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MEDIUNIDADE: CRISTAIS NO CÉREBRO?

Atualizado dia 13/10/2012 07:27:07 em Espiritualidade
por Antony Valentim


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Glândula pineal A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de Sylvius e abaixo do bordelete do corpo caloso, na parte anterior e superior dos tubérculos quadrigêmeose na parte posterior do ventrículo médio. Está presa por diversos pedúnculos. Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.

Localização

A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (5 por 8 mm em humanos de aproximadamente 150 mg de massa), localizada logo rostro-dorsal à colículo superior e atrás da stria medullaris, entre os corpos talâmicos posicionados lateralmente. Anatomicamente, é considerada parte do epitálamo. É uma estrutura epitalâmica pequena e única, situada dorsalmente à região caudal do diencéfalo. Ela é derivada de células neuroectodérmicas e, à semelhança da retina, desenvolve-se a partir de uma invaginação do teto da parede do terceiro ventrículo. A glândula pineal é, portanto, uma estrutura de linha média, sendo vista freqüentemente em radiografias simples de crânio, por sua alta incidência de calcificação.

Função

Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função do órgão do qual se originou. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

A retina detecta a luz, sinalizando a informação para o núcleo supraquiasmático. Fibras neuronais que se projetam deste para os núcleos paraventriculares, que transmitem os sinais circadianos para a medula espinhal e via sistema simpático para os gânglios cervicais posteriores, e destes para a glândula pineal.

A glândula pineal é grande na infância e reduz de tamanho na puberdade. Parece ter um papel importante no desenvolvimento sexual, na hibernação e no metabolismo e procriação sazonais. Acredita-se que os altos níveis de melatonina em crianças inibem o desenvolvimento sexual, e tumores da glândula (com conseqüente perda na produção do hormônio) foram associados a puberdade precoce. Após a puberdade, a produção de melatonina é reduzida, e a glândula freqüentemente está calcificada em adultos.

A citoestrutura da pineal parece ter similaridades evolutivas com células retinais de cordados. Demonstrou-se que aves e répteis modernos expressam o pigmento fototransdutor melanopsinana glândula pineal. Acredita-se que as glândulas pineais de aves possam funcionar como os núcleos supra-quiasmáticos de mamíferos.

Relatos em roedores sugerem que a glândula pineal pode influenciar a ação de drogas de abuso como a cocaína e antidepressivos como a fluoxetina; e pode também contribuir na regulação da vulnerabilidade neuronal a lesões.

(...) 

A pineal na filosofia e misticismo

A glândula pineal tem sido considerada - desde René Descartes (século XVII), que afirmava ser a glândula o ponto da união substancial entre corpo e alma - um órgão com funções transcendentes. Além de Descartes, um escritor inglês com o pseudônimo de Lobsang Rampa, entre outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão.

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

Os defensores destas capacidades transcendentais deste órgão, consideram-no como uma antena. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita. Segundo esta teoria, estes cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captassem, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. No ser humano, seria capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que seria capaz de decodificar essas informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida. Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade.

A Doutrina Espírita dedica-se à formulação destas explicações desde Allan Kardec (século XIX). Na obra Espírita Missionários da Luz, ditada pelo espírito de André Luiz, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, a epífise é descrita como a glândula da vida espiritual e mental que caracteriza um órgão de elevada expressão no corpo etéreo onde presidem os fenômenos nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o sistema endócrino, e desempenha papel fundamental no campo sexual. No terreno concreto, tal função é apontada desde 1958 e, atualmente passou a ser amplamente aceita em terreno concreto.

Os médiuns ostensivos se preparariam por 10 ou 20 anos ainda no plano espiritual, antes de nascerem, para planejarem um corpo físico especialmente voltado para a geração e maior concentração de cristais de apatita no cérebro. Somente assim, o ser, ao nascer no mundo, já viria com o organismo físico preparado para manifestar a madiunidade. Nos indivíduos que não passassem por essa preparação prévia, a pineal seria apenas um centro de intuição, mas jamais da mediunidade ostensiva. Segundo as explicações do Espiritismo científico, um ser que não chega ao mundo já com essa preparação orgânica prévia, jamais poderá "desenvolver", "descalcificar" ou "ativar" a pineal, pois isso não depende de nenhuma ação do ser, e sim, de já ter essa prerrogativa biofísica desde antes do planejamento de sua encarnação no mundo.

