Mirian de Magdala e sua Majestade de Ser Feminina
Atualizado dia 2/13/2010 2:35:44 AM em Espiritualidadepor Marinez Tito Salgado
É certo que neste caso específico, Maria Madalena teve um encontro com Jesus. Todos os que O encontravam sentiam “algo” grandioso que experimentavam em seus corpos, assim também Maria Madalena sentiu e provou do próprio Amor em seu âmago, suprindo assim todas as necessidades do ego desde que O encontrou pela primeira vez. O que ela experimentou com a presença de Jesus supriu tudo em seu corpo, alma e espírito, deixou de existir nesse momento a ânsia cerebral que não mais esteve presente a partir desse momento; a sexualidade desapareceu e o sexo também desapareceu, pois provou ela da Essência Divina Nele. Sua base estremeceu com tão grandiosa presença. Atingiu ela o êxtase através dos sentimentos que provou. Ela não pensou, não raciocinou, ela estava silenciosamente presente e sentindo. E, então, se realizou! Tornou-se livre do sexo, regenerada, renovada e acrescida da vitalidade, porque as células também vibraram nesta luz. Então, seu corpo se tornou como pluma, sua mente ficou mergulhada no amor e passou a ser uma Unidade com o Pai e Senhor do Amor, porque provou do néctar Divino e seu espírito provou do seu mais interno e precioso feminino e masculino comungados em Deus Pai-Mãe.
O êxtase é o estado da alma absorta na contemplação de Deus, é prazer mínimo, mas gozo íntimo causado por uma grande admiração; é enlevo, perda da consciência de qualquer ação externa. Significa que a matéria está sentindo o Espírito Vivo na sua totalidade. E foi num instante que Maria Madalena subiu a um grau que nem todos conseguem durante várias e várias vidas. Foi ela agraciada com tamanha grandeza do próprio espírito, da sua própria Presença Divina; o Anjo da Presença visitou seu sistema corporal – ou o “fio” da consciência ligou-se ao “fio” da Vida; seu Eu Maior fundiu-se à nota sinfônica do Senhor do Amor e libertou-se, liberou-se e penetrou no Mar da Luz num gozo sutil e divino.Surgiu então uma nova Mulher como Majestade de Ser. Houve um vínculo Espírito e Matéria, Vida e Forma, Espaço e Tempo nesse instante. Ela conectou, sentiu-O e amou-O. Felizes os que O viram com os próprios olhos, O sentiram e O amaram.
O próprio Cristo manifestou a ela oportunidade de encontrar-se no Amor, não somente no amor humano, mas no Amor Divino, o incondicional.
Segundo o Novo Testamento, ela foi quem primeiro falou com Jesus ressuscitado e isso certamente tem um significado hermético.
Pensando que o corpo do Mestre tinha sido roubado, Maria Madalena foi correndo do sepulcro até os discípulos e disse-lhes; Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram. Quando voltou ao sepulcro, Jesus apareceu-lhe. Ela julgava que era um jardineiro até que Jesus lhe chamou por seu nome, “Maria”, e ela por sua vez cheia de alegria, chamou-lhe “Robboni”, que quer dizer Mestre. (João 20:16)
Quando pequena estudava num colégio de freiras, e amava ouvir falar de Jesus e Madalena. Amava pensar na hipótese deles serem namorados e quando isso era afirmado por mim, todos riam, inclusive em uma das provas de religião respondi que ela não era a pecadora e a nota? Lá embaixo! Mas dentro bem no meu âmago continuava desejando que um dia, alguém dissesse que os dois namoravam. Foi exatamente o que li em um dos Evangelhos considerados apócrifos pela Igreja Romana e não somente isso, mas muito mais, então, foi meu regozijo.
Texto revisado
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