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Casos de desobsessão - Não deixe toda a responsabilidade nas mãos de apenas uma pessoa.

Atualizado dia 2/19/2010 4:22:12 PM em Espiritualidade
por Aurora de Luz


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Trabalhei por alguns anos em um Centro Espírita Kardecista como médium de desobsessão e um dos casos que nós atendemos que me chamou a atenção foi a de um espírito recém-desencarnado por acidente automobilístico. Era um caminhoneiro, estava bastante machucado, e desconhecia completamente o seu desencarne. Ele achava que estava em um Pronto Socorro Público, pois havia uma multidão de espíritos esperando serem atendidos. Insistia que podia ser transferido para um hospital particular, pois possuía convênio. Após todos os procedimentos de praxe que fazem parte da doutrina espírita para o caso, o caminhoneiro tomado pelo desespero não conseguia aceitar a sua desencarnação. E isso não se dava por nenhum outro motivo senão por preocupação com sua esposa e filhos que deixava. Sua preocupação era nada mais nada menos de como é que sua família iria se sustentar se ele era o único provedor financeiro da casa. Desesperava-se com isso.

A situação era irreversível, uma vez desencarnado não há como voltar ao corpo. Como agiu a espiritualidade mentora da casa?
Com bondade, porém, com firmeza decidida “Diante da irreversibilidade da situação não há outra maneira senão conformar-se e seguir seu caminho para Deus. Seu caminho e o de sua família separam-se momentaneamente. Cabe a cada um seguir seu caminho da melhor forma possível e esperar por um futuro reencontro se esta for à vontade do Pai. Não cai uma folha se não for pela vontade Dele. Tudo tem um motivo de ser, se sua família e você têm que passar por isso, assim será. Não é sábio deixar todo o sustento de uma família na mão de apenas uma pessoa, assim como também não o é deixar todo o conhecimento de qualquer coisa que seja nas mãos de apenas um”.

Estava se referindo a casos de líderes de projetos de caridade que também foram atendidos que desencarnaram repentinamente e seus projetos morreram com eles por nunca terem preparado ninguém para os substituir. O desespero dessas pobres almas atendidas por nós era doloroso, pois em um dos casos várias crianças acabaram nas ruas, pois tudo ficava por conta de apenas uma pessoa e as outras, por motivos diversos, nunca se interessaram em aprender e tomar parte da responsabilidade para si. A vida ensina, de uma forma ou outra, pela dor ou pelo amor. Então, reaja e faça-o pelo amor, antes que a vida o traga à ação pela dor. 


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