O feminino renascido: as bruxas estão soltas!
Atualizado dia 01/01/2011 10:17:49 em Espiritualidadepor Marisa Petcov
O bom desse novo conceito de Bruxa é que acaba com a imagem estereotipada que sempre tiveram da Bruxa: mulheres más, velhas e feias, corcundas, voando em uma vassoura ou cozinhando em uma panela preta (caldeirão) horríveis poções, com a intenção de fazer maldades.
Isso nos leva a uma reflexão. O que mudou na mentalidade das mulheres para se denominarem Bruxas como um elogio? Mudou a natureza da Bruxa ou a visão que temos dela?
A resposta pode vir da libertação da mulher em sua luta para reconstruir a sua real identidade e o surgimento de um novo movimento religioso de tipo matriarcal.
As Bruxas, mulheres que trabalham com as forças mágicas da natureza, existem desde o tempo das cavernas. O seu objetivo é o mesmo da magia: produzir mudanças no mundo e em si mesma. Essa atividade da Bruxa é embasada naquilo que todos sempre buscaram: poder!
No decorrer de milênios de história, as pessoas dotadas de poder desempenharam livremente seu papel: curandeiros, parteiras, sábios conhecedores de ervas, sacerdotes, sacerdotisas, profetisas, que exerciam a ligação entre os deuses e os homens.
O trabalho das Bruxas estava principalmente conectado com o elemento terra, pois elas eram as herdeiras das antigas tradições dos tempos matriarcais em que reinava uma divindade feminina, a Grande Mãe Natureza, mais simplesmente conhecida e chamada A Deusa.
Com os sombrios tempos patriarcais, que trouxe como divindade máxima um Deus masculino, feito à imagem e semelhança dos homens, os valores respeitados a partir de então foram os relacionados à polaridade masculina: a honra, a valentia, a competitividade, o espírito de conquista. Os valores femininos, tais como a receptividade, a adaptabilidade, cooperação, identificação com a natureza, foram deixados de lado.
Durante o domínio da era patriarcal, as próprias mulheres são colocadas num plano inferior: eram causa e objeto do pecado; quase escravas dos maridos, a elas restavam os papeis de esposa e mãe, enfermeira, cozinheira, parteira. Ou religiosas ou prostitutas.
Mas havia mulheres que lutaram contra isso e procuraram atitudes de libertação. Eram as Bruxas, que usavam os conhecimentos mágicos passados de mãe para filha, com o objetivo de desenvolver poder.
Sua presença logo foi sentida e o poder patriarcal avistou nessas mulheres uma ameaça. A ordem foi acabar com esse poder mágico. Seguiu-se uma onde de perseguição e muitas foram condenadas à morte pelo "crime" de Bruxaria.
Desse medo masculino, que não queria ver a libertação da mulher, nasceu a imagem negativa que até hoje alguns conservam das Bruxas.
O importante é que a visão da Bruxaria como religião está mudando e seus valores se desenvolvendo de modo acelerado.
As Bruxas modernas são lindas, loiras, morenas, ruivas, trabalham, amam, têm filhos, animais de estimação e acreditam que a magia faz parte da vida, como o ar que se respira. Percebem a Natureza como mágica. Basta conhecê-la e respeitá-la!
Marisa Petcov
Numeróloga, Sacerdotisa da Tradição Diânica Nemorensis, Contadora de histórias. Desenvolve um trabalho ligado à pesquisa dos contos de fadas como ferramenta para definir os traços reais da identidade humana.
Comunicadora do site link onde faz o programa Contando histórias e números, todas as segundas-feiras, a partir das 17 horas.
e-mail: [email protected]
blog: bruxaqueconta.blogspot.com
tel.: 9212 81 69
Texto revisado
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