Não julgue: uma regra para educar o espírito
Atualizado dia 23/04/2010 16:09:03 em Espiritualidadepor Regis S Mesquita de Oliveira
Jesus, porém, não pensava apenas na moral. Ao contrário, ele se interessava muito em educar o espírito. Portanto, o não julgueis é antes de tudo uma regra prática para estimular a ação do espírito.
Vamos analisar a seguinte situação: uma pessoa te liga insistentemente pedindo um favor. Você fala com ela 10 vezes em um único dia e ela quer que você se prejudique para fazer o que ela deseja. É uma situação extrema onde é necessário colocar limites.
A questão é: quais limites? Agir baseado em quais idéias e sentimentos?
Se a pessoa priorizar o julgar ela vai focar sua consciência no que há de ruim no outro. É a partir deste julgamento que ela vai embasar todas as suas ações. Ela, por exemplo, vai sentir raiva e vai dizer: "este idiota quer que eu me prejudique...".
O "não julgueis" nos ajuda a focar em nós mesmos ao buscar a solução do problema. Isto significa que não decidiremos e não agiremos priorizando as atitudes dos outros ou o erro alheio. O foco somos nós, nossos valores, nossa liberdade, nossa paz e nosso desejo de servir. Ela poderia pensar: "esta pessoa é livre para me pedir o que quiser e eu sou livre para decidir minha vida segundo meus interesses..."
Para educar o espírito o foco da consciência deve estar direcionado para nossos pensamentos, sentimentos, sensações e intuições. É assim que nós descobriremos todos os "nossos lados": imaturo ou maduro, bom ou mau, bom egoísmo ou mau egoísmo, etc. Neste momento podemos enfrentar nossos desafios evolutivos, podemos ouvir nossa intuição, podemos pedir orientação ao plano espiritual, podemos usar o que há de nobre, podemos sentir por onde flui a Presença de Deus.
Se julgamos acabamos por agir reativamente, com pouca consciência e pouca oportunidade de evolução.
Se não julgamos deixamos de reagir. A situação (como no caso da pessoa inconveniente) deixa de ser muito importante, deixa de ser central. Esta é a parte mais difícil para quem quer se educar: a ação das pessoas não pode ser reativa por isto a situação tem que deixar de ser central. Temos que acabar com o famoso "ela me tratou bem, então eu trato ela bem. Ela me tratou mal, então eu trato ela mal". Sua ação deve ser decidida sem que o ponto central seja a ação e a atitude do outro.
Qual é a prioridade quando a mente deixa de ser reativa? Deixar a mente se expressar. É um momento de deixar a mente livre, para ela se mostrar e se revelar em sua plenitude. Poder se expressar livremente estimula o espírito a revelar/mostrar seus conteúdos mais nobres e elevados. E, também, ajuda a consciência a se sintonizar com a lógica espiritual.
Esta livre expressão da mente e a sintonização da consciência com o espírito é parte do treino de Educação para o Espírito. Deve ser realizado cotidianamente.
O não julgueis dá condições para que este treino aconteça.
Este artigo faz parte de uma série de artigos que estou publicando cujo tema é EDUCAÇÃO PARA O ESPÍRITO.
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Regis Mesquita é psicólogo e terapeuta de vidas passadas em Campinas. (19) 3236-7511
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Texto revisado
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