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As lições do Bambu

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Autor Selma Pugliesi

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 31/03/2009 20:11:21


A ancestralidade da cultura oriental nos ensina que somos parte da natureza, estamos unos com ela, não dissociados. Nosso processo de evolução é tão natural quanto uma semente, que contém todo um potencial de desenvolvimento. A planta, assim como a natureza humana é feita de ciclos. Do nascer ao morrer, todo esse processo de desenvolvimento está em nós, assim como está em qualquer fenômeno natural. Frente aos problemas, procuramos as respostas em Freud e nas suas teorias enquanto os chineses procuram suas respostas na natureza, no Bambu, ou na Árvore, ou na Água, ou nos Ventos, no Fogo...e assim contemplam esses fenômenos, traçando um paralelo com a vida humana, aprendendo as lições que a natureza ensina na sua simplicidade: o que são em essência e o que poderão vir a ser frente a sua potencialidade. Para um primeiro contato com essa forma de ver o mundo, apresento aqui as lições do Bambu. Hoje muito usado como planta ornamental, o Bambu, simples planta, nos ensina como viver de forma harmoniosa e equilibrada. A vida do Bambu, como ele nasce, se desenvolve e morre são processos pelos quais nós, humanos, também vivenciamos, porém, porque o Bambu respeita a sua naturalidade, é possível observarmos em seu processo de desenvolvimento a arte do equilíbrio, da serenidade, da flexibilidade perante as adversidades, à tolerância, a paciência...enfim...muitas qualidades que estamos buscando para o nosso desenvolvimento pessoal e espiritual, estão contidas aqui, no Bambu. 1o. Ensinamento: Tudo começa pela semente. Inclusive nós (um dia fomos sementes...). A semente do Bambu não é vista e, depois de colocada no solo, demora muito tempo para apresentar sinais externos de que vai vingar. No início a semente se transforma num bulbo e depois de algum tempo surge um pequeno broto. Esse broto permanece inalterado sob o solo por um longo período. Passam-se anos...e nada acontece. Há espécies que demoram 100 anos para dar a primeira florada! Todo o desenvolvimento do Bambu acontece embaixo da terra e ninguém vê. Durante um longo período as raízes se aprofundam e se espalham pela terra, palmo a palmo, em silêncio. Somente depois que as raízes continuam a construir uma rede compacta de ramificações, ao longo de cinco anos de incessante trabalho, é que o broto começa a se projetar para fora da superfície. Aí, em pouco tempo, o bambu cresce vertiginosamente, atingindo a altura de 25 metros! Esse crescimento é tão rápido que é visível, dia-a-dia. Observei um bambu neste processo, em um vaso no meu jardim e a cada dia ele ficava maior, a olhos vistos! Era impressionante. Como podemos perceber, o TEMPO, é o seu instrumento e seu campo de ação. Se fizermos um paralelo entre a nossa vivência e a "vivência" do Bambu, diríamos a nós mesmos: Como anda o NOSSO TEMPO? Temos tempo? Nos damos tempo? Qual a qualidade do TEMPO na sociedade que diz "tudo para ontem"!? Por que esse TEMPO é necessário? Porque embora pareça que nada está acontecendo, está acontecendo tudo!! É lá escondidinho que o Bambu está se fortalecendo para quando vir à superfície, nada possa derrubá-lo. O progresso é lento, mas sólido. Portanto, o que podemos aprender aqui é ter paciência, não desistir, perseverar, nutrir e cuidar, pois o nosso quinto ano chegará e, com ele, as mudanças e o crescimento jamais esperado! 2o. Alguns tipos de Bambu morrem depois da primeira florada: É no fim da vida que ele realiza a função mais importante da sua existência. Lembremos que quanto mais rápido cresce uma planta, menor sua estabildade. São fáceis de arrancar e qualquer vento a desestabiliza. Isso acontece porque não houve tempo para uma estruturação interna, para um enraizamento que dê segurança. Em nossa vida, agir impetuosamente é como construir as bases em solo de areia...a pressa em fazer as coisas, resolver tudo a qualquer custo, fragiliza as bases e corremos o risco de por tudo a perder. Enquanto que os orientais mantém o foco no processo, nós mantemos o foco nos resultados...grande engano...pois são resultados efêmeros, sem solidez e se desmancham ao vento, muito rápido. 3o. Santa Paciência...dizem que a paciência é a filha da confiança. Se você confia, fica tranquilo e sabe que seu momento vai chegar. A Lei da impermanência. Nada fica como está o tempo todo. Tudo muda o tempo todo. Conhecendo os ciclos da natureza, conhecemos todos os outros processos, pois tudo flui na naturalidade, na eterna dança das mutações, do nascer, crescer e morrer e começa tudo de novo...se não confiamos nesta lei, tudo o que conseguimos é medo e angústia. No I CHING, Confúncio comenta: "Que necessidade tem a natureza de pensamentos e preocupações? Na natureza todas as coisas retornam à origem e se distribuem pelos diferentes caminhos. A Natureza segue pelo caminho mais sábio em todas as situações, como uma dança coordenada e sincrônica, onde todas as coisas estão interligadas numa lógica cósmica.
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