O Exercício da Fé em meio à Pandemia de Emoções

A pandemia do coronavírus já fez mais de 327 mil vítimas em todo o mundo, e estes números crescem todos os dias de forma escalonada.

E como lidar também com esta pandemia de emoções?

Medo, incerteza, tristeza, pânico, insônia, ansiedade? Como lidar com esta confusão de sentimentos?

Outro dia acordei chorando no meio da noite. Uma tristeza profunda!

Fui até a janela para ouvir o silêncio da rua em resposta aos ruídos da minha alma.

Naquele momento, eu não chorava por mim. Eu lamentava por todos. 

Impossível eu estar ali, aparentemente bem, sabendo que logo ali, em uma casa, quem sabe na minha rua, alguém estava acordada tossindo sem poder respirar.

Por mais que a gente não possa entrar de cabeça nos problemas e na dor alheia, hoje a maioria, eu quero crer, está se preocupando um pouco mais com o próximo.

Como se apoiar quando não temos entendimento racional do que acontece? Como se sustentar sem evidências?

Foi neste feito que os ruídos do meu âmago me nortearam um caminho.  Crer naquilo que dá sentido a vida e não se vê.

O vírus é invisível e letal mas a nossa fé, apesar de invisível também, pode ser esperançosa e acolhedora quando a ela recorremos.

É um momento único da Humanidade e certamente nos comprometemos com a espiritualidade para estarmos encarnados 

A espiritualidade nos ensina a cada dia o quanto a vida pode ser breve e passageira. 

Mesmo não tendo certeza do que virá, algo deve ser real e deve coexistir em sintonia com Divino e eterno.

É verdadeira a dor... é verdadeiro o sofrimento, mas não é conveniente colocarmos o nosso íntimo naquilo que nos sufoca.
Precisamos expandir os nossos recursos para vibrar, não só na oração, mas no auxílio efetivo daqueles que estão sofrendo mais do que nós.

Que o altruísmo seja o antídoto da nova humanidade.
 

 E assim com este pensamento de que temos mais do que nunca exercitar a nossa fé, mais temperante, adormeci novamente.

 

Texto Revisado