Como podia me sentir vivo se sabia que tinha morrido?
Atualizado dia 24/10/2021 00:06:01 em Espiritualidadepor Íris Regina Fernandes Poffo
Depois que fazem a passagem para o plano espiritual, muitos se recusam a aceitar que tenham desencarnado, por maior que seja a assistência dos seres de luz, amparadores, mentores, e socorristas especializados neste assunto. Há quem espera dormir o sono eterno na escuridão, e há quem espera encontrar conforto e nobreza, e fica desiludido quando percebe que nem tudo será como havia imaginado. Estas pessoas não se conformam, acreditam que foram enganadas, algumas mostram-se muito indignadas. Inclusive, se recusam a conversar com seus entes queridos, já falecidos, que vieram lhe saudar no retorno ao plano espiritual, dizendo ter pavor de fantasmas.
Nos trabalhos assistenciais às pessoas que deixaram o corpo físico, realizados em algumas Casas Espíritas, estes casos são muito comuns. Os diálogos ocorrem entre dois médiuns: um médium fica a disposição para ser o porta voz destas pessoas, trazidas pelos amparadores, e outro traz esclarecimentos, com base no bom senso e na razão. O Livro Diálogos Assistenciais (1), traz vários relatos sobre estes episódios.
Certa vez, conversamos com uma mulher que não entendia, como é que podia se sentir viva, se sabia que tinha sido enterrada. Estava revoltada. Dizia que isso não fazia sentido, pois a morte era o fim de tudo.
Com muita delicadeza, a médium que dialogava com ela, explicou que a morte é o fim da vida do corpo físico. E que nós não somos apenas de carne e osso. Somos espíritos também. E o espirito é imortal.
Outra ocasião, os mentores trouxeram um homem, que demonstrava uma postura muito esnobe. Era vaidoso, soberbo, dizia que estava acontecendo um grande equívoco. Era uma pessoa muito importante e respeitada, na cidade onde vivia. Contou que fez generosas obras de caridade, e que todos sabiam que era um bom homem. Portanto, deveria receber um tratamento mais digno. Pois é! No plano espiritual as mentiras desaparecem. Ele fez o bem sim, não por amor ao aproximo, mas para alimentar seu ego, e conseguir mais popularidade.
Este caso nos lembrou a Parábola do Mau Rico, que está no Evangelho de Lucas (XVI: 19 a 31), e também no Evangelho Segundo o Espiritismo (Capitulo XVI - Item 5). Conta que um homem rico se queixava ao Pai Abrão, pois não se conformava com o sofrimento no qual se encontrava, depois de ter morrido, enquanto que um homem pobre, que sempre mendigava perto de sua casa, estava em melhores condições que ele.
Concluindo, a continuidade da vida além da vida, não é apenas uma crença. É um fato. Os livros sagrados, de antigas filosofias e religiões do oriente abordam isso. E todas ensinam a importância de viver com humildade, praticar a compaixão e a caridade, e nos libertar dos males que estão dentro de nós, como o orgulho, o egoísmo, a teimosia, os remorsos e as raivas, entre outros. Compreender isto é tão essencial como o ar que respiramos. E, terminamos com uma frase atribuída a Jesus: "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Evangelho de João 8:32).
(1) Diálogos Assistenciais. Dicas e orientações para esclarecimentos de assistidos desencarnados na Casa Espírita. Editora Amiga. SP/SP, 2020. Iris R. F. Poffo e Mentores dos Trabalhos Espirituais
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected], | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |