Espiritualidade - experiência espiritual do discernimento
Atualizado dia 2/8/2015 1:15:07 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Vamos, então, refletir sobre o tema?
Experiência espiritual do discernimento é sobre aprendermos a diferenciar a verdade da mentira, a ilusão da realidade, os fatos da fantasia, aprendendo a distinguir entre: verdade factual e verdade espiritual; impulso emotivo e orientação intuitiva. Faz sentido?
Trata-se de reconhecermos a diferença entre quem seja uma pessoa de confiança e aquela que irá nos enganar - entre anseio de Alma e ter atração emocional por algo.
Somos Seres Divinos, com Alma em evolução, ocupando um corpo físico e como crianças aprendemos sobre a vida e muitas vezes torna-se necessário redirecionarmos a maneira como intelectualmente formatamos nossa mente, a fim de evitar sermos vítimas de reminiscências antigas.
Ao olharmos reflexivamente para nós mesmos, tornando-nos conscientes de nossas atitudes, discernindo o que funciona para nós e o que não, fazendo escolhas sobre nosso modo de pensar, se a vida está nos gratificando ou nos habituando a projetarmos nossa vida esperando por algo que não é.
Experiência espiritual do discernimento é termos olhos para enxergar, ouvidos para ouvir e capacidade de sentir a energia espiritual do que é a Verdade.
Não podemos nos tornar perceptíveis sobre o que estamos enxergando e ouvindo, caso estejamos reagindo a reminiscências emocionais passadas as quais não fomos ainda capazes de conscientizar.
Igualmente não podemos aprender a confiar em nós mesmos, enquanto estivermos nos configurando como pessoas não confiáveis.
Sendo assim, não podemos aprender a amar a nós mesmos, até começarmos a autotransformar atitudes e sentimentos que demonstram que somos indignos.
Papa Francisco em recente entrevista referiu-se ao discernimento como sendo: “Discernimento é uma das virtudes que funciona dentro de nós, sendo um instrumento de luta, a fim de conhecermos a Deus e segui-lo mais de perto”.
O que é significativo é começarmos a despertar discernimento em como nos relacionamos com os nossos próprios processos interiores, percebendo que os ‘botões psicológicos interiores’ de infância - como a voz de severas críticas de família, ou das professoras na escola, ou ainda traumas de agressão física ou emocional - são apenas partes de nossa psique, e não definem quem somos. Está claro?
Quando uma de nossas reminiscências de infância é ativada, sentimos como representando nossa realidade total, parecendo então que a emoção que estamos vivenciando é a nossa única verdade.
Em nossa codependência, reagimos aos extremos. Assim, quando uma mágoa é acionada, ou seja, alguém ‘pisa em uma de nossas minas emocionais interiores’, explodimos de imediato com a pessoa.
Assumirmos a responsabilidade pelo que fazemos tem o poder de autotransformar nossas próprias atitudes, comportamentos e sentimentos, redirecionando nossa relação de como sentimos, pensamos e agimos, isso é a chave para o desenvolvimento de nossa serenidade e paz interior.
Algumas pessoas pensam que têm discernimento, quando, na verdade, apenas antecipam suposições, investigando todos os detalhes para não ‘correr’ riscos. Buscam provarem as suspeitas, geradas em suas mentes astuciosas.
Um dos primeiros ensinamentos que aprendemos com nossos Mestres é o discernimento, ou seja, a capacidade de distinguirmos verdade de ficção, identificando quando perdemos nosso eixo de essência e como encontrá-lo novamente.
O discernimento é também quando sentimos nossos caminhos divergirem e buscarmos a orientação de nossa intuição, a fim de permanecermos fiéis a nós mesmos. Correto?
O Ser Maior Criador Deus representa a palavra final para nos orientar quem e o que é positivo ou negativo em nossas vidas.
O melhor é não mantermos processos mais simplificados como nossas ilusões insistem em tê-los; nossos testes como Seres Divinos Infinitos não poderão ser sempre tão floridos, e as coisas que imaginamos como positivas são, em muitos casos, simplesmente desejos da nossa natureza ambiciosa.
Devemos resguardar a Alma, sem cairmos no erro de tentarmos proteger nossas emoções egoístas, as quais, serão mais do que improváveis para nos trazerem paz e felicidade.
Virtudes como compaixão, confiança, empatia, amor e discernimento já estão conosco e colocá-las em prática será a resposta para eliminarmos cenários trágicos que terminam com barbáries e extermínios em massa.
Seguirmos a Luz Divina de nossa intuição, mantendo-nos distantes da escuridão do convencional, é nossa proteção e orientação em um mundo que cresce cada vez mais denso.
O discernimento é confiança colocado em prática!
Devemos praticar a experiência espiritual do discernimento para realinhar os pontos indefinidos da jornada espiritual de nossas vidas, evitando armadilhas, avaliando com sabedoria, sem nos tornarmos demasiados críticos, mas muito mais hábeis observadores.
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |