Espiritualidade - experiência espiritual com nossa essência sutil - 2ª parte
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 17/04/2016 12:26:09
Nesta segunda parte do tema e na tentativa de encontrarmos resposta para a pergunta formulada anteriormente – como nossa experiência espiritual com a essência sutil irá nos inspirar, iniciamos por dizer que não estaremos diante de explanações concebidas de acordo com a lógica. Sendo assim, iremos refletir sobre o âmbito da pergunta, buscando em quais aspectos do nosso interior ela nos solicita estímulo.
Vamos então continuar a refletir?
Podemos entrar em contato com outra pessoa ao tocá-la, olhando-a, falando, ouvindo, e até mesmo com as vibrações da essência sutil de nossas emoções, sensações físicas e consciência.
Todos nós desejamos esse contato como manifestação intuitiva de Alma, nos tornando hábeis para o amor. Por amor, não nos referimos apenas ao expressado na intimidade de parceiros, mas a amorosa e afetuosa resposta, dinâmica do nosso coração para o mundo que nos rodeia.
Nas religiões do Ocidente, o Ser Maior Criador Deus é Amor. Nas tradições espirituais do Oriente, o amor é inerente à nossa essência espiritual sutil, a qual percebemos como sendo nosso próprio ser.
O amor faz parte da própria natureza da nossa essência sutil, e está de alguma forma, digamos, oculta e adormecida em nós. No entanto nossos desejos e esforços para amar nos expõem à separação com este núcleo autêntico da vida.
Com a motivação em revelar o melhor de nós mesmos, nossos relacionamentos se tornam caminhos espirituais; nos auxiliando a despertar a essência espiritual sutil da unidade em nós mesmos. Faz sentido?
Para muitas pessoas, a palavra ‘espiritual’ sugere um reino inacessível, e talvez até de improvável existência. No entanto, o espiritual se refere à nossa verdadeira natureza básica, submetido muitas vezes às fantasias, artifícios e restrições dos padrões de nossas personalidades os quais distorcem nossas experiências habituais.
Embora não podendo ser detectada pelo intervalo normal dos nossos cinco sentidos, nossa essência sutil se torna tangível ao nos sintonizarmos com ela. Mostra-se então como experiência real, expressando nossa qualidade integrada do ser, que se faz sentir no todo corpo-mente-Alma, sendo então discernida ao longo da vida. Quando percebemos a essência sutil de nós mesmos, nossos próprios sentidos tornam-se também mais sutis, revelando brilho e fluidez, que permeiam o mundo material.
A autotransformação mais radical que nos ocorre na sintonia da experiência espiritual com nossa essência sutil é que ao invés de experimentarmos como estando separados do nosso meio ambiente, despertamos para sentir que nosso próprio ser é contínuo com tudo ao nosso redor – somos todos parte do mesmo TODO!
O Livro de Urantia obra espiritual narrativa originada nos EUA (1924-1955) revelando os Mistérios de Deus, do Universo, de Mestre Jesus e da Humanidade nos esclarece: “A essência sutil da consciência espiritual genuína quando revelada, produz uma sublime confiança na generosidade de Deus, mesmo em face do desapontamento amargo ou da opressão das derrotas”. (101:3.6)
Estando talvez mais próximos da resposta à pergunta, como seria então o passo-a-passo do processo do despertar da experiência espiritual com nossa essência sutil?
É possível vivermos mais profundamente, mais intimamente em contato conosco mesmo e com o mundo ao nosso redor, experimentando nossa interligação, expressando nossa própria singularidade absoluta, ou seja, o que nos distingue de todas existências, não deixando ao observador qualquer margem de erro outro que não o de, identificar quem somos. Está claro?
Podemos dizer que a dimensão primária e fundamental da nossa consciência, é a base do nosso sentido individual do eu. Isso não é algo que podemos compreender e interpretar conceitualmente; precisamos vivenciá-la diretamente, passando da imaginação à realidade – de enxergar verdadeiramente, de tocar verdadeiramente, de ouvir realmente.
A experiência da unidade espiritual de consciência é nosso potencial inato de Alma, e envolve a transformação de todos os aspectos de nós mesmos, incluindo o corpo, mente e maturidade psicológica. Realização espiritual não é uma questão de construir algo novo; é sempre uma compensação de distâncias, o desapego dos padrões e crenças adquiridas os quais obscurecem nossa verdadeira natureza.
Unidade espiritual de consciência sendo nossa verdadeira natureza, é também nosso potencial natural, ou seja, a realidade subjacente, de nossos relacionamentos com outras pessoas e seres vivos. Correto?
A essência espiritual da vida é a nossa dimensão mais sutil e fundamental da consciência. Ela é experiente (ou experimenta) no amplo espaço, que permeia nossa própria forma e tudo o mais que sentimos, pensamos e agimos. É, portanto, a base da unidade dentro do nosso próprio ser, nossa integridade interior e com tudo o que nos rodeia.
É a dimensão inteira, do silêncio e quietude que, quando sintonizada, é coexistente com o movimento da vida. Realização espiritual não é apenas uma questão de elevar o nosso humor ou alterar os nossos comportamentos e crenças.
À medida que evoluimos no nosso desenvolvimento humano e espiritual, expandimos ambos, o contato constante com nosso interior e ao mesmo tempo a capacidade de proximidade com a outra pessoa.
Começa com a elevação do nosso pensamento rudimentar simplista, e culmina na autotransformação e redirecionamento de nossa energia, em unidade com o outro, o que define nossa maturidade espiritual.
Voltaremos ao assunto.
Avaliação: 5 | Votos: 2
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
