Dicas espirituais e práticas para estabelecer parcerias comerciais
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Autor Alex Possato
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 6/12/2013 5:50:59 PM

Estou num momento onde tudo o que eu faço deve fluir, dar prazer. Não dor ou sofrimento. Desta forma, uma ex-parceira num projeto comercial se despediu da nossa relação. E eu? Bem... eu... concordei absolutamente com ela! Já estava sentindo isso desde que começamos o projeto. Entrava obrigação, sentimentos distorcidos, forçar a barra...
Na realidade, o projeto começou distorcido, influenciado por uma outra relação que eu tinha e que também já estava encerrada. É a tal história do triângulo amoroso, pelo menos energeticamente falando. Nunca dá certo. Estou aprendendo, devagar, devagar, que uma parceria se estabelece com um sorriso no rosto. Um sorriso verdadeiro. A alma sorri. Pode nem dar certo, financeiramente ou em termos de alcance de público. Mas a alma sorriu: este ganho eu tenho! E para que haja isso, é fundamental duas coisas:
1 – a motivação, o sorriso no rosto, a leveza da pessoa que é o dono do projeto;
2 – a boa vontade, abertura verdadeira, vontade de ver o parceiro brilhar, no outro lado.
E vou ser sincero: estabeleci esta relação comercial com um sentido de obrigação. Ter que fazer... Por que foi assim? Não tenho argumentos lógicos para explicar. Mas tenho argumentos sistêmicos: havia, da minha parte, uma “necessidade distorcida de ajudar” o parceiro. E trabalhando com constelação sistêmica, bem sei que “necessidade de ajudar” significa “sacanagem”. Eu sou melhor que você! Vou te ajudar, viu, coitadinho!!! E depois vou cobrar o outro, para que ele reconheça como sou grandioso. Isso me lembra os jogos psicológicos que o Dr. Eric Berne estabeleceu: a vítima; o salvador e o perseguidor. O salvador necessita de alguém que se coloca no papel de ser ajudado, a vítima. E a vítima necessita do salvador ou do perseguidor, para fazer valer a verdade inconsciente dentro dela, de que ela sofre por culpa de algo externo. Logo, em algum momento, a vítima vira acusador, e daí para perseguidor, é um pulinho... Muitas vezes fazemos todos os papéis, em situações diferentes. Comercialmente falando, quando entramos num jogo destes, não dá para dar certo a parceria.
Como fazer uma boa parceria?
Bem... eu, mesmo sabendo de tudo isso, entrei na parceria. Felizmente, saímos antes de que mágoas maiores acontecessem. O episódio derradeiro foi um estouro emocional que tive, quando recebi um email seco, onde me senti cobrado. Não ofendi, nem nada, mas fiquei incomodado com determinada postura. Sempre que perdemos a razão emocional, a responsabilidade é pessoal, certo? Sei disso, e assumo totalmente a responsabilidade. Não é necessário desculpas, ou querer jogar panos quentes. Nada disso: um empreendedor não tem tempo nem necessidade de nhé-nhé-nhém. Simplesmente assumir.
E então pude perceber que estava transferindo uma mágoa antiga para este parceiro. Não tinha nada a ver com ele, embora sistemicamente, tudo tenha a ver. Quer dizer: nada ocorre por acaso. E então comecei a analisar tudo o que ocorreu antes, quando entrei logo de primeira com uma sensação estranha. Ao mesmo tempo, estou analisando outras parcerias e projetos que estão fluindo muito bem, e fiz uma comparação. Espero que estas dicas possam ajudá-lo a se perceber, em relação a uma parceria vencedora ou um grande aprendizado cármico:
1 – sinta dentro de si: existe medo e dúvida muito grande?
2 – você age pela carência? Quer dizer, está fazendo determinada ação porque precisa de dinheiro, e você não tem? Ou quer poder? Atenção? Se acha carente, pobre? É sério... seja sincero consigo. Você pode estar se achando pobre de alguma forma. Isso é uma distorção interna, já que você é um ser perfeito, feliz e próspero! Espere, até conseguir abrir um espaço em seu emocional onde se conectará com a prosperidade essencial, que há em você e no universo.
3 – o dono do projeto tem que estar se bancando. Motivado, com um “sim” estampado no rosto. Não compre ideias de pessoas que esperam que você alavanque o projeto. E vice-e-versa: se você não está se bancando, não se pendure em alguém: espere até sua auto-estima aumentar.
4 – parcerias precisam de ganhos e atitudes claras, límpidas. Ganhos são mensuráveis, dá pra medir!
5 – se existe desconforto emocional, tanto faz a origem, a relação pode ser mais uma lavação de roupa cármica, do que algo comercialmente viável. É fria, e mesmo que você e o outro tenham qualidades e habilidades maravilhosas, a tendência é ser bem dolorosa a relação, quanto mais tempo ela se prolongar. Pode ter ganhos financeiros ou outros, mas também terá muito desgaste para todos os envolvidos. Como diz meu mestre espiritual, carma não é castigo, mas lição. Uma vez aprendida a lição, vira a página!
6 – assim, aprenda a parar algo. Todos somos humanos, e estamos sujeitos a nos meter em enrascadas.Uma relação deve dar prazer, benefícios, trazer sorrisos. É pra isso que trabalhamos neste mundo. Se não há isso, pare antes das grandes brigas.
Aprendi, queridos, que a energia flui com suavidade e amorosidade. E nós, seres humanos, somos canais, às vezes mais abertos para a fluidez, às vezes cheios de obstáculos. Assim é a vida neste planeta. Enquanto não temos consciência, somos marionetes diante das energias, que nos empurram para negócios que trazem prejuízos, relações que desgastam, às vezes até a pessoas que nos puxam o tapete. Mas conforme ganhamos consciência, somos convidados a observar em nós o que está provocando os acontecimentos desagradáveis. E a deixar o padrão. Libertar a si e ao irmão do jogo do sofrimento. Essa é a maior bênção que podemos fazer por nós e pelo outro. É uma demonstração de amor. Deixe-o livre para seguir o seu caminho. E siga o seu caminho de luz. Nós dois merecemos isso! Por isso, gratidão aos parceiros que nos trouxeram tão grande aprendizado! São verdadeiros anjos, apontando o caminho para a compaixão! Namastê!
Alex Possato é professor de formação em constelação familiar sistêmica, terapeuta sistêmico, conduz o Curso Imagem Profissional e Sustentabilidade e Curso Carreira Solo, além de ser gestor da Casa Amor em Movimento
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Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |