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Espiritualidade - experiência espiritual da liberdade interior

Atualizado dia 18/04/2015 12:58:53 em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Libertar a nós mesmos da compulsão de pensar poderá nos conduzir à liberdade interior? A mente pensa sem cessar, desde o momento do nosso despertar, até a hora de ‘pegar’ no sono. Não há qualquer momento de descanso, a mente sempre ocupada tanto em criar e receber novos pensamentos, como receptora de vibração intuitiva. O hábito é tão forte, que poucas pessoas imaginam mudar este processo. Este aspecto responde em parte a pergunta acima.

Vamos, então, refletir sobre o tema?

Continuando a refletir, poderemos por outro lado, sentir a sensação de estarmos vivendo em completa liberdade, ter independência financeira, e, no entanto, nossa mente nos mantém ‘engessados’ durante todo o tempo em pensamentos, imagens mentais, ideias e preocupações.

Qual a relação de importância deste aspecto com a experiência espiritual da liberdade interior?

Somente quando silenciarmos aquietando a mente ocupada e confusa estaremos em condições de apreciar a liberdade interior.

A mente produz pensamentos, e faz o que sabe de melhor - pensar!

Como se estivéssemos diante da tela do cinema, assistindo cenas dos filmes de nossa vida. Os filmes são tão reais, que nunca questionamos sua validade. Como já dissemos anteriormente, somos roteiristas, diretores e atores dos nossos próprios filmes.
Grandes ideias flutuando no ar, em mentes diferentes, sendo captadas por nós e por outros, todos acreditando serem suas próprias ideias. Assim todos protegem as ideias flutuantes, conversando, agindo e comportando-se como se estas ideias transformadas em pensamentos, fossem parte de nossas propriedades.

E, então, onde está a liberdade? Liberdade mental no sentido real significa estarmos acima de pensamentos, sermos capazes de escolhê-los, e quando não houver necessidade de pensar, simplesmente não pensamos. Por exemplo, quando não temos necessidade de uso, seja da TV, do celular, do computador, desligamos; por que não acontece o mesmo com nossas mentes?

Vamos imaginar a situação em que nossas mentes estejam calmas em leves ondas de pensamentos. Neste estado mental tornamo-nos conscientes do Eu Interior e realizamos quem somos. Sentimos intensamente nossa força interior.

Felicidade que é nativa e inerente a cada um de nós, emerge quando são removidos os condicionamentos dos pensamentos. Exatamente neste estado mental, a compulsão em pensar desaparece, e o Eu Interior se manifesta em completa intimidade com a Alma.

Claro como aprendizes (onde também me incluo), nosso processo será despertar nossa liberdade interior, a qual é única em cada um de nós. Faz sentido?

Inúmeros Mestres espiritualistas e filósofos têm-se manifestado em contexto tão amplo.

Particularmente Jacques Maritain (1882-1973) filósofo francês, no livro “Sete Lições Sobre o Ser”, discorre e apresenta diferentes perspectivas do mistério do ser enquanto ser, ou seja, de nós seres humanos concebidos como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e de forma única a cada um de nós, ainda não conhecidas, e onde liberdade interior é um dos aspectos mais significativos.

Sidarta Gautama – o Buddha – quem esteve conosco no século VI a.C. se refere à liberdade interior como sendo: “Assim como os grandes oceanos têm apenas um gosto, o sabor do sal, assim também há um só sabor fundamental para todos os verdadeiros ensinamentos do caminho, e este é o sabor da liberdade interior".

Compartilhando com essas ideias, o sentimento de liberdade interior é considerado muito mais exceção do que normal em nossas vidas, ainda que podendo ser estado permanente em nós a ser despertado. Correto?

Qual será a resposta adequada para as dúvidas entre liberdade interior ser ‘exceção’ ou ‘estado permanente’, ambos significando aspectos essenciais de nossa identidade espiritual?

Tomando como ponto de partida, o princípio da natureza humana, de que já nascemos com dons essenciais, os quais aprendemos serem as qualidades inatas de Alma, e deverão ser desenvolvidas, ainda que tenhamos de sustentar combate em situações, onde pessoas desconsideram essas convicções íntimas, abominando o fato de que já nascemos com dons essenciais.

Ao contrário, acreditam que somos puramente ‘produtos’ do ambiente. Consequentemente para essas pessoas, não havendo natureza essencial, espiritualidade perde importância. Está claro?

Qual, então, é o poder para lidarmos com essas características da nossa natureza humana?

Exatamente este é o ponto onde a espiritualidade define seu mérito! Esta perspectiva está alicerçada no princípio de que somos criados à imagem e semelhança do Ser Maior Criador Deus. Assumindo esta tarefa, estaremos nós mesmos, redescobrindo e despertando nossa liberdade interior. Nossa parte será aceitarmos o Dom do Poder Divino, nos colocando em disponibilidade para que Sua Graça haja sobre nós.

Simples? Talvez . . . dependendo de ambos, nosso ego e orgulho. Livrando-nos das influências deles - ego e orgulho - Eu Alma se tornará gentil e verdadeira, amadurecendo nosso íntimo para o relacionamento com o Ser Maior Criador Deus. Aí poderemos deixar a vida seguir seu curso, confiando que a porta estará aberta para vivenciarmos a experiência espiritual da liberdade interior.

Com as vivências da nossa experiência espiritual da prática do silêncio criativo, fortaleceremos nossa concentração, desapego, calma e habilidade para filtrarmos os pensamentos, não nos deixando envolver por eles, ou seja, “não entrando no jogo” como Cecília nossa participante do Grupo de Reflexão soube se referir, e com certeza iremos atingir e viver a experiência espiritual da liberdade interior.

Voltaremos ao assunto.

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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