Educando Crianças na Humildade
Atualizado dia 11/11/2008 20:38:40 em Espiritualidadepor Claudia Regina Passos
Nossos primeiros anos são vividos através de nossa mente perceptiva e através dela achamos que tudo é para nós, tudo é nosso e assim tudo é possível... Há gente que continua pensando assim a vida toda... Não é um aspecto fácil de trabalharmos e amadurecermos, mas extremamente necessário e, com certeza, desde o início, quando começamos a nos relacionar com o mundo e com as pessoas, esse aspecto já está presente podendo ser observado e encaminhado.
Quando buscamos a raiz do termo “onipotência” se vê a estreita relação que possui com “onisciência”, “onipresença”, aspectos relacionados ao divino, talvez do mundo que estejamos vindo.
Acho que o interessante aqui não é ficarmos alimentando uma possível dicotomia se somos divinos ou não, mas percebermos que a onipotência nos distancia - e muito - dos aspectos humanos mais comunicáveis (Wikipédia) como o amor e a sabedoria, tão fundamentais no nosso relacionar-se.
A criança precisa se sentir potente. É fundamental ela olhar em nossos olhos e ver que sua força é reconhecida; mas quando essa potencia vira onipotência e desconsidera o que e quem está ao redor, já não é mais producente para ninguém. Nesse caso a força da criança precisa ser orientada, educada, canalizada para uma ação positiva para todos e se nos relacionarmos de forma aberta com ela conseguiremos criar outro vetor para essa força, um caminho que esteja permeado pela criatividade e alegria, que são as experiências que a criança busca.
Essa forma de atuar aparece em muitos detalhes na vida infantil e humana em geral. Quando colocamos mais comida do que vamos comer em nossos pratos, quando queremos fazer muitas coisas ao mesmo tempo, nessa sede insaciável de consumo e assim por diante.
É importante reconhecer essa força no universo infantil para auxiliarmos na paz interna que queremos que o ser tenha. É magnífica a sensação de estar em paz com o que se tem e poder se concentrar para criar e se beneficiar da experiência.
A força que pondera essa onipotência é a humildade (poderíamos chamar este aspecto de outras formas também) e a construção dela na nossa mente depende da forma e com quem nos relacionamos. A humildade muitas vezes é vista de forma errônea como um aspecto “fraco” e nesse sentido é o contrário: fortalece o reconhecimento da própria essência, do potencial único, da força própria que traz a legítima realização.
As crianças precisam dos adultos para irem se tornando seres humildes, potentes na escolha da criação de seus autênticos desejos, considerando a relação e reconhecendo o mundo em que vieram atuar.
Salve as crianças!
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Claudia Regina Passos Psicopedagoga/ Psicomotricista/ Terapeuta Corporal. Atende em consultório particular, bebês, crianças e adultos, enfatizando o relacionar-se através da massoterapia oriental e atividades de reeducação do movimento/Assessora projetos sociais e particulares com ênfase em corpo e educação. Agente da Cultura de Paz E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |