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Curso Gratuito de Ética Parte X

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Autor Monika Alves de Almeida Picanço

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 15/05/2013 06:16:28


 CONTINUAÇÃO...

Curso Gratuito de Ética Parte X

            1.3.2. O desrespeito aos valores culturais, éticos e morais pelos meios de comunicação de massa

É inegável e notória a influência exercida pelos meios de comunicação social, especialmente a televisão, na formação estética e ética da população.

A Carta Magna garante, em seu artigo 5º, inciso IX: "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença". Sem intenção de fazer apologia à volta da censura, questionamos: na ausência dessa, não deveria ser pautado em valores éticos e morais o limite para o que se transmite nos veículos de comunicação de massa, especialmente na TV?

  Em setembro de 2003, a ética foi o principal tema de discussão na Imprensa escrita e programas jornalísticos televisivos. O debate em torno do papel da mídia, seus limites e suas obrigações foi motivado pela exibição de uma matéria do jornalista Wagner Maffezoli com dois supostos integrantes da facção criminosa paulista PCC, no programa Domingo Legal, do SBT, onde dirigiam ameaças de morte a personalidades públicas, como, por exemplo, ao vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, ao apresentador de TV, José Luiz Datena, e ao Padre Marcelo.

De acordo com a jornalista Leila Cordeiro, "o programa e a emissora não respeitaram a boa ética do jornalismo[1], por terem aberto espaço numa rede nacional de TV para que dois marginais fizessem ameaças a cidadãos". A jornalista aponta que a reportagem não poderia ser veiculada sem que os ameaçados soubessem, previamente, que corriam perigo. "Nesse caso, houve aí quase uma cumplicidade da emissora", diz Leila. Segundo a jornalista, dizem as boas regras do jornalismo que não se deve dar espaço para bandidos em reportagens. "Os advogados é que devem falar por eles", afirmou, em entrevista ao Jornal Laboratório Online do Curso de Comunicação Social do UNI-BH.[2]

 Para o repórter e editor Cláudio Lessa, "o que aconteceu reflete bem (...) a mediocrização educacional do país, reflexo direto das políticas sociais e econômicas implantadas pelos diversos grupos que chegam ao poder (o atual, inclusive) só pelo prazer de chegar ao poder".  De acordo com Lessa, no meio de tudo isso, fica o público telespectador brasileiro, "forçado a engolir grosserias de todos os tipos, desde o pretensamente humorístico Casseta & Planeta até os sensacionalistas espremeu-sai-sangue dos fins de tarde na TV", completa o jornalista.[3]

 A ausência de aparatos de controle de possíveis abusos da mídia, com regulamentação de seus critérios e limites contribui para a disseminação de reportagens que ferem a ética do jornalismo. De acordo com Alberto Dines, a regulamentação mais importante, hoje, é "a das emissoras de TV", com o intuito de monitorarem suas próprias programações. "A baixaria da programação só pode ser neutralizada através da adoção de um Código de Responsabilidade Social, adotado pelas entidades que congregam as empresas de radiodifusão. Abusos como aquele do SBT no Domingo Legal de 7 de setembro (Dia da Pátria) só acontecem porque as emissoras estão desligadas de seus compromissos públicos", afirma Dines, em "Auto-regulamentação - O Conar nasceu: enfim!".[4]

Determina a Constituição Federal, em seu artigo 221: "a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I-preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; (...)

IV-respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família."

Cita, ainda, em seu artigo 220, parágrafo 3º, inciso II: "compete à lei federal estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no artigo 221".

CONTINUA...
 


 

[1]Nota: vide Código de ética do Jornalista, em "anexos".

              [2]Reportagem do SBT fere a Ética Jornalística.www.jornalexpress.com.br/ noticias/detalhes.php?id_jornal=8185&id_noticia=244. Acesso em 15/03/2004.

              [3]Reportagem do SBT fere a Ética Jornalística.www.jornalexpress.com.br/ noticias/detalhes.php?id_jornal=8185&id_noticia=244. Acesso em 15/03/2004.

            [4] idem.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Monika Alves de Almeida Picanço   
Teóloga, jornalista, radialista, professora. Pós-graduada em Filosofia. Licencianda em Letras. Palestrante. Cantora e compositora. Mestranda em Teologia Histórica e em Ciências Sociais da Religião. Autora dos livros Redescobrindo o Ser Ético: http://migre.me/exvRM Reflexões Teológicas Vol. 1: http://migre.me/exw2i Contatos: [email protected]
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