Espiritualidade_experiência espiritual no silêncio da clareza de mente - II
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 27/11/2016 12:15:03
Em continuidade ao tema da nossa reflexão iniciamos por afirmar que há diferenças entre despertar e levarmos a vida desperta. A experiência de levarmos a vida desperta ou experiência espiritual autotransformativa nos faz sentir que nosso verdadeiro Lar está em outro lugar.
Vamos então continuar a refletir?
Na experiência espiritual no silêncio da clareza de mente, nosso foco de atenção é direcionado porque nossa consciência se revela em tudo em que concentramos nossa atenção.
Nada estará isento. Para onde quer que nossa atenção seja direcionada, estaremos cientes da Presença conosco a cada momento do dia. Esta Presença é o Ser Maior Criador Deus no silêncio da clareza de mente, revelando o funcionamento das circunstâncias que nos rodeiam.
O melhor de tudo é que começamos a sentir, pensar e agir com apoio no silêncio da clareza de mente, percebendo que não somos diferentes a esta Presença. Todas as manhãs sentimos vontade de expressar nossa gratidão pelo privilégio que nos é permitido viver. Experimentaremos a constante quietude subjacente que nos acompanha onde quer que estejamos.
Nossa consciência desperta poderá ainda experimentar tristeza, mas sem abatimentos. Já não procuramos escapar da realidade, mas, ao invés disso, começamos a apreciar seu significado mais profundo. Em vez de tentarmos escapar da realidade em distrações fúteis, nós a acolhemos com o coração, antecipando o que a realidade nos oferecerá e ensinará. Faz sentido?
Nossa personalidade individualista e memórias já não formarão a base de nossa identidade. Quando a experiência espiritual no silêncio da clareza de mente se torna arquétipo de nossas vidas cotidianas, nossas mentes já não se sentem inclinadas a confiar em construções mentais ou em diferentes formas de crenças, nem em aderir a teorias que só demonstram nossa carência, nosso desejo de salvação ou reforçam esperanças de que o mundo estará bem um dia. Já nos perceberemos como Seres Divinos, e assim qual seria a necessidade de teologia, teoria ou dogma de como chegar lá?
Ser o que já temos e trazemos conosco como Seres Divinos que somos! Como nos diz a mensagem recebida por Maria Aparecida do Vale Porto no Cerimonial do Mês da Comunidade Triângulo da Fraternidade Essenoi: “Mantenham vossas mentes claras, límpidas cristalinas como a água ao sair da terra. Silenciem vossas mentes pois Deus se manifestará no silêncio, quando encontras a ti mesmo”.
Na experiência espiritual no silêncio da clareza de mente experimentamos a inspiração e a sabedoria em primeira mão e nosso código moral é puro e intuitivo porque não duvidaremos senão em agir com integridade. Este é apenas um aspecto: as recompensas de viver diretamente na fonte, na presença da quietude, nossos dias serão destacados por experiências de momentos de autenticidade, os quais muitas vezes acontecem sem a necessidade de criarmos expectativas.
A razão pela qual temos essas experiências é que sabemos, sem dúvida, a cada momento do dia, que o que enxergamos é a verdade real, abaixo do verniz da superfície. Teremos consciência de que mantemos acesso instantâneo ao Ser Maior Criador Deus, nosso companheiro silencioso e à consciência que compõe a terra em que andamos e o ar que respiramos.
A consciência do presente não faz exigências e só nos solicita abrirmos os olhos usufruindo a experiência espiritual no silêncio da clareza de mente. Correto?
Há maneiras de afrouxarmos o aperto de nossas personalidades individualistas. Uma delas muito eficaz é nutrirmos nosso sentimento de amor ou nos render à quietude do momento. Focalizando a atenção na expressão do nosso amor, a preocupação com nosso drama interior simplesmente se dissolverá porque não recebe mais o sangue vital de nossa atenção.
Quando exercitando a experiência espiritual da prática do silêncio criativo deixaremos de ser os participantes involuntários de nosso diálogo interior, deixando a tagarelice ociosa de nossos pensamentos e sua obsessão em homenagear nossas preocupações irracionais passadas e futuras. A atenção focada no amor é a maneira de nos libertar para abraçarmos o Presente do Aqui Agora e colher os frutos encontrados na quietude da experiência espiritual no silêncio da clareza de mente. A razão de escolhermos o amor é que expressa melhor o que sentimos ao levarmos a vida desperta.
O ponto chave é nossa atitude que transfere nossa atenção para longe do pensamento e das identificações sociais, dirigindo-a para o Presente do Aqui Agora. Está claro?
É fácil entendermos como nossa qualidade de vida será revolucionada. Este não é um caminho fechado, e estará abrindo novas possibilidades a cada turno.
Começamos a apreciar o que o retorno ao Lar realmente significa, simplesmente porque nossa consciência e livre vontade brilham através de tudo o que vivenciamos. A renovação contínua explicará nossas muitas autotransformações que ocorrerão como resultado.
Com a prática, o impulso de nos concentrarmos no Presente não será mais emitido pela nossa personalidade individualista ou pelos nossos processos de pensamentos racionais, mas será um convite constante e alegre da Fonte elevada, experimentada como forma de bênção na intimidade com o Ser Maior Criador Deus.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
