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NO TEMPO EM QUE OS ANIMAIS FALAVAM - Autor: Carlos Cardoso Aveline

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Autor Amigos da Teosofia

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 3/28/2013 8:06:09 AM


 

:: Duas Fábulas Chinesas Sobre Libertação Espiritual ::
 

 



 

 
O cavalo-marinho tem uma perna só. Este peixe do gênero Hippocampus nada erguido, e sua longa cauda funciona como uma perna,  com a qual se enrosca em algas para fixar-se, quando não a enterra na areia do fundo do mar para permanecer "ancorado".  Há várias espécies de cavalo-marinho em partes rochosas do litoral brasileiro, especialmente onde as águas são tranqüilas.

Pois, há uma história chinesa envolvendo o cavalo-marinho, alguns outros animais e o vento.  Foi contada originalmente por Chuang-Tzu, o  pensador  taoísta que viveu três séculos antes da chamada era cristã.  Com o tempo, a história  ganhou acréscimos. 

Milhares de anos atrás, o cavalo-marinho, insatisfeito com sua perna única, sentia inveja da centopéia.  E ele tinha seus motivos. Durante uma conversa com alguns amigos, o cavalo-marinho dasabafou, dirigindo-se à centopéia:

- "Com minha perna única,   tenho óbvias  dificuldades de transporte e deslocamento.  Mas tu estás no outro extremo. Como consegues articular todas as pernas que tens?"

- "Não preciso articular as pernas", respondeu a centopéia, " e a explicação para isso é simples. Observa as gotas da chuva. Elas caem aos milhares no chão, sem fazer esforço. Do mesmo modo, o mecanismo pelo qual eu caminho atua  naturalmente. Não tenho que fazer esforço,   e  nem sequer preciso ‘saber conscientemente como caminhar."

Apesar disso,   a atitude da centopéia também revelava mais tristeza do que orgulho. Depois de um momento em silêncio,   ela olhou para a cobra e compartilhou sua própria frustação: 

- "Por que, se tenho tantas pernas, não consigo andar  tão rápido como tu, que não possuis perna alguma?  Não entendo esse paradoxo."  A cobra respondeu:

- "Cada um tem o seu Dharma, seu Tao especial, sua  vocação, e também os meios para cumprir sua  tarefa na vida.  Que necessidade eu tenho de pernas? Nenhuma. Minhas limitações são outras. Há uma coisa, porém,   que não entendo."   Voltando-se para o Vento que soprava, a cobra perguntou: 

- "Eu me arrasto movendo minha espinha.  Tu, porém, que pareces não ter forma alguma, vens soprando com grande imponência desde o mar do Norte,   até agitar e varrer poderosamente o mar do Sul. Como consegues essa  façanha?"

- "É verdade que sopro como dizes", respondeu o Vento Norte  sem  mostras de orgulho. "Também posso construir grandes sistemas de dunas. Sei  esculpir rochas durante milhares de anos, e assobiar entre elas. Mas todos podem  atravessar-me com uma simples mão ou um pé em qualquer ponto da minha marcha. Em um ponto específico qualquer do espaço e do tempo,   sou mais fraco que os objetos sólidos.  A longo prazo,   exerço um poder que eles não têm.  A partir de muitas derrotas menores, sei construir a grande vitória."

A narrativa dessa reunião mostra a inutilidade do sentimento de inveja, que é sempre um desperdício de energia. Mas ela também faz lembrar que  não se pode obter uma vitória, naquilo que realmente importa para nós, sem fazer sacrifícios e sem fracassar em coisas menos importantes. Nestas questões, é a  renúncia deliberada que geralmente permite evitar a derrota.
Conversa Entre a Rã e a Tartaruga
Uma outra história - igualmente atribuída a Chuang-Tzu e da qual há várias versões mais ou menos livres -  narra o diálogo de uma rã com uma tartaruga marinha.

- "Que grande vida levo eu!" disse a rã, que morava num poço relativamente raso. "Salto ao parapeito do poço e descanso no buraco de uns tijolos quebrados. Ao nadar, mantenho a boca quase à linha da água. Quando vou visitar a lagoa rasa perto daqui, percebo que sou superior a todos os caracóis,   sapos pequenos,   caranguejos e insetos que vejo à minha volta."

Convidada insistentemente para visitar a rã, a tartaruga  concordou  um dia em ir até  a lagoa. Não gostou muito do que viu, mas evitou fazer críticas. Semanas depois, conversando  com a rã na beira da praia, a tartaruga  falou do mar:

- "Mil quilômetros não servem para medir sua largura, e mil metros não medem sua profundidade. Tempos atrás, houve nove anos seguidos de inundações, e isto  não aumentou o seu volume. Depois houve sete anos de seca, e isso não fez com que suas praias baixassem. O mar não é afetado pelo aumento ou diminuição das águas. Nem pela passagem do tempo." Qual é a moral  da história, neste caso? A rã e a tartaruga são dois níveis de consciência da alma humana.  Por um lado, aquele que busca a Verdade ainda está, em parte,  preso à poça dágua de pequenas coisas da vida diária - com suas esperanças, seus medos, apegos,  satisfações e insatisfações de curto prazo. De outro lado, ele já conhece aquele oceano de sabedoria interior em que pode nadar e flutuar sem esforço, e onde moram a paz e a liberdade imensas da tartaruga. Este animal, aliás,   vive  mais de um século e simboliza a sabedoria universal porque não se deixa levar pelas coisas de curto prazo.    Até certo ponto, é verdade que os seres humanos tentam ser felizes apegando-se como rãs às suas pequenas poças dágua.  Mas eles também são capazes de desenvolver em seus mundos pessoais o ponto de vista da alma imortal, e passar  a viver em escalas cada vez mais amplas de espaço e tempo. O forte contraste entre a poça dágua e o oceano  serve para testar o discernimento de quem deseja aprender sobre a vida.   00000000 Veja o livro "A Vida Secreta da Natureza", de  Carlos Cardoso Aveline, Terceira Edição, Ed. Bodi*G*a, 2007, 158 pp.

Visite https://www.bodi*G*a.com.br/


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