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Libertando-se das Mágoas

Atualizado dia 10/08/2012 19:36:08 em Espiritualidade
por Tania Paupitz


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Pensei muito antes de começar a escrever este texto, principalmente, sobre a forma como poderia direcioná-lo, sem magoar ou ofender qualquer pessoa que pudesse identificar-se com o mesmo. Tenho impressão que certas situações surgem na nossa vida com o objetivo de que possamos refletir a respeito delas e escrever, algumas vezes, é o caminho para aprendermos algo sobre nossas experiências.

Em função de determinado acontecimento, passei a refletir mais detalhadamente sobre a questão da MÁGOA, especialmente, no sentido de como somos pessoas MAGOÁVEIS e o quanto ainda nos deixamos envolver por ela.

Acredito que dentre as muitas alternativas que existem para aprendermos a lidar com a mágoa, está a forma como a direcionamos; podemos nos ofender quando alguém faz ou diz algo que nos machuca e a nossa reação poderá ser de agressividade pagando na mesma moeda; ou ainda, poderemos nos fechar, calando nossos sentimentos mais profundos diante de expectativas frustradas.

Já é parte de qualquer aprendizado procurar entender que não é bom guardarmos mágoas, pois acabamos correndo o risco de nos prejudicarmos, principalmente, com relação ao nosso corpo físico. A Psicossomática ainda parece engatinhar, porém, hoje existem muitas pesquisas médicas procurando comprovar o quanto nossas emoções, especialmente, as negativas interferem em todo nosso sistema imunológico.

Minha experiência está relacionada a um queda (tombo) que sofri recentemente. Foi diante desta situação que aflorou dentro de mim este estranho e desagradável sentimento da mágoa, não com relação ao fato em si, mas, especialmente sobre a maneira como tudo se desenrolou.
Talvez ela tenha representado naquele momento, uma dor tão profunda e incompreensível, que precisei escrever sobre isso, como forma de diluí-la dentro de si mesma, levando-me a um outro nível de compreensão.

Uma pedra úmida, uma posição incorreta, um desequilíbrio momentâneo e lá despenquei com tudo para o chão. Há coisa mais desagradável do que um tombo? Neste momento, fica impossível raciocinar como tal fato poderia ter ocorrido: seria um ato de imprudência? uma falta de atenção? Na verdade, não importa o motivo, porém, a reação de qualquer pessoa que acaba sofrendo uma queda é sempre solicitar ajuda, seja do vizinho, do companheiro ou da pessoa que estiver mais próxima dela.

A posição é ridícula, a dor é imensa, e o que mais desejamos naquele momento é encontrar uma mão amiga, uma pessoa que no mínimo pergunte: você se machucou? O que dói de verdade não é a posição ridícula, não é a dor oriunda da parte física; o que dói mesmo é perceber que aquele acolhimento que esperávamos pela parte do outro, acaba não acontecendo e aí vem a frustração, desencadeando a mágoa.

Num primeiro momento, nunca vamos imaginar que diante de uma situação destas, a pessoa que vai te acolher, acaba mesmo é te passando uma bronca, criticando tua falta de cuidado e atenção... Tal situação poderia ser comparada àquele pai bravo que briga com o filho porque ele caiu e se machucou...

Diante de um apelo, uma mão surge meio a contragosto e, neste momento, não existe tão somente a dor física, mas, sobretudo a dor emocional. A mágoa se instala, tornando-se imprescindível que eu procure uma forma de liberá-la, não me deixando arrastar pelos sentimentos negativos oriundos da mesma, a raiva, a irritação, a decepção e tantos outros sentimentos negativos.

Medito por um instante que não podemos e não devemos montar expectativas com relação às pessoas, pois fatalmente acabaremos nos frustando e, portanto, nos magoando. Procurar o perdão é uma das alternativas, quem sabe, uma forma de colocar em prática tudo aquilo que venho aprendendo através da Reforma Íntima.

Por uma questão de segundos, reflito como reagiria diante da mesma situação, caso ela ocorresse de maneira inversa e me lembro da frase de Jesus: “AME A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO E NÃO FAÇA AOS OUTROS AQUILO QUE NÃO GOSTARIAS QUE TE FIZESSEM “.

Reflito pensando como seria maravilhoso se esta frase estivesse presente dentro do coração de todas as pessoas...
Como viveríamos tão mais felizes incorporando em nossas vidas a experiência do verdadeiro sentimento de compaixão!

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Conteúdo desenvolvido por: Tania Paupitz   
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234
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