HOMEM, DEUS MANIFESTO.
Autor Xenon M Gilg
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 9/5/2010 4:42:07 PM
O Homem é o próprio Deus, que Se realizou desta maneira porque assim o decidiu.
O Homem é a própria construção que Deus fez de Si mesmo, em forma consciente, pessoal e manifesta, isto é, fez surgir o espírito puro e o lançou fora do Éden para crescer na individualidade, uma vez vencido o individualismo egóico.
Se Deus é Universal, Impessoal e Inconsciente na objetividade, criou-Se de forma a ser objetivamente Consciente. E fez isso através de uma Criatura que, sendo Ele mesmo, reconhecesse e visse sua própria divindade.
Mas, para isso, o Homem tem de descobrir sua perfeição divina, único modo de expressar-se como o Deus que é e discernir-se como tal. Antes dessa evolução (conscientização, purificação) é impossível. Daí que:
Disto resulta a apregoada necessidade da encarnação do espírito puro recém-criado (sem condicionamentos) e das diversas vivências em diferentes estágios: é o desenvolvimento de sua subjetividade em direção à auto-realização como verdadeiro Deus. O Homem veio à luz para aprender o exercício de sua divindade.No NT, "Eu e o Pai somos um (Jo 10:30)" e "amai-vos uns aos outros como eu vos amei (Jo 15, 12)." e "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus (Mat. 5:48)". OU no Avadhut Gita, Cap I, 2. "No eu, pelo próprio eu, se contém tudo isto (ou seja, o mundo). Como posso adorar o Atma (que é) informe, incapaz de divisão, e ventura imorredoura? .... 4. Verdadeiramente tudo isto é Atma. Não existe diferença, tampouco a não-diferença, nem existência ou não-existência: o que devo dizer? A mim tudo isto parece um espanto. 5. Esta é a soma total do Vedanta: "Eu sou Atma, o eu sem forma, presente a tudo por sua Natureza". 6. Aquilo que é o Atma sempre refulgente de tudo; pelo tempo ilimitado como espaço, puro e sagrado por sua própria natureza; isso eu sou, sem dúvida. 7. Eu sou imorredouro, puro, infinito e uma morada de conhecimento...."
É mais do que evidente que, enquanto egos individualizados, não "somos" deuses, isto é óbvio. O que dizem essas passagens sacras é que temos a missão de nos encaminhar para a descoberta da divindade latente em nós sem querer especular sobre ‘quem" é Deus. Muita gente se escandaliza e acaba confundindo tudo. Confundem a afirmação a semente é a árvore potencial com a afirmação a semente é a arvore. E zombam: Onde encontro a raiz, caule, folha, flor e fruto nesta semente?
Assim, Deus é o Homem e o Homem é o Deus, que decidiu vir à expressão consciente de Si mesmo valendo-se da forma humana em processo de aperfeiçoamento interno.
O Monismo baseia a idéia de que Deus (com o nome que deseje dar) está em tudo pelo fato de que tudo é Sua emanação ou imanência. Mas esta constatação do que é Deus não se confunde com politeísmo nem com panteísmo, daí a dificuldade para uma definição completa do que seja a expressão divina no mundo dos fenômenos.
O politeísmo e o panteísmo atribuem poder criador a toda manifestação por eles acolhidas, já o monismo, só ao ser hominal, visto que este tem consciência co-criadora, sob a ordem divina e dentro dos propósitos Cósmicos, com o fim de manifestar o Imanifestado, isto é, evoluir para um deus objetivamente consciente; se assim não for, para que então criar espíritos e submetê-los às provas da encarnação no mundo da objetividade?
Se Deus não é pessoal (por ser um absurdo, por isso que a pessoalidade é limitada) é possível nesse caso, que o espírito, evoluído por meio da encarnação, seja justamente o coroamento de um Plano das forças cósmicas para a realização dessa pessoalidade divina...
Xenon, o Mentalista.
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