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FIB-Felicidade Interna Bruta

Atualizado dia 5/6/2019 6:51:56 PM em Espiritualidade
por Silvana Giudice


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Outro dia, estava caminhando logo cedo, e me deparei com duas situações muito distintas...
Em uma esquina, chamou-me a atenção um belo homem, dirigindo um carro maravilhoso, mas totalmente descontrolado, acelerando, buzinando, xingando e mais parecia querer esmagar todos que estavam à sua frente tamanho o seu nervosismo e irritação...
Na outra esquina, uma gari varria a rua cantando e quando me olhou, sorriu e me disse um Bom Dia tão alegre, que realmente iluminou o início do meu dia....
Afinal, podemos mensurar o grau de felicidade de uma pessoa? Rico, pobre, empresário, gari?


Claro que dinheiro faz parte da felicidade para muita gente. Entretanto, estudiosos concluíram que dinheiro sobrando só contribui para a felicidade até determinado ponto.
Por exemplo: você ficaria muito feliz se pudesse adquirir uma linda mansão, entretanto, se o seu dinheiro pudesse comprar mais 15 mansões, você não ficaria 15 vezes mais feliz com isso.
Conclusão: “Uma vez que tenhamos dinheiro suficiente para garantir nosso “bem-estar”, qualquer centavo extra não traz nem um pouquinho a mais de felicidade”.



Esta semana, na TV  uma professora dizia em uma entrevista que desde 1972, um pequeno país asiático pratica o FIB (Felicidade Interna Bruta), um índice que mede a felicidade de seu povo e que tornou-se fator determinante na aplicação das políticas governamentais desse mínusculo reino de orientações budistas entre a China e o Tibet.
“Desde então, o reino Butão começou a atrair a atenção do resto do mundo com a sua nova fórmula para o cálculo de riqueza de um país, que considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida da população. Resultado: o nascimento de um país economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto.
Será que no Brasil esta prática funcionaria?


Concordo plenamente com o pensador André Comte Sponville, autor do livro “A Felicidade Desesperadamente”, em que diz que o desejo primordial do ser humano é justamente querer tudo aquilo que não tem: o emprego dos sonhos, a pessoa amada, dinheiro, status social... Nosso desejo de ser feliz está baseado na FALTA. Assim, quando realizamos estes desejos, automaticamente, surge outro em seu lugar.
Penso ainda que repousa na consciência da fragilidade e brevidade da vida despertar pequenos valores como andar descalço na areia quente da praia, tomar um chá com uma amiga e dar risada à toa, ou até observar uma criança se lambuzando com uma casquinha de sorvete...
 afinal, felicidade se acha nessas horinhas de descuido...

A felicidade mora aqui comigo até segunda ordem.
Renato Russo
 




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