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Espiritualidade - cultivando nosso jardim espiritual

Atualizado dia 20/10/2013 12:32:01 em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Nossas vidas são preenchidas com metáforas, ou seja, das relações de semelhanças de imagens que se estabelecem entre o sentido de realidade e o figurado.

Quais metáforas escolhermos, no entanto, irá fazer grande diferença na qualidade de nossas vidas.

Cada um dos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações criam a realidade de nossas vidas.

Ainda é difícil para muitos de nós ligarmos os pontos e enxergarmos como isso se desenrola em nossas vidas.

No entanto, quando o fazemos, experimentamos autotransformação profunda na qualidade de nossas vidas.

Vamos, então, refletir sobre o tema?

Uma das áreas mais comuns em que ouvimos muitas metáforas são aquelas que nos ligam com o Ser Maior Criador Deus, ou o que nós imaginamos que Ele seja.

Cada um de nós tem nossa própria relação única com o Ser Maior Criador Deus, mesmo que seja ateu. Algumas das formas mais comuns das pessoas se referirem a Deus são como “Deus Pai”, “Deus, o Amigo”, “Deus Criador”, "Deus, a Fonte de Energia", “Ser Maior”, entre outras todas importantes.

Essas metáforas irão criar presença em nossas vidas, orientando-nos na forma de como pensar, sentir, falar e agir.

Uma das formas mais poderosas que poderemos imaginar para nos referir, ou sentir a presença do Ser Maior Criador Deus em nossas vidas, é através da metáfora com o Jardineiro, onde poderá ser visto como Criador e Cultivador do mundo, dando-nos a água da vida e nutrição dos solos espirituais.

E assim, este Jardineiro Amoroso e Generoso estende a todos suas sementes, observando-nos crescer e desenvolver bem diante dos Seus Olhos.

O jardineiro desde a semente nunca força suas plantas a crescerem em determinada forma, mas dá-lhes o amor e todos os requisitos para a vida e, simplesmente, observa-as “ser". Faz sentido?

Compreender o incrível poder literal e simbólico da promessa de renovação da semente mudou muito a compreensão espiritual de nós seres humanos na face da Terra.

Semear a semente nos permite revolver a terra, plantar e colher.

Este conhecimento para muitos, mas não todos, significa o ritmo da vida humana, moldada pela busca constante de novas fontes de espiritualidade.

O sentido simbólico do ciclo da semente que sempre se renova na natureza, mudou a visão humana do ciclo de vida espiritual.

Mestre Jesus nos dá exemplo quando dialoga com os discípulos: “Ainda disse: A que assemelharemos o reino de Deus, ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado na terra, embora seja menor que todas as sementes que há na terra, contudo depois de semeado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças, e deita grandes ramos, de tal modo que as aves do céu podem pousar à sua sombra”. Marcos 4:30-32.

O ciclo da natureza, o progresso da semente, em seguida, a renovação na primavera, está retratado tanto nas áreas selvagens como no jardim cultivado, seja na fragilidade da colheita, no possível ciclo de seca, nas tempestades ou em outras calamidades naturais, e estabeleceram padrões de como nós seres humanos espirituais aprendemos a entender o funcionamento do cosmo.

Nossos ancestrais têm suas raízes no jardim, refletindo como a humanidade procurou compreender esses padrões mutáveis do planeta e, ao mesmo tempo, imaginá-lo não mais sujeito a alterações. Está claro?

Não por acaso que a palavra "paraíso" advém do Aramaico significando “jardim real”.

Milhares de anos se passaram desde o primeiro cultivo de sementes para a primeira criação do que chamamos de um jardim - local fechado de cultivo, ao invés de campo aberto.

Redescobrir "a jardinagem como um dos instrumentos da Graça" requer voltarmos no tempo para recuperar o sentimento de consideração.

Muito nos separa de quem descobriu o poder da semente, mas agora, milhares de anos depois, na aurora deste novo milênio, estamos experimentando o sentimento de espírito dos nossos antepassados, reconhecendo a autotransformação no solo, sob nossos pés e na própria semente.

Jardinagem envolve todos nossos cinco sentidos - enxergar, cheirar, sentir, ouvir e até mesmo provar nossa evolução no jardim. Correto?

E porque todos os nossos sentidos estão envolvidos, o que experimentamos é vivo e específico.

Cultivar nosso jardim espiritual nos permite começar a entender os padrões de relações na natureza e nos ensina que nada nela é independente ou isolada, assim como nós dependemos da interação com o outro.

Como jardim, podemos nos ligar aos ritmos do cosmo.

Nossos joelhos na terra, nossos rostos perto do chão, vamos cavar o solo espiritual e ver as miríades das formas de vida ocultas para nós quando estamos em pé e andando: a minhoca abrindo túneis através do solo e o rastro da lesma.

Os perfumes do jardim - o solo argiloso, o cheiro de água, do gerânio, ou do perfume da dama da noite nos faz reviver, lembrando que o planeta tem uma paleta mista de perfumes e de cores.

E depois há a música do jardim, definindo o mundo cheio de ruídos em que normalmente vivemos: as cigarras e os grilos nas noites de verão.

Jardinagem também nos ajuda a compreender melhor os ciclos da vida humana.

Muitos de nós enxergamos nossas vidas como lineares, movendo-nos a partir de A para B, com o nascimento e a morte em extremos opostos do continuum, mas o cultivo do nosso jardim espiritual nos ensina outra lição: na natureza, início e fim, nascimento e morte, são inseparáveis - implícitos na floração da flor, bem como na sua eventual eterna renovação.

Voltaremos ao assunto.

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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