Chico ainda alertou que após o ano 2000, muitos seriam os charlatães, místicos, esotéricos ou teóricos que venderiam a ideia de que a pineal pudesse ser "ativada", mas isso seria impossível, já que este processo só poderia ser feito antes da encarnação no Centro de Planejamento das Encarnações. Comentou que muitos viveriam a ilusão de se crerem capazes de ativar funções mediúnicas através da pineal, mas o máximo que conseguiriam seria melhorar levemente a intuição. O maior médium de todos os tempos, com mais de 50 faculdades mediúnicas, e com uma hipófise preparada por mais de 50 anos no plano espiritual, detinha pleno controle da mesma, mas asseverou que muitos desejariam possuir os mesmos dons e criariam teorias das mais diversas afirmando ser possível o que na prática, não haveria nenhuma forma de ocorrer a não ser com essa preparação prévia ainda no plano espiritual.

André Luiz descreve ainda que a epífise está ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital, fato que a ciência formal ainda não pode identificar, comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. O psiquiatra brasileiro Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, neurocientista, defende em pesquisas que a glândula pineal seria o órgão sensor que capta as informações por ondas eletromagnéticas devido as propriedades dos cristais de apatita, que as converteriam em estímulos neuroquímicos de forma análoga à antena do aparelho celular para sinais eletrônicos.

Já na visão dos hindus, é o principal órgão do corpo, possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo desenvolvimento extra-físico, como receptores e transmissores de energia vital: o chacra do terceiro olho, central na testa, acima da altura dos olhos, e o chacra coronário, mais superior, também na cabeça.

De todo modo, já nascemos com a pineal em um estado imutável: ou ela já vem pronta para a manifestação da mediunidade ostensiva sem nenhuma necessidade de "ativações", ou ela vem formatada de forma a não permitir que "não médiuns ostensivos" alcancem essa condição, já que a mediunidade não é privilégio, e sim, compromisso, logo, não está ao alcance do bel prazer de nossas vontades que podem mudar a todo instante. Tudo deve seguir o plano traçado antes da encarnação. Logo, quem não veio com a pineal preparada para os fenômenos extra-sensoriais, jamais poderá fazer algo para mudar essa realidade, alcançando no máximo um pequeno aumento da intuição. Uma pesquisa feita na Espanha com 250 voluntários que diziam ter "ativado a pineal", contra 10 mediuns ostensivos "de nascença", revelou resultados curiosos: foram feitas 10 perguntas a cada um dos participantes, perguntas que somente uma mediunidade muito bem desenvolvida poderia acessar as respostas e as responder de forma legítima. Dentre os 250 participantes "não médiuns" que se proclamaram com a pineal ativada, nem um único acertou uma única resposta. Todos os 10 médiuns já ostensivos de nascença, contudo, identificaram as respostas corretas sem nenhuma falha. As perguntas eram relacionadas a locais enfermos no corpo de pessoas doentes (vidência), história de objetos de pessoas desencarnadas (psicometria) e capacidade de acessar contextos de pessoas desconhecidas.

A conclusão foi a de que mesmo entre pessoas que afirmavam ter suas pineais "ativadas" há 10 ou 20 anos com práticas e exercícios diversos, nenhuma delas consegiui de fato sequer se aproximarem do desempenho dos verdadeiros médiuns que já nasceram no mundo com seus organismos físicos contando uma pineal preparada ao contato com o extrafísico.

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Conteúdo desenvolvido por: Antony Valentim   
Antony Valentim é um ser comum, sem privilégios ou destaques que o diferenciem das demais pessoas. Devorador de livros, admirador de culturas religiosas sem preconceitos, e eterno aprendiz do Cristo. Mestre de nada, sábio de coisa alguma. Alguém como você, que chora, sorri, busca, luta, exercita a fé e cultiva no peito a doce flor da esperança.
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