Espiritualidade - fé como experiência espiritual - parte 1.




Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 26/08/2012 12:11:47
Iniciando esta reflexão em duas partes, perguntamos: O que é por nós experimentado seja por meio dos nossos cinco sentidos, da mente ou do intelecto como uma "experiência"? Por exemplo, a experiência de saborearmos nosso prato favorito, ou o nosso sentimento de amor por uma pessoa, ou ainda a resolução de um problema no trabalho, usando o intelecto, entre outras todas importantes, se enquadram na categoria de uma "experiência".
Vivenciando algo que está além da compreensão dos cinco sentidos, da mente e do intelecto constitui "experiência espiritual".
Vamos então refletir sobre o tema?
Nós experimentamos o mundo concreto seja através dos cinco sentidos, da mente e do intelecto.
Correspondendo aos mesmos cinco sentidos, mente e intelecto, os quais estamos bem cientes, mantemos conosco também cinco sentidos sutis, uma mente sutil e uma inteligência sutil, que quando desenvolvidos ou ativados, irão nos ajudar a experimentar o mundo sutil ou dimensão sutil.
Nossas práticas adquiridas com o mundo sutil são conhecidas como "experiências espirituais".
Quando através do olfato sentimos a fragrância das rosas em um ramalhete, isto constituirá uma experiência com uma fonte concreta. Por outro lado quando tomando nosso café da manhã, pensando sobre o início das tarefas do dia, seja em casa ou no trabalho e de repente sem causa aparente, sentimos uma forte fragrância de sândalo, a qual não podemos identificar de onde está vindo, e mesmo assim continuamos a beber nosso café.
No entanto, a fragrância nos segue por onde nos dirigimos, nas outras dependências da casa, ou até nosso local de trabalho, permanecendo conosco durante um período de tempo. Havendo outras pessoas ao redor perguntamos: “Vocês estão sentido algum perfume?” Ninguém respondendo que sim, isto se constituirá uma experiência espiritual.
Neste caso, nossa percepção sutil captou a fragrância que emana da dimensão sutil e estaremos experimentando a fragrância através do nosso sentido sutil do olfato.
Grande número entre nós poderá ter tido experiências como esta, ou seja, sentindo uma fragrância sem que haja qualquer fonte aparente, e muitas vezes negando por não estar consciente desta nossa qualidade inata. Faz sentido?
Esta percepção extrassensorial que temos, é comumente conhecida como sendo nosso sexto sentido.
Como mencionado anteriormente, mesmo que se possa perceber um evento através dos cinco sentidos, da mente ou do intelecto, mas estando a razão por trás disso além do concretismo intelectual da humanidade, isso se constituirá experiência espiritual.
Por outro lado tomemos o exemplo de uma mãe cujo filho menor está em estado grave na UTI após um trágico acidente. Os médicos tentaram tudo, mas a criança não responde. Sendo assim estão apreensivos quanto ao desenrolar do quadro. Em sua percepção intuitiva a mãe ora com fervor ao Ser Maior Criador Deus por seu filho inconsciente. Milagrosamente então e sem qualquer explicação médica, no dia seguinte, há uma melhora notável na criança. Com o tempo, a criança convalesce de forma constante, colocando-se fora de perigo. Aqui ambos a condição da criança e a oração da mãe estão no concreto, mas a causa da melhora desafiando a ciência médica, não é explicável pelo intelecto. Correto?
Ocorrências como estas também se enquadram na categoria de experiências espirituais.
Experiências espirituais são formas de como o Ser Maior Criador Deus nos deixa conhecer Sua Presença Divina.
Para entendermos estas relações, as quais não estão disponíveis aos nossos cinco sentidos, nem à mente lógica ou ao intelecto, será importante acreditarmos em algo, tendo fé que irá acontecer.
Gerald G. May (1940-2005), médico psiquiatra norte americano e membro sênior em teologia e psicologia do Instituto Shalem de Formação Espiritual, autor de muitos livros e ensaios sobre espiritualidade e psicologia, no ensaio “A Pilgrimage of Healing” (em tradução literal – Uma peregrinação de cura) nos diz: “Caso a fé esteja presente você será afortunado e poderá afirmar: “Isto irá acontecer porque confio que sim!” e ir em frente para viver da melhor forma que puder com seus olhos tão abertos quanto possível”.
Estes estados dos nossos níveis de consciência refletem graus de envolvimento com nosso conhecimento, que poderão variar desde o mais superficial ao da percepção intuitiva mais profunda do nosso ser mais elevado.
Poderemos pensar algo apenas na nossa superfície mental, ou poderemos saber algo com a totalidade de quem somos.
Como entendermos, e em que profundidade estão nossos conhecimentos, será determinado em como vivemos atualmente. Para começar, poderemos nos perguntar: “O que significa "saber" alguma coisa?” ou “O que é "acreditar" em alguma coisa?” ou ainda “O que é "ter fé" em algo?”
Estas são perguntas importantes para nós - as quais solicitam reflexão. Está claro?
Nós acreditamos nas coisas que estão nas nossas mentes. Crenças são conceitos, os quais nos dão uma imagem da realidade, e os outros poderão concordar ou discordar.
Crenças, no entanto, não são verdades absolutas. Representam nossas opiniões sobre a realidade, e não a realidade em si.
No contexto da crença quando expressarmos nossas próprias opiniões, outros também terão as suas, com as quais poderemos concordar ou discordar, lembrando que, crenças são verdades relativas.
Ter fé em algo é diferente disso. Fé não tem a ver com verdades relativas, mas com a Verdade única e absoluta!
Ao contrário de crenças que são da mente, a fé não é apenas da mente, mas também do coração e da Alma.
Continuaremos na próxima edição.









Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |