumavam me atribuir uma idade bem maior e hoje acontece ao contrário. Isso porque eu realmente era velha aos 22 anos. Eu carregava ainda uma bagagem enorme de mágoas, tristezas e frustrações e acreditava piamente que era tarde demais para eu viver certas coisas e ser feliz. Olha que absurdo, não é? Mas quantas vezes ao longo da vida trazemos estas sensações?
Mas, felizmente, a vida e o tempo trazem a sabedoria de que tudo é passageiro. Se a felicidade tem fim, a infelicidade também. Se o amor tem fim, a dor também. Todos nós somos alunos frequentando o mesmo colégio. Alguns se encontram nos estágios iniciais, outros já são doutorados e alguns já se formaram e partiram para uma outra escola.
E tentar nos lembrar dessa lição nos momentos angustiantes podem salvar nossas vidas e nos rejuvenescer.
Assisti um documentário sobre símbolos (e sou fascinada pelos estudo deles) que quando assopramos a vela em cima do bolo de aniversário, cada vela que se apaga são os anos e dias que já se passaram e não voltam mais.
Então, façamos aniversário todos os dias. Não no sentido de envelhecermos, mas sim, de nos tornarmos cada vez mais conscientes e, mais rapidamente, tornarmo-nos puro Amor, como essa frase belíssima diz e com ela encerro esse texto: "Quando se atinge um alto nível de consciência, todas as pessoas passam a ter um único nome. Este nome é Amor". (John- Roger)
24/01/2013
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