Espiritualidade_experiência espiritual em desagregar nossas visões cristalizadas.
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 9/20/2015 12:47:55 PM
“A vida não é um problema a ser resolvido, mas um mistério a ser vivido”. - Thomas Merton, monge trapista (1915-1968).
Um dos maiores componentes do nosso crescimento pessoal e espiritual é aprendermos a ver os fatos de forma diferente ... neste caso enxergarmos pessoas, situações e a nós mesmos com visão renovada.
O segredo poderá estar em: ‘nem sempre será da forma com que costumeiramente julgamos!’.
Para atingirmos este estágio de compreensão e percepção além das nossas visões cristalizadas, será necessário aprendizado adequado conosco mesmo. Mas no caminho da experiência espiritual em desagregar a cristalização das nossas visões em relação à vida, o mais importante será de início ‘não reprimir preocupações’.
Vamos então refletir sobre o tema?
Por paradoxal que pareça, sempre haverá um sentimento de liberdade, quando pressupomos que uma determinada situação esteja fora de controle.
Quando nos situamos em posições rígidas de defesa diante do que queremos evitar, é exatamente onde nos tornamos mais vulneráveis. Este posicionamento poderá nos conduzir a tipos de sentimentos como ‘não sei o que fazer agora’, e nos sentirmos ‘sem saída’ ou despreparados.
Por outro lado poderemos estar desmotivados, não aceitando mais o domínio em nós de valores transitórios em sempre utilizar nosso tempo buscando o que há de melhor para vestir, comer, beber, morar, divertir, entre outros.
Poderemos estar cansados de mantermos crenças, ideias e ‘ismos’ dos tipos – perfeccionismos saudosismos, preciosismos.
Este estado de inquietação é onde, despendemos maior dedicação quando buscamos crescimento pessoal e espiritual. Faz sentido?
Por exemplo: Vamos supor que ‘dou qualquer coisa em troca’ para ter prazer imediato com coisas que adoro. Embora esta seja uma situação muito
agradável e prazerosa, estaremos também preocupados que no nosso momento de autotransformação pessoal e espiritual, este prazer estará preenchendo alguns momentos, mas que não responderá ao que sensivelmente procuramos como resposta.
Será então que estaremos colaborando para aumentar nosso estado de dúvidas?
Por outro lado sabemos também da alegria permanente advinda da nossa conscientização em realizar a interconexão conosco, confiando na franqueza de nossos corações, mentes e Almas.
Mas muitas vezes nos faltam informações neste estado de ‘estar no meio’ entre uma situação e outra, ou seja, sem sentirmos os prazeres de antigamente nas nossas preferências, e não termos atingido nível superior de consciência necessário de sustentação ao nosso crescimento espiritual. Está claro?
Ansiedade, melancolia, estarmos deprimidos poderão ser os sentimentos de ‘estar no meio’, entre os prazeres que não nos satisfazem mais, e o encontro da paz interior permanente.
Esta é uma situação que não nos trará conforto. No entanto tornando-nos íntimos com os sentimentos desconfortáveis em ‘estar no meio’ de lugar nenhum, faz com que nosso coração fique mais compreensivo.
Quando somos suficientemente confiantes para ‘estar no meio’, a compaixão surge espontaneamente, e começamos deixar aflorar nosso poder interior de essência de Alma.
Neste sentido Thomas Merton vem novamente ao nosso encontro quando nos diz: “Cada um de nós realiza o seu próprio destino em inseparável união com todos os outros com os quais Deus quis que vivêssemos. ... Essa obra que é nossa vocação peculiar e inescapável é um prolongamento da obra criadora de Deus. Deixar de encarar este desafio, enfrentando esta responsabilidade, é deixar de dar à vida a resposta que nos é solicitada pela vontade de nosso Criador”.
A energia resultante desta atitude nos dará maior conforto, ao invés de representar sentimento de fraqueza de que estamos nos entregando.
A este lugar de sinceridade interior poderemos chamar do Eu verdadeiro. Permanecendo nele é que crescemos tanto pessoal como espiritualmente, nos permitindo identificar nossa amorosidade.
Esta é uma das formas de aprendizado do amor incondicional, onde exatamente dedicamos toda nossa energia advinda da experiência espiritual da prática do silêncio criativo.
Identificamos cada sentimento seja na gentileza, cordialidade e bondade com as quais passamos a nos relacionar.
Pensamentos, emoções continuarão a surgir, e sentimos que estamos mais autênticos nos nossos comportamentos. Correto?
Assim gentilmente encorajamos outros a despertarem suas energias, sem os temores do desconhecido. O procedimento sempre será através do básico, para desvelar nosso coração.
Permanecendo neste intermédio aprendemos a perdoar a nós mesmos, criando cumplicidade com o lado mais generoso de nosso coração – “Seremos sempre porta-voz do amor!” - sem condições e sem valor de troca.
A prática deste sentimento redescoberto e permanente embora nos tornando inquietos, nos manterá resolutos em nossos propósitos.
Assim nossa sabedoria alicerçada no amor, nos conduzirá através do caminho correto. Esta é a importância de dedicarmos nossas vidas neste aprendizado de entrega constante.
Experimentaremos então a riqueza gratificante revelada nesta condição, estimulando nossa vontade em permanecermos o restante de nossos dias, a redescobrir mais deste tesouro tão valioso.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
