O Caminhar na Senda da Libertação
Atualizado dia 12/23/2014 10:45:36 AM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
Quando o corpo físico morre ou desagrega ficam vivos os seguintes corpos: etéreo, astral e mental. Os três corpos funcionam em unidade controlados pelo núcleo mental, que também é denominado de ego. O ego para continuar vivo passa a captar energia existente no interior do campo de força ovalado, no entanto, está incompleto, faltando o corpo material, iniciando assim o desejo do ego de entrar em um útero para elaborar outro corpo físico. O útero de uma mãe é um campo onde fornece energia densa para o ego formar o seu corpo físico. Esse processo de morte do corpo físico e renascimento do ego em outro corpo é contínuo, existindo em decorrência de o ego viver em função unicamente da satisfação das suas criações mentais relacionadas com a existência dentro do campo energético ovalado.
Depois de inúmeras existências o ego através de sua racionalidade começa a compreender que tudo que está no interior desse campo energético se manifesta em oposição ao mundo eterno, afastado da lei primordial do universo, sendo um espaço de plena ilusão. O ego entende que ele próprio é a manifestação das energias que se opõem ao pensamento divino iniciando um processo de autoesvaziamento ou nulificação de si mesmo.
Quando o ego está no caminho de sua nulificação e afastamento do mundo nós dizemos que ele está no deserto possuindo a percepção ou consciência joanina, se referindo a João no deserto que se afastou por sua livre vontade de tudo que é mundano. Nesse estágio, simbolicamente, a pessoa é batizada com água significando limpeza do mundo material, estado de pureza que é o ato de retirar do seu campo energético tudo relacionado com os desejos e vontades do ego. É o próprio ego morrendo para o mundo.
No momento em que o ego se nulifica, é representado por uma taça vazia que passa a receber energias do universo que transcende ao mundo material. Observamos que a taça vazia é o ego nulificado, onde o corpo humano está sem o seu comandante, o seu diretor que durante séculos sempre controlou os corpos. Nessa situação a energia que denominamos Espírito Santo começa a fluir para dentro da taça vazia passando a ser denominada de Santo Graal. No interior do Santo Graal nasce a semente do novo ser que vai participar do universo original tendo uma vida em contato direto com seres que transcenderam o espaço/tempo. A semente do novo ser é denominada de Cristo, assim sendo, Cristo nasce no interior do nosso corpo substituindo João Batista.
Várias representações procuram simbolizar esse momento de suma importância: 1) Maria, a virgem, torna-se grávida do Espírito Santo (o que foi gerado é do Espírito Santo). A virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, o que quer dizer; Deus conosco. 2) Hermes é o ego que se esvaziou, é o ser nascido dessa natureza que entrou na senda da libertação recebendo a energia do Espírito e nasce Pimandro, o ser de Luz que participa do reino divino.
O ponto crucial que devemos ter consciência é a transição do ego para o novo estado de consciência ou nascimento do novo homem. Esse ponto básico e fundamental é denominado de endura, ou seja, morte ou esvaziamento do ego. A partir desse momento flui para dentro do sistema a água viva, o maná, ou seja, passamos a nos alimentar do sangue e corpo de Cristo, representado pela Ceia Sagrada. Para nascer o novo ser temos que receber o pão nosso de cada dia (energia divina) e isso ocorre unicamente com o esvaziamento do cálice ou morte do ego.
Texto revisado
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