Espiritualidade - e as transformações de consciência
Atualizado dia 9/28/2009 3:17:10 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Nossos objetivos nem sempre serão satisfeitos, obstáculos precisam ser superados, escolhas devem ser feitas, atrasos tolerados. Cada um de nós terá que desenvolver formas características para responder às estas dificuldades.
Estas respostas para situações de frustração irão determinar, em larga extensão, o comportamento e adequação aos nossos ajustamentos na vida.
Diante de tais circunstâncias, quando sentimos que ‘as coisas vão mal’, imediatamente explodimos – interpelando: “Como isto foi acontecer comigo?” “Onde estará a justiça nisto tudo?”
Vamos lá refletir sobre o tema?
A realidade é que ‘coisas ruins’ acontecem até para pessoas boazinhas, gentis e espirituais, não é verdade?
E a raiz da questão está no fato de que todos nós vivemos em estado de polaridade de consciência, ou seja, onde a vida é percebida como sendo o contraste entre forças opostas, e que os acontecimentos poderão ser tanto bons como ruins.
Na verdade, ‘bom’ ou ‘ruim’ são apreciações de julgamentos. E julgamentos pertencem à freqüência básica da consciência física, ou seja, neste nível de consciência, ‘coisas ruins’ existem, e aparecem desta forma porque são julgadas assim.
Como já dissemos em reflexões anteriores, a vida pode ser observada como sendo um palco, ou um filme, onde os roteiros ou os papéis serão representados para adquirirmos experiência que estes desempenhos trarão. E estes papéis nos palcos da vida serão bons ou ruins, porque como já sabemos, estamos aqui para vivenciar nossas dualidades de consciência.
Mas quando elevamos nosso nível de consciência, percebemos que as ocorrências das dificuldades ou vicissitudes representam desafios. Estes desafios em nível de Alma são os chamados para mudanças. E mudanças abrirão as portas para transformações, as quais são nosso propósito principal de vida.
O sentido das qualidades inatas de Alma nos orienta a amar nosso semelhante; assim, nosso propósito na vida é nos transformar, não só a nós mesmos como também a toda humanidade, elevando nossos níveis de consciência. Faz sentido?
Henri Bergson (1859-1941) filósofo escritor francês, laureado com o Prêmio Nobel, nos diz: “Existir é transformar, transformar é amadurecer, amadurecer é seguir sempre infinitamente criativo”.
Transformação por si mesma é o progresso natural do espírito. No entanto, quando um bloqueio a esta transformação se manifesta, a dor poderá ser o preço necessário para dissolver o entrave. Correto?
As pessoas muitas vezes assumem a dor em suas vidas, não porque elas precisam se transformar, mas porque sentem na Alma que a humanidade precisa trabalhar determinados esforços, para serem participantes da transformação necessária.
Para algumas pessoas, os desafios de transformação de consciência vêm de forma definitiva. Para outras, nem mesmo durante toda a vida. Quando uma pessoa realiza os desafios na sua transformação, a vida passa a ser pacífica, agradável e tranqüila. Quando não, a vida permanece tensa, nada se modifica, nada progride.
Enormes desafios são colocados para milhões de pessoas ao mesmo tempo. Por exemplo: igualdade de raças, igualdade de sexos, abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, violência, alcoolismo, igualdade de oportunidades aos deficientes. Milhões de pessoas estão ao mesmo tempo lutando e trabalhando para solucionarem cada um desses desafios. Muitas vezes as pessoas tentam progredir em ajudar na transformação desses paradigmas.
Outras vezes, deixam este mundo ‘aparentemente’ antes do tempo, vítimas de antigas realidades, parecendo que não fizeram progresso algum. Entretanto, qualquer que tenha sido o que realizaram na vida, mesmo permanecendo nas mesmas condições, é acrescentado ao massivo paradigma da mudança de consciência daquela determinada época.
Quando estamos voltados ao trabalho para o bem da humanidade, nenhum esforço é perdido! Ninguém fracassa! Todos nós contribuímos com nossas vivências para os desafios. Não é por acaso que quando é chegada a hora de deixarmos o corpo físico, nossos guias espirituais estarão à nossa espera para nos orientar na passagem. Estarão lá porque sabem que o momento é aquele, nem antes nem depois.
É a Lei Transcendental de Equilíbrio do Universo, ou seja, a lei que se refere ao conhecimento das condições a priori da experiência. Nenhum desafio estará contrário a este equilíbrio.
Serão nossas escolhas com as quais superaremos nossos bloqueios psíquicos. Poderá nos parecer surrealista ouvir de uma pessoa sobrevivente de longo período de câncer dizer: “Câncer foi uma experiência muito importante em minha vida!” O que ela estará nos revelando é que o desafio assumido na cura, transformou antigos bloqueios que a estavam impedindo para a plenitude da vida. Nunca poderemos saber por que as vicissitudes acontecem.
O que sabemos é que o mundo em que vivemos é um constante contraste entre a Luz da Verdade da Sabedoria Divina e as trevas da ignorância. Está claro?
Acontecimentos são excelentes oportunidades tanto para nossas transformações de consciência, como também para a humanidade como um todo.
Quem nos negará, que em nível de Alma não estamos voluntariamente comprometidos a assumir desafios em favor do Amor Incondicional aos outros? Conscientes do comprometimento, saberemos que os desafios, servem para engrandecer a Luz do Amor Incondicional pela humanidade.
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
