Cultos afro-brasileiros e aspectos do cotidiano
Atualizado dia 30/11/2009 20:31:54 em Espiritualidadepor Sarah Maria
Muitas pessoas que procuram os cultos afro-brasileiros estão em estado de depressão, sem esperança na vida. Sofreram perdas, perseguições. Buscam a cura do corpo e da alma.
Através dos rituais, das oferendas para cada orixá conseguem internalizar aspectos positivos. Como a justiça de Xangô, a cura da mente da Senhora Rainha das águas Yemanjá. Já que ela é dona dos pensamentos.
As chamadas limpezas são atos mágicos que simbolizam a expulsão dos objetos maus. As energias negativas, as raivas, as dores acumuladas durante o ano.
Os orixás não são espíritos desencarnados. São deuses e podemos compará-lo aos deuses gregos e egípcios. Orixás são potências de LUZ emanadas de Deus. Cada orixá possui seu simbolismo e domínio sobre o psicológico através das forças da natureza. É a força cósmica Universal atuando através de rituais, e toda uma simbologia muito elaborada e mágica.
É uma responsabilidade estar à frente de uma Casa de Religião. Onde diariamente pessoas aflitas, com queixas diversas buscam auxílio. Muitas chegam desestabilizadas, já trilharam muitos caminhos.... Por isso, é preciso ter cuidado onde buscar proteção e ajuda espiritual. A sinceridade e dedicação do sacerdote são fundamentais. A sinceridade de Elaine de Ogum, de Esteio rs, quando fala a respeito da Pomba Gira.
"O médium que recebe uma destas entidades não precisa beber e namorar Sete homens ao mesmo tempo".
Com certeza, é preciso separar a fantasia da realidade. Este é o segredo de um bom trabalho espiritual. Não utilizar mecanismo de fantasias, desmitificar os mitos.
O Orixá é luz, energia. Mas os atos e atitudes são responsabilidades do indivíduo, como exemplifica Elaine em muitos de seus ensinamentos.
O arquétipo do inconsciente coletivo representado pelo Exu Zé Pelintra é o próprio malandro brasileiro. Malandro mas com bom coração. É muito fácil reconhecer na literatura ou no cotidiano das ruas a figura de Zé Pelintra.
É importante entender a magia, desmitificar os preconceitos. Respeitar o sistema de crenças individuais de cada pessoa.
A compreensão do arquétipo religioso, do conjunto de características de cada Orixá e sua atuação na vida da pessoa. Torna-nos capazes de lidar com a luz e a sombra existente em cada indivíduo. Traz um pouco mais de compreensão do Universo, de nossa transitoriedade. As dores e os medos também fazem parte da caminhada.
Precisamos viver o momento presente. Olhar as pessoas despidas de conceitos pré estabelecidos. Aprender a utilizar a sabedoria dos Orixás no cotidiano.
Pois a felicidade está em usufruir aquilo que a vida nos proporciona aqui e agora. Nascemos e renascemos nesta vida. Tal como o mito de Fênix: o renascer das cinzas.
E o fim do mundo??? Os apocalipses são individuais. De quantos apocalipses sobrevivemos. E voltamos mais fortalecidos.
A Umbanda e as religiões afros captam muito bem as dores da alma. A espiritualidade é aliviar medos, angústias. Atrair positividade. Assim, o viver torna-se mais leve e feliz. Menos depressivo, angustiante. É preciso compartilhar a alegria do momento presente. Concretizar sonhos. Pois estão internalizados dentro de nós.
É preciso amor para poder pulsar.
É preciso paz para sorrir
É preciso chuva para florir.
Almir Sater
Texto revisado
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