Kali, aquela que destrói para reconstruir
Atualizado dia 05/05/2013 15:34:53 em Espiritualidadepor Marisa Petcov
O mito
Kali nasceu para exterminar os demônios que estavam ameaçando os Deuses. Quando o rei dos demônios Mahishasura se declarou o Líder do Universo, a blasfêmia enfureceu os Deuses de tal maneira que imediatamente eles começaram a emitir uma poderosa luz de seus chacras frontais. Quando toda a energia emitida por Vishnu, Shiva, Brahma, Indra, Yama, Agni e todos os outros Deuses se encontraram em um ponto ardente, a energia tomou vida na forma de uma Deusa, Durga.
Cada um dos Deuses lhe deu sua arma mais poderosa: o Tridente de Shiva, o Disco de Vishnu, o Raio de Indra. Rugindo enfurecidamente, Durga saiu para combater os inimigos. Durante a batalha, algo caiu da sobrancelha da enfurecida Durga. Quando a Deusa se apercebeu, viu que tinha gerado Kali, fruto de sua fúria.
Kali lutou contra Mahishasura e seu exército inteiro de poderosos demônios e magos astuciosos. Ela devorou, cortou, rasgou e esmagou a todos. Mas mesmo depois de ter matado todos os demônios, Kali ainda estava enfurecida e em frenesi por causa da batalha. Ela continuou dançando de modo selvagem, enquanto cortava e rasgava os demônios mortos, dançando de cadáver em cadáver, fazendo tremer as fundações do próprio universo. Percebendo isso, os Deuses viram que era necessário pará-la ou o universo seria destruído.
Assim, Shiva se adiantou. Ele se prostrou entre os corpos do exército no campo de batalha, imóvel. Kali continuou sua dança da morte e, de repente, percebeu que estava dançando sobre um corpo vivo - o corpo de um Deus! Envergonhada pelo desrespeito inconcebível que ela estava mostrando, tocando um Deus com os pés, ela mordeu a língua e parou a dança.
Analisando
Os Deuses representam a verdade e os demônios representam tudo o que nos afasta da verdade, o medo, a dúvida, a indignidade, entre outras coisas. Na verdade, a batalha representa a psiquê e os conflitos interiores.
Kali carrega um colar com cinquenta crânios ao redor de seu pescoço, representando as vidas que nascem sucessivamente por meio do ciclo da reencarnação e as cinquenta letras do alfabeto sânscrito, a raiz de todo conhecimento.
Kali é a Deusa que veio para restaurar o equilíbrio no mundo e ainda é muito cultuada entre os indianos como uma Deusa Tríplice da criação, destruição e regeneração. Ela é a originadora do mundo criativo.
Um de seus símbolos é o triângulo vermelho, o símbolo da energia de Shakti, a Divina Energia Feminina do Universo.
Ela é a própria natureza, o fogo da verdade, que não pode ser escondido pela ignorância. Kali é a representação do completo círculo da criação e da destruição, contido nela mesma.
Kali é a corporificação da violência feminina, protetora do coração, aquela que vem para nos afastar de tudo que não é verdadeiro. É a feroz energia da psiquê, a luz da discriminação, a espada do conhecimento, o poder para reconhecer o que precisa ser feito.
Baseado na obra de Claudiney Prieto, Todas as Deusas do Mundo
Marisa Petcov
Sacerdotisa do Iseum Ísis Azul da Fellowship of Isis, Elder do Grove Tocado Pela Lua
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