Espiritualidade - experiência espiritual da compaixão
Atualizado dia 7/10/2016 12:15:25 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Vamos, então, refletir sobre o tema?
Compaixão é um sentimento profundo no interior de nós mesmos - "estremecimento do coração" - é também nossa maneira de agir - sensibilizados com o sofrimento do outro. Mestre Jesus e Sidharta Gautama, o Buda, são os exemplos mais conhecidos por nós de compaixão, e é a virtude primordial nas duas religiões, que se desenvolveram a partir de seus ensinamentos.
A experiência espiritual da compaixão é muitas vezes comparada ao desabrochar do amor no nosso coração. Penetrarmos amorosamente em situações onde as pessoas estão sofrendo, identificando-nos com nosso próximo em suas dificuldades. Em seguida, expandirmos o círculo de nossa compaixão incluindo a natureza e o mundo inanimado.
A prática da compaixão aumenta a nossa capacidade de cuidar a nós mesmos e aos outros, reforçando nossa empatia e simpatia. É também muito bom exercício para o músculo cardíaco – o coração pulsa mais forte e se fortalece. Faz sentido?
No entanto, quando nos movemos em direção aos outros com compaixão, os quais são susceptíveis de chocarem-se às atitudes comuns, nossas atitudes suspeitas poderão ser de julgamentos e todos os seus "ismos" associados: racismo, sexismo, preconceito de idade, classismo.
Em nosso nível pessoal, nossa compaixão é sabotada por sentimentos de má vontade: despeito e desconsideração. Estes sentimentos, e outros decorrentes dos ressentimentos e crenças pessoais, são sintomas indicativos de que precisamos ter compaixão conosco mesmo.
Compaixão torna-se real quando compartilhamos nossa humanidade. Correto?
Nosso desempenho espiritual tem abrangido no nosso espaço de trabalho a realização do Cerimonial da Comunidade Triângulo da Fraternidade Essenoi no primeiro domingo do mês, com o objetivo de conduzir os participantes à elevação com o Sagrado na sua forma mais pura, respeitando a cultura religiosa de cada um. Maria Aparecida do Vale Porto concelebrante do Cerimonial de domingo 03 de julho, recebeu mensagem sobre compaixão que nos diz: “Compaixão. O que vocês sabem sobre compaixão? Compaixão é estar no compasso do outro. Aceitar e acolher no coração o que o outro é e como está. Acolher com o coração. Acolher com o amor do coração. O Amor que vem de Deus, que reside no coração de cada ser. Compaixão é acolher o outro dentro de suas próprias condições, sem julgar e colocar valores. Acolher no Amor de Deus em seu coração. Quando você acolhe compassivamente toca o coração e abre a possibilidade do outro sentir Deus em seu próprio coração. Como em uma orquestra, todos os componentes tocam no mesmo compasso. Se acolho, aceito o outro no seu compasso, posso atraí-lo para vibrar no compasso de Deus, e assim todos poderão estar vibrando na Luz Superior, trazendo Deus para este plano”.
A experiência espiritual da compaixão inclui nossa sensibilidade quase sobrenatural para as emoções dos outros. Ficamos entristecidos quando o passarinho bebê cai fora do ninho e é agarrado pelo gato. Esta sensibilidade única nos torna aptos a sentirmos compaixão quando o outro chora.
Compaixão não é uma relação entre níveis diferentes – superior e inferior. É uma relação entre iguais. Tanto a correção como a crítica irão quebrar nosso coração compassivo.
Vivemos através dos nossos sentimentos. Quando sentimos que a pessoa se sente triste, pois o clima do dia está frio e chuvoso, e para ela é um dia triste. No sentimento de Alma, compaixão é o vínculo para estarmos juntos – como irmãos de Alma!
Chegamos nas pessoas percebendo quando não estão bem. Podemos sentir, em uma sala lotada, a pessoa que está se sentindo solitária e triste, e nos aproximamos dela com amor e conforto.
Mais do que qualquer outro dom, compaixão precisa ser edificada, encorajada e regada com amor e carinho na prática espiritual. A outra pessoa precisa saber que não está sendo excessivamente sensível quando chorar sobre cada pequena causa e certamente precisa aprender outras alternativas sobre o excesso em reagir de forma impulsiva, mas nunca deverá ser observada que seus sentimentos estão errados. Está claro?
Somos parte do Todo da Criação Divina do Ser Maior Criador Deus, que chamamos de Universo.
No entanto, experimentamos a nós mesmos nos pensamentos, sentimentos e ações separados dos outros, ou seja, uma espécie de ilusão de ótica de nossa mente. Esta ilusão torna-se uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e ao afeto só às pessoas mais próximas.
A experiência espiritual da compaixão através de nossa sabedoria envolve a transcendência dessa nossa personalidade individualista com a compreensão, em última análise, que a barreira dividindo ‘eu e o outro’ é totalmente irreal e mero mecanismo mental.
Nossa tarefa será de nos livrarmos dessa limitação, ampliando nosso círculo de compaixão, abraçando a todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza – sendo um só amor, um coração, um desígnio!
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |